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terça-feira, 8 de outubro de 2019

Navegações de cabotagem – A Rota do Vinho de São Roque e a verdade que reside no vinho, ainda que não percebamos

Olá!


Embriagai-vos! De vinho, poesia ou virtude…
Baudelaire

Vocês gostam de vinho? Eu não sei se eu gosto. Pelo menos não no sentido que afirmariam os enólogos, de todo o cerimonial que acompanha a degustação do líquido, que exigem temperatura e acompanhamento certos, tempo preciso para abertura da garrafa, velocidade justa da absorção e outros que-tais. Por este ponto de vista, sou um legítimo representante do povo, e digo se gosto ou não de um vinho se ele me agrada ao paladar. Isso posto, dei uma olhada na adeguinha de doze garrafas que tenho na sala e a vi vazia. É muito triste quando um móvel não cumpre sua função, e, por isso, fui consultar a carteira para delinear o horizonte. Não dava para ir para a Borgonha, mas era possível ir a São Roque. Então vamos.

Para uma turnê etílica, é sempre importante levar consigo algum motorista abstêmio ou que goste mais de dirigir do que de beber. É exatamente o caso do meu quase-sobrinho Santiago, a quem lanço mão frequentemente nessas situações. São Roque é um lugar que eu frequento desde que comprei meu primeiro carro, um claudicante Fiat Rally 78 que não permitia viagens muito extensas, dado o avanço de sua idade e sua manutenção que flutuava entre o precário e o minimamente aceitável. Hoje em dia, o meu carro é um pouco mais seguro, mas o propósito continua o mesmo: percorrer a Rota do Vinho e passar em todas as vinícolas, comprando ao menos uma garrafa em cada uma delas.

Mas o que é a Rota do Vinho? É uma estradinha de mão dupla, bastante estreita, na beira da qual se estabeleceu a produção e o comércio dos vinhos produzidos pelos italianos que colonizaram aquela região.


Não há mais tantos parreirais quanto outrora, mas ainda é possível encontrar um ou outro para entender como é. Não são todas as uvas que dá para chupar. As uvas para vinhos finos, por exemplo, são de casca mais grossa e bagos pequenos, e seu sabor é muito diferente daquelas uvas que compramos na feira, sendo que estas últimas são capacitadas para produzir os chamados vinhos de mesa.


Às vezes eu esqueço que quem me lê nem sempre é de São Paulo. A cidade de São Roque pegou a fama de terra do vinho em um tempo em que era possível conhecer todo o sistema de produção do líquido, de um modo direto. Algumas vinícolas cada vez mais deixaram de ter aquela cara de casa de fazenda e passaram a ser mais temáticas, além de explorar outros produtos. A Bella Aurora, por exemplo, tem decoração típica e um plantel de cachaças muito interessante.


A maioria das vinícolas de São Roque se agrupou nas margens dessa estrada que ficou conhecida como Rota do Vinho, que era toda de terra há tempos atrás. Com generosidade, podemos dizer que ela tem o formato aproximado de uma ferradura, pois é possível começar e terminar seu percurso pela rodovia Raposo Tavares, ladeando a via férrea da região. Pelo seu ramal principal, começamos pela adega Terra do Vinho e terminamos com a vinícola Palmeiras, que tem como diferencial produtos cosméticos à base de vinho. Nesse caminho, passamos por Frank, Santa Cecília, Bella Quinta, Palmares, Góes e outras que citaremos mais adiante.


A maioria das vinícolas expandiu seus negócios de modo a tornar São Roque não somente um conglomerado de adegas, mas também um polo gastronômico, agregando um pacote de atrações completo. Uma das vinícolas que mais se transformou de uns anos para cá foi a Canguera, cuja entrada do restaurante vemos abaixo.


No espaço onde antes tínhamos um terreno com as plantações, pouco acessíveis a visitantes, foi construído um espaço múltiplo de lazer, para que adultos engordem e crianças brinquem...


