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quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Para lá da serra que eu vejo na janela – Epílogo: sobre as coisas que nos moldam e a despedida do intrépido Bedelho

Olá!

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No momento em que escrevo este texto, eu já não o tenho mais comigo. O Poderoso Bedelho, a quem várias vezes me referi neste espaço, foi vendido no finalzinho de novembro, envolvido em uma negociação por outro carro, novamente usado, mas um pouco mais novo. Mas ele deixou um bocado de histórias para trás, algumas das quais como verdadeiro protagonista, e em todos os meus relatos de viagem até hoje esteve envolvido. Não será mais o caso.

Na concessionária onde foi incluído em uma transação: último registro

Ora, o que há de interessante na história de um carro, que, qual um lírio do campo, hoje resplandece e amanhã é levado ao forno? Nada de especial, a não ser o fato de que ele carrega em si uma boa parte da minha própria história, servindo de mote para trazer coisas que normalmente seriam prosaicas à luz de uma rápida análise filosófica. Não é exatamente este o propósito deste blog?

Em Silveiras, numa praça perto das casas de artesanato

"Bedelho" é um termo curioso. Segundo o Aurélio, trata-se de um tipo específico de ferrolho que tranca as portas ao se introduzir em um anel de metal. Diferentemente das fechaduras de chave, realiza seu serviço apenas do lado de dentro. Enfiar o bedelho, portanto, seria o ato de colocar o ferrolho no anel, de forma a fazê-lo exercer seu ofício. É uma explicação meio cambaia, porque não explica bem a continuidade que há entre introdução e intromissão.

Em São José do Barreiro, depois de uma longa estrada de terra, à beira da trilha para uma cachoeira

Há uma extensão desse significado um pouco mais convincente. Há no jogo de trunfo, em Portugal, uma determinada carta chamada de "trunfo pequeno", que, em tese, serviria para trancar transitoriamente o jogo, razão pela qual é apelidada de bedelho, o ferrolho. Meter o bedelho, neste sentido, é meter-se no fluxo da partida de modo a causar uma perturbação. A gente colocou o nosso carro em tantos lugares onde ele não se adequaria que o apelido acabou pegando. Vamos lá, meter o bedelho onde não devemos.

Em Bananal, na frente da igreja da Boa Morte

Como vocês podem ver pelas fotos, não se trata de uma SUV, ou de um quatro por quatro desses da vida, caríssimos. O que eu pude comprar em longas prestações foi isso, um sedan compacto pouco mais que popular. Na verdade, foi o primeiro carro com menos de dez anos que eu tive na vida. Isso explica um bocado de coisa.

Em Águas da Prata, parado ao lado da pousada onde eu estava hospedado

Essa coisa de apelidar carros nasceu justamente do estado precário que meus veículos portavam. Eu tinha um Escort da época da carburação mecânica, que vivia com as agulhas entupidas. Quando isso acontecia, o carro dava solavancos de balançar as estruturas, semelhantes aos upas dos cavalos bravos. Por isso, ganhou o pouco elogioso apelido de Pangaré.

Em Estiva Gerbi, no pátio do Santuário da Rosa Mística

O Panga durou muito tempo comigo, mas, à medida que o tempo passava, seu estado geral piorava, e encontrar peças para ele se tornou um suplício, cada vez mais caro. Acabei me livrando dele quando mudei para o centro desta Terra da Garoa. Não compensava pagar estacionamento para manter um carro que mais me estorvava do que servia.

Em Monte Alegre do Sul, na Pousada da Luz

Quando eu disse que o Bedelho era protagonista de muitas histórias, estava só colorindo a tela. O Pangaré, este sim, é o personagem principal de várias de minhas histórias, como as CINCO vezes que ele parou no caminho de um bota-fora em Itaquera ou quando precisou ser empurrado por cinco meninas de dez anos para pegar no tranco no Ibirapuera. O Bedelho nunca me deu esse tipo de trabalho.

