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Nossa estada em Itamonte durou três dias. Poderia ter
ficado mais tempo, mas minha intenção era caminhar para oeste uma boa dezena de
quilômetros, à procura das cidades do Circuito de Águas mineiro, e achei melhor
fazê-lo em definitivo. Com isso, passei a bater rodas e procurar um outro lugar
para encostar a barca, o que se deu na cidade de Lambari.
Lambari tem esse nome por conta do famoso peixinho, que
existia em abundância na região. A palavra, aliás, vem de arabary, que, em bom tupi, significa (ora vejam) peixinho. Mas a
cidade correu o risco de se chamar Águas Virtuosas, em razão das propriedades
atribuída à sua água mineral. O brasão da cidade, com o lema hic sanitas (“aqui há saúde”) faz
lembrar essa devoção.
O empolado nome foi sugestão do então prefeito Américo
Werneck, seu mais célebre político, mas o vulgo venceu. Chegou à região com o
intuito de plantar, mas se encantou com as suas águas e resolveu se estabelecer
em definitivo. Às cercanias de sua casa,
deu o nome de Nova Baden, em alusão à determinada região da Alemanha (aquela da
cerveja). Hoje, a antiga casa que era a sede de suas terras virou o Parque Nova
Baden.
É uma reserva ambiental com boa estrutura e excelente
atendimento, feito por jovens como a Taís e o Gabriel. No casarão, há uma série
de dispositivos que preparam o visitante para reconhecer alguns dos animais e
plantas existentes nas trilhas da floresta, assim como há vários deles expostos
no porão da casa.
A floresta tem três trilhas: a dos troncos, a dos palmitos e
a das sete quedas, sendo essa última a cereja do bolo, porque vai ladeando um
curso d’água perdido em meio à mata fechada, aparecendo basicamente na forma de
pequenos saltos.
É uma trilha ascendente, estreita em alguns pontos, mas de
nível fácil, sendo recomendado apenas o uso de um tênis, o que a patroa não
seguiu, preferindo seu velho chinelinho. Há um trecho onde o acesso às quedas
se dá por escadinhas, como é o caso da quinta queda.
O ápice é a sétima queda (oh!), um paredão onde a água
simplesmente escorre. Foi um local onde pude aproveitar o conhecimento
repassado pela orientação da Taís: muitas briófitas e samambaias, típicas de
ambientes com alto índice de umidade.
No caminho, há a árvore mais alta de toda a reserva: um
jequitibá impressionante, que tem mais de trinta metros fácil. Mas ele não é
espécime isolada. Há jacarandás, cedros e os cheirosíssimos manacás, além da dita
árvore do abraço, um guapuruvu imponente.
Na volta, é possível pegar a variante que leva à trilha do
palmito, o que parece atitude esperta. Quem esperar encontrar um festival de
palmeiras de toda espécie, vai se enganar. A mata está sendo reparada aos
poucos, e as tais árvores estão ainda bastante esparsas.
No entanto, há toneladas de sementes caídas no chão. Como já
havíamos aprendido em São Luiz do Paraitinga, trata-se do palmito juçara, o
açaí do Vale do Paraíba. São bons indícios de que os procedimentos de
recuperação da área vão indo por um bom rumo.
Voltando ao centro da cidade, vemos mais uma vez a mão de
Américo Werneck. Com a intenção de tornar Lambari um polo turístico, mandou
construir um enorme lago artificial, a quem deu o nome de Guanabara.
Em suas margens, edificou um palácio em estilo imperial,
para abrigar um cassino, que estava em reforma por ocasião de nossa visita.
Para completar o conjunto, e desde já lembrando que não
havia eletricidade pelo local à época de sua construção, um grandiloquente
farol guarnece a lateral do cassino. O conjunto é realmente muito bonito.
No vértice oposto ao cassino fica a entrada monumental da
cidade, que não poderia deixar de fazer remissão às suas águas: o enorme
garrafão das estâncias hidrominerais (como é o caso de Lindoia),
complementando o complexo do lago.