... e que aprendam como é uma videira.


O tempo estava muito oscilante, e aproveitamos essa parada para provar um pouco da (caríssima) culinária local antes de buscar um almoço completo, enquanto a garoa molhava nossos cabelos. Nenhum susto para alguém da Pauliceia.


O que nós fomos mastigar é uma outra tradição da cidade, o pastel de alcachofra. Estas flores não tem bem o aspecto estético de uma rosa, principalmente porque são colhidas antes da floração completa, mas possuem um sabor sui generis e vão bem com um vinho.


De uns tempos para cá, não vemos mais as colheitas e processo produtivo, tão comum em outros tempos. Para satisfazer a curiosidade dos visitantes, as várias vinícolas disponibilizam museus e exposições contendo um pouco das suas histórias.


Na Canguera, podemos ver vários equipamentos antigos, fabricados em ferro fundido, e também a evolução dos rótulos de seus produtos.


Há também em São Roque outras adegas e vinícolas que não estão na beirada da Estrada do Vinho, mas em bairros adjacentes, onde se encontram coisas bem interessantes. No Santa Maria, por exemplo, existe a Quinta do Nino.


É um lugar onde se vende a melhor jeropiga* da região, além de queijos e artesanato. Os diplomas dos prêmios na festa do vinho provam que é um dos estabelecimentos mais tradicionais da cidade.


Eu me lembro que, logo ao lado, havia outra adega, chamada Vinícola Maravilha, que foi encampada pela Quinta, o que multiplicou o número de seus rótulos. Vários dos produtos históricos ficam expostos em uma das estantes.


Assim como em outras casas, aqui também temos muito maquinário em desuso exposto para que o visitante aprenda um pouco sobre a produção do líquido. Esta geringonça abaixo é uma transferidora de mosto, que nada mais é do que o produto das uvas obtido após a prensagem.


Um ramal da estrada dá acesso ao bairro Sorocamirim, onde se localiza a vinícola homônima. Esta, com certeza, é uma das que mais se manteve à moda antiga, e tem um dos melhores vinhos, na minha humilde. É um lugar onde a gente pega um queijo na entrada e sai saboreando cada um dos rótulos, batendo papo com o taberneiro. Ainda lembro quando os vinhedos ficavam logo ao lado da loja, mas hoje eles ficam bem mais distantes.


Na mesma estradinha, um pouco antes, tem a vinícola XV de Novembro, mais no estilo balcãozão de venda, também com muitas provas e com um ótimo cooler, o que é considerado uma aberração pelos puristas.


Achar que a obtenção do mosto ainda é feita através de pisadas é um anacronismo. Já há muito tempo que as prensas mecânicas substituíram os deselegantes pezões dos vinhateiros, e hoje só temos este método aplicado em dias de festas.


Devidamente digeridos, os pastéis de alcachofra deram lugar à necessidade de uma refeição mais lauta. Fiz uma rápida revisão orçamentária para saber o tamanho do rombo já aberto e de quantos cartões de crédito eu precisaria usar para comer em plena estrada, com seus restaurantes caríssimos, e concluí que ainda dava para se atrever, se houvesse parcelamento. Fomos na Quinta do Olivardo, especialista em culinária portuguesa, onde nos foi servida uma alheira defumada com batatas...


... e uma espetada madeirense, composta por nacos de contra-filé que são assados em um galho verde de loureiro, o que lhe dá um aroma peculiar. É típico da Ilha da Madeira, ora pois, na parte insular de Portugal.


É uma casa bem mais nova que as demais, e quando eu comecei a vir para estes lados ainda estava longe de existir. Mas, a despeito do preço, a comida é boa e o lugar foi muito bem feito, e ainda possui uma ampla área que nos permite visitas, incluindo a réplica de uma capelinha dedicada a Santo Antonio, que seria, pelo que sei, a primeira igreja de São Roque.


