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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Dos dias em que o vento nos afasta do mar - 4º sopro: Lambari, águas minerais e a importância pouco conhecida das universidades

Olá!

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Nossa estada em Itamonte durou três dias. Poderia ter ficado mais tempo, mas minha intenção era caminhar para oeste uma boa dezena de quilômetros, à procura das cidades do Circuito de Águas mineiro, e achei melhor fazê-lo em definitivo. Com isso, passei a bater rodas e procurar um outro lugar para encostar a barca, o que se deu na cidade de Lambari.


Lambari tem esse nome por conta do famoso peixinho, que existia em abundância na região. A palavra, aliás, vem de arabary, que, em bom tupi, significa (ora vejam) peixinho. Mas a cidade correu o risco de se chamar Águas Virtuosas, em razão das propriedades atribuída à sua água mineral. O brasão da cidade, com o lema hic sanitas (“aqui há saúde”) faz lembrar essa devoção.


O empolado nome foi sugestão do então prefeito Américo Werneck, seu mais célebre político, mas o vulgo venceu. Chegou à região com o intuito de plantar, mas se encantou com as suas águas e resolveu se estabelecer em definitivo.  Às cercanias de sua casa, deu o nome de Nova Baden, em alusão à determinada região da Alemanha (aquela da cerveja). Hoje, a antiga casa que era a sede de suas terras virou o Parque Nova Baden.


É uma reserva ambiental com boa estrutura e excelente atendimento, feito por jovens como a Taís e o Gabriel. No casarão, há uma série de dispositivos que preparam o visitante para reconhecer alguns dos animais e plantas existentes nas trilhas da floresta, assim como há vários deles expostos no porão da casa.


A floresta tem três trilhas: a dos troncos, a dos palmitos e a das sete quedas, sendo essa última a cereja do bolo, porque vai ladeando um curso d’água perdido em meio à mata fechada, aparecendo basicamente na forma de pequenos saltos.


É uma trilha ascendente, estreita em alguns pontos, mas de nível fácil, sendo recomendado apenas o uso de um tênis, o que a patroa não seguiu, preferindo seu velho chinelinho. Há um trecho onde o acesso às quedas se dá por escadinhas, como é o caso da quinta queda.


O ápice é a sétima queda (oh!), um paredão onde a água simplesmente escorre. Foi um local onde pude aproveitar o conhecimento repassado pela orientação da Taís: muitas briófitas e samambaias, típicas de ambientes com alto índice de umidade.


No caminho, há a árvore mais alta de toda a reserva: um jequitibá impressionante, que tem mais de trinta metros fácil. Mas ele não é espécime isolada. Há jacarandás, cedros e os cheirosíssimos manacás, além da dita árvore do abraço, um guapuruvu imponente.


Na volta, é possível pegar a variante que leva à trilha do palmito, o que parece atitude esperta. Quem esperar encontrar um festival de palmeiras de toda espécie, vai se enganar. A mata está sendo reparada aos poucos, e as tais árvores estão ainda bastante esparsas.


No entanto, há toneladas de sementes caídas no chão. Como já havíamos aprendido em São Luiz do Paraitinga, trata-se do palmito juçara, o açaí do Vale do Paraíba. São bons indícios de que os procedimentos de recuperação da área vão indo por um bom rumo.


Voltando ao centro da cidade, vemos mais uma vez a mão de Américo Werneck. Com a intenção de tornar Lambari um polo turístico, mandou construir um enorme lago artificial, a quem deu o nome de Guanabara.


Em suas margens, edificou um palácio em estilo imperial, para abrigar um cassino, que estava em reforma por ocasião de nossa visita.


Para completar o conjunto, e desde já lembrando que não havia eletricidade pelo local à época de sua construção, um grandiloquente farol guarnece a lateral do cassino. O conjunto é realmente muito bonito.


No vértice oposto ao cassino fica a entrada monumental da cidade, que não poderia deixar de fazer remissão às suas águas: o enorme garrafão das estâncias hidrominerais (como é o caso de Lindoia), complementando o complexo do lago.