E é grande, viu? O lago do Ibirapuera perde. Como não
poderia deixar de ser, a construção do conjunto trouxe à população local seu
principal polo de lazer, além de incrementar outros negócios, como bares e
vendas de artesanato, como estes bordados.
Não vou falar da igrejona? Vou. É a igreja de Nossa Senhora
da Saúde, seguindo a pegada terapêutica do município. A santa padroeira é
representada com um chumaço de ervas na mão, como se estivesse pronta para
preparar um chazinho curativo.
Aqui, como em Passa Quatro, uma presença que, como
vocês poderão observar no transcurso desta viagem, é constante por toda a
região: Nhá Chica. Vão reservando.
Partamos para o núcleo da conversa. Esta é a primeira cidade
do rolê onde encontramos o conceito de Parque de Águas. Trata-se da
concentração, em um só local, das diferentes composições minerais disponíveis
em diferentes pontos do município.
O parque de Lambari, comparado com aqueles das cidades
vizinhas, não é tããããããão grande, embora sua infraestrutura seja bastante
adequada. Por isso, todas as bicas de água estão agrupadas em um único quiosque,
que dá acesso à população em horários determinados.
Cada uma delas tem sua composição própria: gasosa, gasosa
fraca, alcalina e magnesiana. Na parede, os painéis explicativos ensinam as
suas diversas aplicações.
É sério. Eu não sabia que havia águas que saíam gasosas
diretamente da fonte. A novidade e o clima saarauí daquele dia me levaram a uma
verdadeira overdose de bolhas. A decepção ficou por conta de saber que, mesmo
assim, as águas de fábrica são carbonatadas artificialmente: as bolhas não
persistem quando armazenadas.
O parque não se limita às suas bicas de água mineral. Há
ainda espaço para palestras, venda de artesanatos, piscina com chafarizes
dançantes e espaços de religiosidade, como a cascatinha de Nossa Senhora, feita
também de água mineral, segundo se diz.
Quando eu era mais novo, não entendia muito bem a designação
“água mineral”, tendo em vista que, ora vejam, é coisa que pertence ao reino
mineral. Mais tarde, e mais esperto, descobri que havia duas explicações mais bem-acabadas.
A primeira tem a ver com sua origem: água pluvial vem das chuvas, água fluvial
vem dos rios, água lacustre vem dos lagos, água marinha vem dos oceanos e água
mineral vem das minas, a famosa “água que brota da pedra”. Já a segunda está
relacionada aos sais minerais e oligoelementos dissolvidos na água, que lhe dão
características peculiares dependendo do ambiente onde se alojam. É bem verdade
que toda água tem seus sais, já que a água pura, obtida através de destilação,
é prejudicial à saúde*. Mas o que a torna digna desta especificação é a
capacidade de ter algo além de uma mera hidratação proporcionada pelas águas
potáveis convencionais, ditas de mesa.
Para estudar as propriedades físicas e químicas das águas
minerais, incluindo seus benefícios ao organismo, há uma ciência denominada Crenologia, que, como sói acontecer,
vem do grego (krénes=nascente e logos=estudo, neste sentido).
Ciência? Ou mais uma tentativa de se valer da boa reputação
que esta goza para dar feitio sério a outra modalidade de curandeirismo? É bom
ter critério e cuidado com essas coisas. Portanto, vejamos.
O que transforma uma atividade humana em uma Ciência? Em
primeiro lugar, ela precisa ter um objeto de estudo bem definido, precisa se basear
em evidências, precisa permitir o experimentalismo e seguir um paradigma
metodológico, e precisa ser falseável (ler aqui e aqui). A
princípio, tudo isso é possível de se adotar com a crenologia: ela estuda a
ação das águas minerais; suas composições e efeitos no organismo são
mensuráveis; as experiências são realizadas no campo material, sem a
necessidade de interveniências mágicas; podem seguir um programa metodológico
de hipótese, teste e teoria e é facilmente falseável, bastando pesquisas em duplo cego semelhantes às utilizadas em testes com medicamentos. O problema,
portanto, não está na configuração da crenologia como Ciência, mas lhe falta
algo importante com relação ao uso terapêutico de águas minerais: o consenso
acadêmico.