A Rota do Vinho é um passeio particularmente bacana de se fazer em um domingo preguiçoso. Dá para passar por todas as vinícolas e adegas sem grandes correrias. Mas voltando à pergunta inicial, não sei se gosto de vinho. Eu gosto não só de passear em São Roque, mas também daquilo que eles produzem. Mas seus vinhos não guardam boa fama no meio dos entendidos. Alguns, cheios de dedos, dizem que carecem de complexidade, porque faltam taninos x e y, sobram outras coisas e o resultado não é exuberante. Outros, mais debochados, dizem que são zurrapas feitas de Tang© com álcool. Eu não sei dizer. Só sei que eu gosto do que encontro por lá.

Os tais dos vinhos complexos são coisas curiosas. Quando fiz bodas de prata, juntei os cobres e levei a patroa para um jantar de verdade, um bacalhau à Gomes de Sá com entrada de frutos do mar. Uma delícia, mas uma delícia cara, daquelas que só uma ocasião especial justifica (ou uma renda de nababo, o que não é o caso). Não ia botar uma Coca© zero para acompanhar tão nobre peixe, não é mesmo? Então fui na carta de vinhos, cujos preços se equiparavam ao do prato principal. Diante daquela geleia de letras e números, senti-me como um arco de barril: completamente por fora. Pedi o apoio do especialista, que falou que o vinho isto tem aquilo, que o vinho aquilo tem isto, taninos, taninos, taninos, aroma e complexidade. Fiquei com a primeira sugestão, um vinho português que casa bem com peixes, segundo o precitado sabedor. O garçom abriu a garrafa na minha frente e me deu um trisco para provar. Ao contato, o líquido repuxou toda minha boca para dentro, como se formasse um vácuo. Não era propriamente um sabor azedo ou de estragado, mas uma sensação estranha. Devem ser os tais de sabores complexos. Evidentemente, não desci do pedestal e disse que estava ótimo, no que o rapaz encheu minha taça e a da chefinha, onerando o desfecho da conta. Mas eu deveria ter ficado com a Coca zero.

Fiquei invocado com o fato, e procurei me inteirar um pouco mais desse universo que trafega entre o hermético e o mistagógico. Algumas coisas me fascinaram, como o quase culto que se deve prestar diante de um vinho de qualidade, a paciência irrestrita para que uma bebida seja sorvida no fluxo certo, sem pressa por um lado, sem oxidação por outro. Mas outros fatos me intrigaram. Como diz a sommeliére Valéria Pilon (aqui), bons vinhos podem ter aromas absolutamente esdrúxulos, cheirando a coisas como terra, gasolina, suor ou xixi de gato. Sério. Eu prefiro tomar Tang com álcool a xixi de gato. Com álcool.

Apesar de caro, não deixou de ser um aprendizado. E que eu aproveitei em outras ocasiões. Menciono, por exemplo, o caso das cervejas. A primeira vez que eu tomei uma IPA, tomei um susto semelhante: um torrão de madeira queimada é o que parecia haver naquele líquido, mas a lógica dos enólogos pode ser aplicada aqui - tome devagar e tente compreender o sabor. E, dessa forma, passei a apreciar muito mais esse estilo de cerveja.

In vino veritas. No vinho está a verdade, dizia o velho Plínio, não meu padrinho, mas o filósofo romano da antiguidade. Mas é difícil perscrutar a verdade do próprio vinho, e não só aquelas geradas pela desinibição que seu espírito confere. Por que não percebo a qualidade que os especialistas tanto propalam em vinhos de fino trato, e me divirto às escâncaras com produtos reputados por meia-boca? Ou será que é uma mera rendição à empáfia de um grupo de iniciados que se arroga a me ditar o que é bom ou não? O que há de verdade nisso?