E é grande, viu? O lago do Ibirapuera perde. Como não poderia deixar de ser, a construção do conjunto trouxe à população local seu principal polo de lazer, além de incrementar outros negócios, como bares e vendas de artesanato, como estes bordados.


Não vou falar da igrejona? Vou. É a igreja de Nossa Senhora da Saúde, seguindo a pegada terapêutica do município. A santa padroeira é representada com um chumaço de ervas na mão, como se estivesse pronta para preparar um chazinho curativo.


Aqui, como em Passa Quatro, uma presença que, como vocês poderão observar no transcurso desta viagem, é constante por toda a região: Nhá Chica. Vão reservando.


Partamos para o núcleo da conversa. Esta é a primeira cidade do rolê onde encontramos o conceito de Parque de Águas. Trata-se da concentração, em um só local, das diferentes composições minerais disponíveis em diferentes pontos do município.


O parque de Lambari, comparado com aqueles das cidades vizinhas, não é tããããããão grande, embora sua infraestrutura seja bastante adequada. Por isso, todas as bicas de água estão agrupadas em um único quiosque, que dá acesso à população em horários determinados.


Cada uma delas tem sua composição própria: gasosa, gasosa fraca, alcalina e magnesiana. Na parede, os painéis explicativos ensinam as suas diversas aplicações.


É sério. Eu não sabia que havia águas que saíam gasosas diretamente da fonte. A novidade e o clima saarauí daquele dia me levaram a uma verdadeira overdose de bolhas. A decepção ficou por conta de saber que, mesmo assim, as águas de fábrica são carbonatadas artificialmente: as bolhas não persistem quando armazenadas.


O parque não se limita às suas bicas de água mineral. Há ainda espaço para palestras, venda de artesanatos, piscina com chafarizes dançantes e espaços de religiosidade, como a cascatinha de Nossa Senhora, feita também de água mineral, segundo se diz.


Quando eu era mais novo, não entendia muito bem a designação “água mineral”, tendo em vista que, ora vejam, é coisa que pertence ao reino mineral. Mais tarde, e mais esperto, descobri que havia duas explicações mais bem-acabadas. A primeira tem a ver com sua origem: água pluvial vem das chuvas, água fluvial vem dos rios, água lacustre vem dos lagos, água marinha vem dos oceanos e água mineral vem das minas, a famosa “água que brota da pedra”. Já a segunda está relacionada aos sais minerais e oligoelementos dissolvidos na água, que lhe dão características peculiares dependendo do ambiente onde se alojam. É bem verdade que toda água tem seus sais, já que a água pura, obtida através de destilação, é prejudicial à saúde*. Mas o que a torna digna desta especificação é a capacidade de ter algo além de uma mera hidratação proporcionada pelas águas potáveis convencionais, ditas de mesa.

Para estudar as propriedades físicas e químicas das águas minerais, incluindo seus benefícios ao organismo, há uma ciência denominada Crenologia, que, como sói acontecer, vem do grego (krénes=nascente e logos=estudo, neste sentido).

Ciência? Ou mais uma tentativa de se valer da boa reputação que esta goza para dar feitio sério a outra modalidade de curandeirismo? É bom ter critério e cuidado com essas coisas. Portanto, vejamos.

O que transforma uma atividade humana em uma Ciência? Em primeiro lugar, ela precisa ter um objeto de estudo bem definido, precisa se basear em evidências, precisa permitir o experimentalismo e seguir um paradigma metodológico, e precisa ser falseável (ler aqui e aqui). A princípio, tudo isso é possível de se adotar com a crenologia: ela estuda a ação das águas minerais; suas composições e efeitos no organismo são mensuráveis; as experiências são realizadas no campo material, sem a necessidade de interveniências mágicas; podem seguir um programa metodológico de hipótese, teste e teoria e é facilmente falseável, bastando pesquisas em duplo cego semelhantes às utilizadas em testes com medicamentos. O problema, portanto, não está na configuração da crenologia como Ciência, mas lhe falta algo importante com relação ao uso terapêutico de águas minerais: o consenso acadêmico.