Em Jambeiro, parado na Adega D’Almeida

Custou um bom tempo até eu tomar coragem para comprar outro carro. Os apertos do passado me fizeram pegar um medo lascado de criar dívidas muito longas. Além disso, não brotou nenhuma garagem do chão e eu teria que tornar a alugar uma vaga, o que aumentaria o tamanho do orçamento a ser remido. Mas o fato é que um carro faz falta, mesmo para quem mora perto de quatro terminais de ônibus e a cem metros do metrô.

Em Paraibuna, atravessando a represa pela balsa da CESP

É que tem horas que você quer um pouco de autonomia. E isso se traduz em todas essas viagens que eu fiz. Desculpem a frescura, mas eu não gosto muito de viajar de excursão, e nem daqueles pacotes que incluem visitas guiadas. Vamos deixar isso para quando eu puder ir ao exterior. Também é caro pagar táxi toda santa vez que você precisar ir ao mercado, em mais um exemplo. Então eu resolvi encarar toda a restrição orçamentária e aumentar o passivo, para amortização em longos cinco anos. Acabo de fazê-lo novamente, já estou acostumado.

Em Natividade de Serra, tomando um sol enquanto eu caço uma sombra

Mas vale a pena a dívida? Não era um bom carro? Sim, mas é preciso considerar que as coisas perdem seu valor, mesmo que você goste delas. É o deus-mercado quem manda nessas coisas, e não suas preferências. Mas a operação ficou mais óbvia a partir do momento em que alguns pequenos defeitos começaram a surgir, denunciando o desgaste. Um rangido aqui, uma folga ali, uma temperatura que sobe, uma porta que não trava. Antes de começar a dar o trabalho que nunca deu, o melhor era mesmo a troca.

Em Redenção da Serra, em pleno espaço onde deveria estar a represa

Foi com este carro que ganhei a oportunidade de viajar como nunca pude fazer antes na vida. Sempre por perto, sempre com pouco dinheiro, mas sempre me divertindo um bocado. E, como sou metido a filósofo, sempre produzindo séries de texto como este que redijo agora, em que levanto um ponto específico que me suscitou a coruja de Minerva, gerando os temas mais diversos possíveis.

Em São Luiz do Paraitinga, na pousadinha do Donizete

Como eu disse, ele nunca me causou problemas, daquelas de pifar no meio de uma estrada. Claro, sempre há óleo para trocar, pastilhas para repor, pneus para calibrar e essas coisas das quais não temos como fugir. Mas não precisei reparar nada de tão significativo. Então acabamos guardando um respeito entre ambos, e este texto é a forma que melhor encontrei de homenageá-lo.

Em Cunha, atrás de artigos de búfala

Caraca, eu estou cometendo uma reificação ao contrário! Uma o quê? Bem, é um termo consagrado pelos marxistas para denominar a transformação do homem em um objeto inorgânico, fixo, automático, passivo, apropriado para ser usado como uma máquina. Uma coisa, enfim. O termo reificação pode ser traduzido como coisificação ou objetificação. Por meu turno, estou emprestando características humanas a um ser inanimado, como se um carro fosse capaz de sentir empatia por um humano em especial, e com ele estabelecer uma relação de cooperação. O nome disso é animismo.

Em Monteiro Lobato, observando Emílias e Viscondes

Já falei sobre o tema aqui. Em resumo, o animismo é a compreensão de que as coisas possuem uma alma (anima) que vai além de seu corpo imanente. Dessa forma, os fenômenos naturais podem ser explicados pela vontade de entidades espirituais que habitam instâncias metafísicas e de lá governam o mundo. Por exemplo, a lua que surge e some do firmamento o faz por vontade própria; as plantas brotam do chão pelo mesmo motivo e assim sucessivamente.

Em São Francisco Xavier, compondo paisagem com a maravilhosa vista da Pedra do Porquinho

Em Filosofia, o Animismo também sustenta o significado de um dos estados possíveis do dualismo corpo-alma. Para a última, em oposição ao corpo físico do ser humano, caberia toda sua atividade psíquica, como as sensações, os raciocínios, as intuições e as percepções, sendo que ao cérebro caberia apenas servir como suporte operacional à sua manifestação. Esta alma, especialmente para as religiões, teria a propriedade de sobreviver ao aspecto material corpóreo, alguns se libertando para a vida em instância superior, outros regressando à vida para a formação de uma nova dicotomia.