Ao contrário do que ocorre com práticas consagradas de
tratamento medicinal, que fixam padrões bem determinados de composições, é
virtualmente impossível que se obtenha uma constante nos integrantes de uma
água mineral, que variam com as estações do ano, volumes de chuva e etc. Desta
forma, as universidades e cientistas em geral tem enormes parênteses na
aceitação de seu uso.
Ora, direis, e o que as universidades têm a dizer, como
donas da verdade, se elas formam um monte de incompetentes para o mercado? E os
cientistas falam de teorias, teorias, teorias... Se tudo é só teoria, como
podemos confiar em conhecimento seguro?
Talvez precisemos entender um pouco melhor sobre o que é uma
universidade, e desta forma compreenderemos que sua importância é muito maior
do que aparenta.
O velho Platão não deixou somente o legado de toda a sua
sapiência, mas também um nome que marcaria a intelectualidade. Sua escola, um
local para reuniões e debates entre os sábios da época, era conhecida como Academia, e plasmou o significado que
temos hoje: o conjunto de professores (incluindo aí os mestres, os doutores e
os livre-docentes) e de pesquisadores que se encarregam de manter e aperfeiçoar
o conjunto de conhecimentos disponíveis para a humanidade. Evidentemente, há
especialistas em cada uma das áreas, porque o conhecimento é algo muito amplo,
não só pelo seu alcance em si, mas também pela sua variação ao longo da
história e por suas bases filosóficas.
Só que o conhecimento não é algo simples, porque diferentes
estudos voltados para um mesmo objeto podem produzir diferentes resultados,
dependendo da maneira como foram feitas. O rigor na análise destes estudos
depende do próprio arcabouço intelectual coletivo, porque é a experiência
múltipla que tem mais ferramentas para achar furos de metodologia, que deve ser
detalhadamente descrita pelos pesquisadores que a realizaram, com o intuito de
tornar as observações, análises e experimentos repetíveis. Em um exemplo prá lá
de boçal, imagine que duas equipes de pesquisa queiram detectar o percentual de
apreciadores de futebol no Brasil. A primeira realiza suas entrevistas nas
imediações de uma bilheteria de estádio, a segunda na saída da Liga das
Senhoras Católicas; resultados tendendo a 100% e a 0%, respectivamente. São
pesquisas metodologicamente inúteis, e que serão descartadas de pronto pela
academia.
A academia, portanto, é um conceito mais abstrato, uma
espécie de “irmandade” mundial onde o saber trafega, sem a necessidade de se
constituir em seita de iniciados, como dizem algumas sumidades, porque os
resultados obtidos são padronizados e públicos. Mas há locais físicos onde as
pesquisas precisam ser programadas, onde os artigos precisam ser produzidos e
apreciados, onde os resultados podem ser armazenados e onde o conhecimento pode
ser consultado. Seguindo o modelo inaugurado pelo linguista alemão Willhelm von
Humboldt (irmão do famoso naturalista), esse lugar é a universidade.
A universidade é o local onde os diferentes ramos do
conhecimento humano se situam e se entrecruzam, de modo a um dar apoio ao
outro, tentando obter um caráter universal e multidisciplinar aos resultados
que produzem. Nelas, é depositada a confiança da sociedade em se obter o
consenso do que é conhecimento válido e o que não é. E a universidade devolve
essa confiança à sociedade que lhe financia na forma de transmissão de
conhecimento, através do ensino superior.