Ao contrário do que ocorre com práticas consagradas de tratamento medicinal, que fixam padrões bem determinados de composições, é virtualmente impossível que se obtenha uma constante nos integrantes de uma água mineral, que variam com as estações do ano, volumes de chuva e etc. Desta forma, as universidades e cientistas em geral tem enormes parênteses na aceitação de seu uso.

Ora, direis, e o que as universidades têm a dizer, como donas da verdade, se elas formam um monte de incompetentes para o mercado? E os cientistas falam de teorias, teorias, teorias... Se tudo é só teoria, como podemos confiar em conhecimento seguro?

Talvez precisemos entender um pouco melhor sobre o que é uma universidade, e desta forma compreenderemos que sua importância é muito maior do que aparenta.

O velho Platão não deixou somente o legado de toda a sua sapiência, mas também um nome que marcaria a intelectualidade. Sua escola, um local para reuniões e debates entre os sábios da época, era conhecida como Academia, e plasmou o significado que temos hoje: o conjunto de professores (incluindo aí os mestres, os doutores e os livre-docentes) e de pesquisadores que se encarregam de manter e aperfeiçoar o conjunto de conhecimentos disponíveis para a humanidade. Evidentemente, há especialistas em cada uma das áreas, porque o conhecimento é algo muito amplo, não só pelo seu alcance em si, mas também pela sua variação ao longo da história e por suas bases filosóficas.

Só que o conhecimento não é algo simples, porque diferentes estudos voltados para um mesmo objeto podem produzir diferentes resultados, dependendo da maneira como foram feitas. O rigor na análise destes estudos depende do próprio arcabouço intelectual coletivo, porque é a experiência múltipla que tem mais ferramentas para achar furos de metodologia, que deve ser detalhadamente descrita pelos pesquisadores que a realizaram, com o intuito de tornar as observações, análises e experimentos repetíveis. Em um exemplo prá lá de boçal, imagine que duas equipes de pesquisa queiram detectar o percentual de apreciadores de futebol no Brasil. A primeira realiza suas entrevistas nas imediações de uma bilheteria de estádio, a segunda na saída da Liga das Senhoras Católicas; resultados tendendo a 100% e a 0%, respectivamente. São pesquisas metodologicamente inúteis, e que serão descartadas de pronto pela academia.

A academia, portanto, é um conceito mais abstrato, uma espécie de “irmandade” mundial onde o saber trafega, sem a necessidade de se constituir em seita de iniciados, como dizem algumas sumidades, porque os resultados obtidos são padronizados e públicos. Mas há locais físicos onde as pesquisas precisam ser programadas, onde os artigos precisam ser produzidos e apreciados, onde os resultados podem ser armazenados e onde o conhecimento pode ser consultado. Seguindo o modelo inaugurado pelo linguista alemão Willhelm von Humboldt (irmão do famoso naturalista), esse lugar é a universidade.

A universidade é o local onde os diferentes ramos do conhecimento humano se situam e se entrecruzam, de modo a um dar apoio ao outro, tentando obter um caráter universal e multidisciplinar aos resultados que produzem. Nelas, é depositada a confiança da sociedade em se obter o consenso do que é conhecimento válido e o que não é. E a universidade devolve essa confiança à sociedade que lhe financia na forma de transmissão de conhecimento, através do ensino superior.

É aí que nasce a grande confusão. Aqui no Brasil, temos a concepção de que alguém ingressa na universidade para aprender a trabalhar. Mas esse não é o seu objetivo principal, é apenas uma de suas consequências. O cerne, a pia-máter, o primordial, o âmago, a essência da universidade é produzir conhecimento, é para isso que ela serve e o ingressante deveria saber disso, porque ele mesmo será uma das engrenagens dessa máquina. Para entender isso, basta que se responda à pergunta “para que serve um trabalho de conclusão de curso?”.