Em Santo Antonio do Pinhal, na praça do Cruzeiro

Não é nada disso que atribuo ao pobre Bedelho, tão judiado por mim em sendas impróprias. Lá vou eu de novo. Na verdade, nem ao menos tenho apego ao nobre veículo, tanto que me desfiz do mesmo tão logo enxerguei bons motivos para tanto. Não fiz com ele como se faz com aquela vovó que todo mundo larga ao perder a memória e não fazer mais bolinhos de chuva para os ingratos netinhos. Carro é carro, pô! Vó é vó.

Em São Bento do Sapucaí, numa estradinha prá lá de acidentada

Embora no Brasil um automóvel seja considerado patrimônio (tanto que é declarado na lista de bens do imposto de renda), o fato é que ele não deixa de ser um distintivo do consumo e, em certas circunstâncias, um substituto da identidade. Vejam como certos nichos procuram tipos muito específicos de carros. Um Gol quadrado, por exemplo, com poucas peças originais ainda fabricadas, muito receptivo a adaptações, é um carro típico da “quebrada”. Os Fuscas, feitos para aguentar porrada, são os favoritos da galera que precisa encarar terrenos inglórios. Curiosamente, há inúmeras picapes grandes nos centros urbanos, porque transmitem sensação de poderio físico e econômico (e passa a impressão de que seu dono é também proprietário de terras). Essa espécie de padronização é estendida também à indumentária do contribuinte, demonstrando um apreço a insígnias que estão construídas previamente, de modo que a manifestação do pertencimento a um grupo não se dê de dentro para fora, mas na direção contrária.

Em Campos do Jordão, nas brumas do auditório

Isso passa a ideia de que a maneira como nos apresentamos ao mundo pouco tem a ver com nosso verdadeiro eu. Aquilo que os outros veem é só uma capa de conveniência, que oculta as preferências, as escolhas, as vergonhas, os preconceitos e qualquer outra coisa que não coadune com a versão pública padrão, que não oferece problemas em ser exibida. Qual é o problema disto? É que o consumo é uma máscara frívola, onde não há uma autenticidade individual, apenas uma conformidade às ofertas de mercado.

Em Itamonte, enquanto subíamos à Pedra do Picu

Essa parece ser a visão geral que podemos tirar de um mundo movido pelo Capitalismo, que necessita de um giro muito veloz nos negócios. Mas como não falamos em verdades absolutas na Filosofia, é preciso olhar o outro lado. Para tanto, recorrerei ao antropólogo norte-americano Daniel Miller, que traz considerações interessantes sobre a questão. Ele quer quebrar um pouco o tabu de que consumismo e superficialidade são sinônimos necessários.

Em Lambari, no parque Nova Baden

Miller analisa, a partir de estudos de casos, como as pessoas lidam com seus objetos a partir de premissas culturais. Tendo como base o postulado de que vivemos em um mundo materialista, ele se pergunta até que ponto os “trecos” (tradução aproximada do termo em inglês stuff) não constroem, eles mesmos, parte da personalidade de uma pessoa.

Em São Lourenço, do lado do templo Eubiose

Um dos pontos ao qual Miller se apega é um dos maiores representantes dos desejos de consumo: as peças de vestuário. Inicialmente tomadas como meros emblemas de posições sociais, ele as vê como representações do ser que se iniciam já a partir da camada de apresentação. O “eu real” que filósofos e antropólogos tanto falam não estão situados em um lugar transcendental, como o Hiperurânio platônico, mas já surge na própria pele, ou, melhor dizendo, na roupa que colocamos sobre ela.