É aí que nasce a grande confusão. Aqui no Brasil, temos a
concepção de que alguém ingressa na universidade para aprender a trabalhar. Mas
esse não é o seu objetivo principal, é apenas uma de suas consequências. O
cerne, a pia-máter, o primordial, o âmago, a essência da universidade é
produzir conhecimento, é para isso que ela serve e o ingressante deveria saber
disso, porque ele mesmo será uma das engrenagens dessa máquina. Para entender
isso, basta que se responda à pergunta “para que serve um trabalho de conclusão
de curso?”.
Em geral, dir-se-á que é para avaliar o que se aprendeu no
decorrer do curso. Mas não é uma resposta contraditória com relação ao fato de
haver obrigatoriedade em ser um trabalho inédito? Se ninguém mais abordou o
tema, não estaríamos justamente arriscando os conteúdos aprendidos? Para isso,
não seria melhor um TCC que não saísse dos limites da transmissão? Não,
cara-pálida.
Os critérios de originalidade e relevância são exigidos para
que também nós contribuamos para o aparato intelectual humano. É através do TCC,
seja ele uma monografia, um artigo, um trabalho de campo ou seja lá o que for,
que devolvemos à universidade diretamente e à sociedade por tabela e
consequência aquilo que elas nos deram – o conhecimento. Percebem como tudo faz
sentido agora? A humanidade inteira, no âmbito da universidade, passa a fruir
do saber que você disponibiliza.
O problema é que no Brasil fazemos muita confusão com outras
modalidades do ensino superior. O curso que, em tese, é voltado diretamente ao
trabalho, é o de tecnologia; e o que é voltado ao ensino, é o de licenciatura.
Percebam como as universidades verdadeiramente sérias, como a USP, as federais,
a PUC e o Mackenzie não têm cursos de tecnologia, e, se têm, estão bem
especificados e apartados (vejam que não existem cursos de Tecnologia em
Ciências X ou Y). Isso não é demérito aos tecnólogos; é apenas a falta de noção
exata do que é cada coisa. O tecnólogo é preparado para trabalhar de
bate-pronto; o curso de tecnologia é uma espécie de pós-graduação do técnico de
nível médio. Em São Paulo, por exemplo, temos a Fatec, que dá cursos de
tecnologia e não se intitula de universidade.
Com relação ao segundo questionamento, mais engano.
Objetivamente falando, o senso comum confunde teoria com hipótese, que são coisas
distintas, porém interligadas. A hipótese é o ponto de partida de uma teoria.
Não vou aprofundar muito, porque tem um videozinho ótimo nas recomendações, mas
vou dar rápidas pinceladas nos termos metodológicos da Ciência, para também
contribuir.
Quando observamos qualquer fenômeno à nossa frente, temos
uma concretização na prática de uma cadeia de causas e consequências. Pensemos
em uma bola chutada pelo zagueiro do nosso time para o alto, visando afastar o
perigo que ronda sua área. Abstraindo do fato em si, podemos problematizá-lo:
por que a bola subiu até determinada altura, em aceleração progressivamente
reduzida, até inverter seu movimento rumo à arquibancada, descrevendo uma
trajetória parabólica, ao invés de se manter subindo em linha reta, rumo ao
espaço sideral, até se perder no infinito?
A primeira coisa que observamos é uma regularidade no fenômeno:
em todas as vezes que vimos nosso prestimoso beque exercer suas artes e
ofícios, a mesma coisa se dá – a bola sobe e depois cai, às vezes no chão, às
vezes no público, às vezes na cabeça de um camera
man incauto. Mas cai. A repetição do ocorrido leva a um processo de
indução, sendo que, desta forma, somos levados a acreditar que o fenômeno será
sempre igual.
Pois bem. Algumas coisas na ação são evidentes por si só.
Por exemplo, para que todo o fato se inicie, é preciso que exista a aplicação de
uma força. No caso, uma bicuda. Percebam que, isto posto, não há a
possibilidade de que a força aplicada seja nula. Um valor zero, evidentemente,
anula toda a equação. Essas constatações evidentes em si mesmas são os postulados (ou axiomas), e tudo o que
se seguir deve girar em torno deles, sem que haja discussões na
relação que se busca explicar.