Em geral, dir-se-á que é para avaliar o que se aprendeu no decorrer do curso. Mas não é uma resposta contraditória com relação ao fato de haver obrigatoriedade em ser um trabalho inédito? Se ninguém mais abordou o tema, não estaríamos justamente arriscando os conteúdos aprendidos? Para isso, não seria melhor um TCC que não saísse dos limites da transmissão? Não, cara-pálida.

Os critérios de originalidade e relevância são exigidos para que também nós contribuamos para o aparato intelectual humano. É através do TCC, seja ele uma monografia, um artigo, um trabalho de campo ou seja lá o que for, que devolvemos à universidade diretamente e à sociedade por tabela e consequência aquilo que elas nos deram – o conhecimento. Percebem como tudo faz sentido agora? A humanidade inteira, no âmbito da universidade, passa a fruir do saber que você disponibiliza.

O problema é que no Brasil fazemos muita confusão com outras modalidades do ensino superior. O curso que, em tese, é voltado diretamente ao trabalho, é o de tecnologia; e o que é voltado ao ensino, é o de licenciatura. Percebam como as universidades verdadeiramente sérias, como a USP, as federais, a PUC e o Mackenzie não têm cursos de tecnologia, e, se têm, estão bem especificados e apartados (vejam que não existem cursos de Tecnologia em Ciências X ou Y). Isso não é demérito aos tecnólogos; é apenas a falta de noção exata do que é cada coisa. O tecnólogo é preparado para trabalhar de bate-pronto; o curso de tecnologia é uma espécie de pós-graduação do técnico de nível médio. Em São Paulo, por exemplo, temos a Fatec, que dá cursos de tecnologia e não se intitula de universidade.

Com relação ao segundo questionamento, mais engano. Objetivamente falando, o senso comum confunde teoria com hipótese, que são coisas distintas, porém interligadas. A hipótese é o ponto de partida de uma teoria. Não vou aprofundar muito, porque tem um videozinho ótimo nas recomendações, mas vou dar rápidas pinceladas nos termos metodológicos da Ciência, para também contribuir.

Quando observamos qualquer fenômeno à nossa frente, temos uma concretização na prática de uma cadeia de causas e consequências. Pensemos em uma bola chutada pelo zagueiro do nosso time para o alto, visando afastar o perigo que ronda sua área. Abstraindo do fato em si, podemos problematizá-lo: por que a bola subiu até determinada altura, em aceleração progressivamente reduzida, até inverter seu movimento rumo à arquibancada, descrevendo uma trajetória parabólica, ao invés de se manter subindo em linha reta, rumo ao espaço sideral, até se perder no infinito?

A primeira coisa que observamos é uma regularidade no fenômeno: em todas as vezes que vimos nosso prestimoso beque exercer suas artes e ofícios, a mesma coisa se dá – a bola sobe e depois cai, às vezes no chão, às vezes no público, às vezes na cabeça de um camera man incauto. Mas cai. A repetição do ocorrido leva a um processo de indução, sendo que, desta forma, somos levados a acreditar que o fenômeno será sempre igual.

Pois bem. Algumas coisas na ação são evidentes por si só. Por exemplo, para que todo o fato se inicie, é preciso que exista a aplicação de uma força. No caso, uma bicuda. Percebam que, isto posto, não há a possibilidade de que a força aplicada seja nula. Um valor zero, evidentemente, anula toda a equação. Essas constatações evidentes em si mesmas são os postulados (ou axiomas), e tudo o que se seguir deve girar em torno deles, sem que haja discussões na relação que se busca explicar.

As propostas científicas se baseiam em tentativa e erro. A partir dos postulados iniciais, podemos ter dois horizontes: em um, imaginamos que a bola não sobe eternamente porque ela tem um peso, que por si só a faria cair. Mas ao analisar um beque das fazendas bolivianas, onde o ar é mais rarefeito, percebemos que, com a mesma força aplicada e com o mesmo peso, a bola sobe muito mais alto e vai muito mais longe, falseando aquilo que pensávamos. Isso é uma hipótese, e não uma teoria, que acaba de ser refutada.