Em Piranguinho, pegando uns pés-de-moleque nas famosas barraquinhas

Para tanto, Miller estuda três casos envolvendo a perspectiva feminina: a compulsão por roupas das mulheres de Trinidad e Tobago, a relação de segunda pele das indianas com o sári e a restrição da ousadia indumentária das mulheres londrinas. Em todos eles, a mesma conclusão: a roupa não é só um objeto que representa a personalidade de uma pessoa, mas a molda. As trinitinas gastam mais com roupas e sapatos do que com comida, mas não na busca de uma identificação com a moda; cada uma delas busca um estilo próprio que só pode ser assemelhado aos demais por conta da profusão de cores e combinações possíveis. As indianas tem como principal roupa o sári, uma longa tira de tecido sem costuras, que se enrodilha pelo corpo todo, apenas ele, sem nenhuma outra vestimenta, ao menos tradicionalmente. Sua relação com sua roupa é de contiguidade: ele se presta não só a lhe cobrir o corpo, mas a enrolar os filhos, a lhe causar sudorese, a servir de pegador de panela, a lhe atrapalhar os movimentos e até a servir de forca. O sári, portanto, é para a indiana uma extensão do corpo. Por sua vez, as londrinas encaram o geist de descontração adotado, sabe-se lá porque, pela capital dos britânicos. O argumento básico é o de que a descontração abate a ousadia, e, mesmo que se pense em inovar o estilo, o medo do julgamento pelos outros faz com que a jovem londrina típica escorra para o básico. Há uma espécie de ansiedade a cercá-la.

Em Brazópolis, com as aventuras automobilísticas da patroa rumo ao distrito de Luminosa

Posso arriscar por conta própria mais alguns exemplos. Os hippies na década de 60 e os grunges na de 80 tinham um substrato comum: não se perca tempo e recursos gastando os tubos com roupas, elas não são você mesmo. Uma filosofia que lidava com o objeto vestimenta de modo realmente superficial vai buscar nos brechós e nos guarda-roupas dos avós o seu mínimo necessário. Era uma indumentária que buscava apresentar o eu verdadeiro, o despojamento e o desapego, mas que acabou por se transformar em um estilo, desvirtuando seus princípios. Vou dar um exemplo: grunges lançaram o conceito de calças rasgadas, pelo seu uso até o extremo do rompimento (sem contar que uma calça velha é bem mais confortável). Hoje, a meninada compra calças de jeans que já saem rasgadas de fábrica, pagando preços equivalentes à de uma não surrada. Para além deste contramodelo, temos os evangélicos, tão habituais no Brasil. Quando vemos os católicos, a ritualização das roupas poucas vezes transcende o próprio sacerdote. Os católicos vão às suas igrejas com as roupas que usam no seu dia-a-dia. Já os evangélicos dividem o tempo profano do sagrado com muito mais clareza. O momento do culto é aquele em que a melhor roupa deve ser utilizada, mesmo que, para além da aparência, seja muito barata, comprada na Conde de Sarzedas, a rua de comércio especializado de São Paulo. A roupa dos evangélicos ajuda a caracterizá-los, al di là das suas próprias crenças.

Em Serra Negra, perto de onde o pessoal voa de parapente

Notem que não incluí no meu exemplo acima o fato de que temos certas roupas padronizadas que utilizamos para trabalhar. Desta forma, não posso considerar os macacões dos mecânicos, os aventais dos professores, os jalecos dos açougueiros, as fardas dos policiais ou os ternos dos executivos. São as coisas que uma pessoa escolhe livremente que as define, e não aquilo que ela é obrigada a fazer. A trabalhar, todos nós somos obrigados, e a paramentação é determinada a partir de fora; nossas roupas, só somos obrigados a tê-las. Como elas serão dirão muito sobre nós.

Em Piracaia, dando um exemplo da quantidade de pó que esse infeliz comeu

Daniel Miller radicaliza suas teses sobre indumentária ao migrar o mesmo tema para a questão da moradia. Aqui, já não temos um poder de escolha que é facilitado quando falamos sobre roupas, porque não mudamos de casas como mudamos de cuecas ou calcinhas. Portanto, o “jeito de ser” de uma casa está muito ligado a uma questão do quem pode e do quem não pode. No entanto, mesmo que a casa em que se habite possa ser construída à conveniência do freguês, o fato é que, após sua conclusão, muito pouco pode ser feito para alterá-la, seja por restrições orçamentárias, seja por escassez de espaço físico, seja pela imobilidade característica de um... imóvel! E é nesse ponto em que deixamos de moldar a casa para sermos moldados por ela. Um canto especialmente escuro me obriga a procurar outro lugar para ler, um teto baixo me impede grandes móveis, um jardim cheio de insetos me leva a optar pela tolerância aos bichos ou ao trabalho adicional das raquetadas.