Talvez a resposta esteja na maneira como absorvemos nossos conhecimentos, e, com isso, ganhamos traquejo para compreender nuances dantes desconhecidas. De uma forma ou de outra, tudo aquilo que aprendo passa a fazer parte de meu patrimônio intelectivo, e, in extremis, parte de mim mesmo. Só que sempre resta a dúvida de como se dá está interação entre nós e o mundo, por isso, ficamos oscilantes à frente do processo de conhecimento que pode nos ajudar a apreciar um bom vinho. No que a Filosofia pode nos ajudar nesta causa?

Penso em Johann Fichte, um dos filósofos alemães que pavimentaram a ponte entre dois grandes sistemas de pensamento, a epistemologia crítica de Kant e a fenomenologia do espírito de Hegel, inaugurando o idealismo alemão. Mas, para compreendê-lo, precisamos revisar rapidamente os princípios kantianos do conhecimento, o que já fiz aqui e aqui. Prometo ser rápido.

Kant põe fim ao longo debate entre racionalistas e empiristas. Desses últimos, afirma terem razão quando dizem que o conhecimento vem da experiência, ou seja, é preciso um contato a posteriori com um objeto para saber o que ele é. Mas também dá razão aos primeiros, porque certos conhecimentos independem de um contato com um objeto, sendo apriorísticos. Por exemplo: escrevo este texto em um lugar amplo, um parque. Consigo imaginar o espaço que me circunda sem mim, ficando a mesa vazia ao sabor dos pombos. Mas o que seria de mim sem um espaço ao meu redor? É possível conceber isso? Não estou pensando em estar solto no espaço sideral, como seria fácil supor, mas sem espaço algum. A mesma coisa se aplica ao tempo. Posso imaginar o tempo que passa na mesa no parque sem mim, uma mesa vazia de manhã, de tarde e de noite. Mas não me vejo fora do tempo, rigorosamente imóvel por dias a fio. Dias a fio, aliás, já é uma noção temporal, enquanto a imobilidade é uma noção espacial. Tempo e espaço, portanto, independem da experiência, essa apreensão é inata, apriorística, no jargão filosófico. Ou seja, há também conhecimentos que independem da experiência.

Só que aí encontramos um problema. Embora todo o conhecimento possa ser encaixado nas estruturas mentais de um bípede implume, cada um absorve o universo de maneira peculiar, única, própria. A apreensão dos objetos do conhecimento é feita por uma pessoa que não possui nenhum gêmeo perfeito. Dessa forma, podemos afirmar que o mundo se apresenta a consciências, o direcionamento mental humano movido propositadamente. Se cada consciência é própria, então sempre temos uma versão particular de conhecimento do objeto. Nunca chegamos ao númeno, à coisa-em-si, mas ao fenômeno, uma manifestação privativa desta.

Fichte era um kantiano convicto. O objetivo inicial de sua teoria do conhecimento foi aperfeiçoar as teses de seu mestre, procurando explicar como se dá o processo de aquisição e de enrobustecimento da consciência. Isso se dá em três passos: o Eu põe a si mesmo, o Eu opõe a si um não-eu e a transição entre ambos. Falando assim, não dá para entender nada. Então vamos explicar.

O que pensamos quando queremos definir o que é o Eu? Podemos nos autodefinir de inúmeras formas: ao olhar para o nosso próprio corpo ou para uma fotografia nossa, miramos nossa instância física, mas aqui nos defrontamos com o limite kantiano no fenômeno - vemos uma manifestação de nós mesmos como objeto, filtrado por nossos sentidos e por nossa consciência, vemos um fenômeno de nós mesmos, mas não o Eu em si. Basta que perguntemos a alguém sobre nossa foto. Achamo-nos bonitões, inclusive buscando qualidades objetivas de simetria, proporções e arranjo, mas quem nos observa enxerga outro conjunto. O mesmo se dá se buscarmos o Eu no aspecto intelectual, lendo as coisas que escrevemos, analisando os gostos que temos ou sintetizando as percepções do mundo que construímos. A questão permanece a mesma, é uma visão fenomênica. O que traz a identidade do Eu?