No segundo cenário, nossa hipótese vai no sentido de que a força aplicada à bola faz com que ela tenda a escapar do âmbito terrestre. Porém, há outra força que a atrai de volta para a Terra. No momento em que a força de atração se torna maior que a força de escape, a trajetória da bola se modifica, de forma a fazer com que se choque ao chão. Essa é outra hipótese, mas que, sendo mais coerente que a primeira, e não sendo refutada pela observação e pela experimentação, é considerada um componente plausível do funcionamento geral do que se propõe a analisar, e ela passa a ganhar o estatuto de lei.

A partir de uma lei fixada, uma série de novas implicações vão sendo inferidas, de modo a aperfeiçoar a ideia inicial estabelecida. Esses são os corolários. Agregando ao nosso exemplo, podemos dizer que, quanto mais forte for o chute, maior será o tempo em que o fenômeno se desenrolará; ou, quanto mais próximo de uma angulatura reta, mais alta e menos distante do ponto de origem será a trajetória descrita pela pelota. Vejam que o corolário não muda em nada a lei; antes disso, é totalmente dependente dela.

É a junção de postulados, leis e corolários oriundos de uma hipótese inicial que consegue dar a descrição do que é a prática de um determinado fato, e é isso o que a Ciência chama de teoria, uma síntese de princípios que regem o funcionamento de um fenômeno colocado à nossa frente. Em resumo, a teoria não é um chute, mas a reunião coerente de proposições que consolidam um fato científico. Teoria como palpite é só um uso popular do termo.



Lá vou eu dar uma de chato de novo, pensarão meus leitores. Não é nada disso. A crenologia é respeitável, existem órgãos governamentais que tratam do assunto, como a Comissão Permanente de Crenologia do Ministério de Minas e Energia (endereço aqui) e de fato as águas minerais podem ter efeitos benéficos ao organismo. Vejam como outros veículos são utilizados para dar apoio à saúde pública, como é a fluoretação da água encanada, a iodação do sal de cozinha e a adição de ferro à farinha de trigo. Como eu poderia dizer que só as propriedades das águas minerais são bobagens? Ainda mais quando a própria medicina insiste na hidratação abundante para prevenir uma série de doenças. Como eu poderia dizer que as massagens e banhos termais são inúteis, sendo que atividades como a hidroginástica são fartamente recomendadas para tantas moléstias e para todas as faixas etárias? O que eu quero dizer aqui, mais uma vez, é que precisamos tomar cuidado para não desprezar as formas canônicas de tratamento para substituí-las por meios apresentados como demiúrgicos. A água mineral é boa e a Ciência explica, mas nem sempre ela bastará por si mesma, e, o que é pior, ser utilizada como único meio de tratamento.

De resto, os Parques de Águas são sensacionais, merecem visitas e que enchamos nossas caras de suas águas, com a devida atenção aos seus verdadeiros efeitos.

Recomendações de vídeos:

O canal Papo de Primata é um interessante espaço de discussão científica. Produzido pelo carioca David Ayrolla, traz uma série de temas interessantes muito bem elaborados, o que os torna bastante atraentes, além de elucidativos.


É deste canal que vem um vídeo impecável sobre termos científicos, que indico abaixo:



* Grosso modo, o equilíbrio salino das células se dá por um processo de osmose. Há uma propriedade física que faz com que dois conglomerados de líquidos equilibrem suas quantidades de sais. No caso das células, as membranas permitem a passagem dos minerais de dentro para fora ou de fora para dentro, dependendo de onde há maior quantidade deles. No caso da ingestão de água destilada, o processo de equilíbrio osmótico fará com que praticamente todos os sais contidos nas células atravessem a membrana para fora, alterando de forma letal os líquidos interiores da célula, de forma a torná-lo menos denso e viscoso, por exemplo. 

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