No Vale das Maritacas, exata divisa entre Piracaia e Joanópolis

Apesar de parecer um objeto que aplica uma vontade impositiva, Miller vê a casa como algo que favorece a interação entre os seus diferentes habitantes. Dadas às próprias limitações mencionadas acima, e adicionada a premissa de que há ambientes comuns, a maneira como a casa se configura tem muito da interação e da colaboração de todos os membros da família que lá reside. Sendo assim, é possível que todos se vejam, de uma forma ou de outra, espelhados no arranjo dos diferentes cômodos, aplicando estilos que vão ser retransmitidos a todos os demais. Na verdade, minha casa só tem meu estilo quando está completamente bagunçada. Eu sou daqueles caras que se organizam no caos. Quando a patroa resolve arrumar a baderna, eu me perco por inteiro. Não deixa de ser uma forma de me moldar.

Em Joanópolis, na entrada da terra dos lobisomens

Uma boa maneira de se sentir como uma moradia pode influenciar no modo de ser de um cidadão, basta que se pense em quem muda de uma casa para um apartamento, e vice-versa. Como cada um desses tipos tem suas características e limitações próprias, há uma substância maleabilizante em cada uma delas. Assim, alguém que sai de uma casa, em vista da diminuição dos espaços, precisa se adaptar a acumular menos, e alguém que sai de um apartamento, pela perda da quantidade de mecanismos de segurança, pode ficar mais dado a sobressaltos.

Em Cabreúva, pegando veneno para diabético

Ao fim e ao cabo, por mais que, para compreender algo ontologicamente seja necessário elaborar generalizações, o fato é que as pessoas são indivíduos, que óbvio! Comete-se um pecado ao pegar as partes pelo todo, e é no particular que reside essa individualidade. Portanto, mesmo que o eu profundo dos filósofos diga ontologicamente sobre nós, é na superfície que dizemos ao mundo como queremos ser vistos. E isso é parte da maneira como somos influenciados pelas coisas.

Em São Roque, na Vinícola Palmeiras

Estou quase esquecendo que este é um fechamento de série, mas não faz mal. Posto tudo o que falei até aqui, é possível se aceitar que mesmo minhas escolhas de viagem são talhadas pelo mundo material que me cerca. Há muito a considerar na questão de onde o ora degredado Bedelho poderia me levar, e, se isso me causa impedimentos, por exemplo, limita minhas experiências e meu conhecimento. Sim, as coisas, de certo modo, acabam por nos moldar, embora eu não concorde na totalidade com essa assertiva.

Em Cotia apreciando arte budista

No mais, chamo a atenção para o fato de que continuo não me deixando levar por destinos da moda, pelo motivo mais simples de todos: mancanza di argento. Mas, como já cansei de afirmar, tenho a virtude epicurista de me contentar, e muito, com pouco. Principalmente por não considerar nada do que vi como pouco. E, por fim, dando despedida digna ao mano velho Bedelho, espero que ele interaja com seu próximo dono não como um possuidor, mas como uma ferramenta fiável para lhe levar para lá e para cá. Bons ventos a todos e até a próxima!!!

Em Caxambu, o registro em cartório, batizado e crismado

Recomendação de leitura:

O livro-base das teorias das coisas de Miller é o seguinte:

MILLER, Daniel. Trecos, Troços e Coisas. Estudos antropológicos sobre a cultura material. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.

Recomendação de viagem:

Seguem as distâncias das cidades que mencionei nesta série, sempre tendo como base a cidade de São Paulo. Com exceção de Vinhedo, cuja melhor rota é pelo sistema Anhanguera-Bandeirantes, todos esses caminhos envolvem a Rodovia Fernão Dias:

Piracaia – 88 Km
Joanópolis – 118 Km
Monte Verde – 162 Km
Vinhedo – 79 Km
Pedra Bela – 116 Km

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