Para Fichte, o Eu é aquele que se põe a si mesmo. É uma intuição intelectual que se detecta como algo que se distingue do mundo, que tem existência própria. O Eu puro é o saber de sua existência de forma autônoma com relação a todo o universo. Dessa forma, o Eu coloca o sentido a tudo o que existe no mundo. Em suma, o Eu puro de Fichte, independente de corpo ou espírito, sabe-se colocado em uma relação com o mundo, e que é distinto das demais coisas.

Por outro lado, o Eu tem o conhecimento do mundo, e isso está inscrito em sua consciência. O Eu tem a intuição do que ele é, e também de tudo o que não é ele. Esse é no não-eu que se opõe ao Eu. É bem verdade que existe uma distinção a ser feita: a consciência está dentro do Eu, não existe uma consciência que não pertença a uma cabeça pensante. Sendo assim, quem está em estado de oposição não é simplesmente o Eu versus o mundo, mas aquele Eu puro que se limita com o próprio restante da consciência.

E é aí que entra o conhecimento. Ele está nesse exato limite entre o Eu e o não-Eu. Tudo aquilo que se conhece já faz parte do Eu, já o ajuda a perceber as coisas do mundo de sua maneira própria, e a cada vez que se absorve um novo conhecimento, há o tráfego entre um e outro, quando o não-Eu é interiorizado e passa a fazer parte do patrimônio intelectivo do patrício onde isso ocorre. 

Notem que há uma linha com plasticidade e dinamismo entre ambos, que representa a absorção do não-Eu pelo Eu, que se retroalimenta na medida em que se tenha contato com o novo, e o não-Eu se expanda novamente.
Notem que Fichte, desta forma, não só inicia uma divisão da consciência que será, mais tarde, reescrita por Freud, mas também inaugura uma maneira própria de pensar que será marcante no Idealismo alemão, e que encontrará a sua máxima expressão em Hegel: a dialética. O Eu é uma tese à qual se opõe o não-Eu, sua instância antitética. Deste confronto, resulta a síntese da delimitação recíproca, já que ambos se determinam: estando o Eu e o não-Eu dentro da mesma consciência, dinamicamente traçam seus perímetros, e é a sua interpenetração que amolda cada um.

Como deu para perceber, Fichte não tem nada de simples. E, por isso mesmo, eu só dei algumas indicações bem superficiais do seu pensamento. Basta para dar base ao que eu quero dizer. Talvez ainda eu tenha que usar a plasticidade do meu Eu para confrontar com mais critério a questão da complexidade dos vinhos. Devo respeitar a opinião dos especialistas sérios, que conhecem de assunto que para mim é uma mera curtição. Se no vinho está a verdade, eu quero conhecê-la, sem deixar, enquanto isso, de curtir minha adeguinha humilde, que tanto me compraz com a simplicidade dos vinhos de São Roque, principalmente quando ela está repleta.

Recomendação de leitura:

Fichte não é para os fracos, e é necessário conhecer um bom tanto de Kant para conseguir compreendê-lo. Em todo caso, segue a indicação de sua obra.

FICHTE, Johann. A doutrina da ciência. São Paulo: Abril Cultural, 1991. Col. Os pensadores.

Outra coisa: vá a São Roque sem preconceito. Curta as visitas à Rota do Vinho e veja como sempre você poderá encontrar um sabor que lhe agradará. Fica muito perto da capital, a cerca de 70 Km, com boa infraestrutura, e não tem como não lhe agradar. A não ser que você prefira xixi de gato.

* Jeropiga é um vinho ao qual foi acrescentado alguma aguardente, como a bagaceira, durante o processo de fermentação, da mesma forma que ocorre com o vinho do Porto. Tem um estilo abafado, com teor alcoólico mais expressivo do que em um vinho castiço.

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