As propostas científicas se baseiam em tentativa e erro. A
partir dos postulados iniciais, podemos ter dois horizontes: em um, imaginamos
que a bola não sobe eternamente porque ela tem um peso, que por si só a faria
cair. Mas ao analisar um beque das fazendas bolivianas, onde o ar é mais
rarefeito, percebemos que, com a mesma força aplicada e com o mesmo peso, a
bola sobe muito mais alto e vai muito mais longe, falseando aquilo que
pensávamos. Isso é uma hipótese, e
não uma teoria, que acaba de ser refutada.
No segundo cenário, nossa hipótese vai no sentido de que a
força aplicada à bola faz com que ela tenda a escapar do âmbito terrestre.
Porém, há outra força que a atrai de volta para a Terra. No momento em que a
força de atração se torna maior que a força de escape, a trajetória da bola se
modifica, de forma a fazer com que se choque ao chão. Essa é outra hipótese,
mas que, sendo mais coerente que a primeira, e não sendo refutada pela
observação e pela experimentação, é considerada um componente plausível do
funcionamento geral do que se propõe a analisar, e ela passa a ganhar o
estatuto de lei.
A partir de uma lei fixada, uma série de novas implicações
vão sendo inferidas, de modo a aperfeiçoar a ideia inicial estabelecida. Esses
são os corolários. Agregando ao
nosso exemplo, podemos dizer que, quanto mais forte for o chute, maior será o
tempo em que o fenômeno se desenrolará; ou, quanto mais próximo de uma
angulatura reta, mais alta e menos distante do ponto de origem será a trajetória descrita pela
pelota. Vejam que o corolário não muda em nada a lei; antes disso, é totalmente
dependente dela.
É a junção de postulados, leis e corolários oriundos de uma
hipótese inicial que consegue dar a descrição do que é a prática de um
determinado fato, e é isso o que a Ciência chama de teoria, uma síntese de princípios que regem o funcionamento de um
fenômeno colocado à nossa frente. Em resumo, a teoria não é um chute, mas a
reunião coerente de proposições que consolidam um fato científico. Teoria como
palpite é só um uso popular do termo.
Lá vou eu dar uma de chato de novo, pensarão meus leitores.
Não é nada disso. A crenologia é respeitável, existem órgãos governamentais que
tratam do assunto, como a Comissão Permanente de Crenologia do Ministério de Minas
e Energia (endereço aqui) e de fato as águas minerais podem ter efeitos
benéficos ao organismo. Vejam como outros veículos são utilizados para dar
apoio à saúde pública, como é a fluoretação da água encanada, a iodação do sal
de cozinha e a adição de ferro à farinha de trigo. Como eu poderia dizer que só
as propriedades das águas minerais são bobagens? Ainda mais quando a própria
medicina insiste na hidratação abundante para prevenir uma série de doenças. Como
eu poderia dizer que as massagens e banhos termais são inúteis, sendo que
atividades como a hidroginástica são fartamente recomendadas para tantas
moléstias e para todas as faixas etárias? O que eu quero dizer aqui, mais uma
vez, é que precisamos tomar cuidado para não desprezar as formas canônicas de
tratamento para substituí-las por meios apresentados como demiúrgicos. A água
mineral é boa e a Ciência explica, mas nem sempre ela bastará por si mesma, e,
o que é pior, ser utilizada como único meio de tratamento.
De resto, os Parques de Águas são sensacionais, merecem
visitas e que enchamos nossas caras de suas águas, com a devida atenção aos
seus verdadeiros efeitos.
Recomendações de vídeos:
O canal Papo de Primata é um interessante espaço de
discussão científica. Produzido pelo carioca David Ayrolla, traz uma série de
temas interessantes muito bem elaborados, o que os torna bastante atraentes,
além de elucidativos.
É deste canal que vem um vídeo impecável sobre termos
científicos, que indico abaixo:
* Grosso modo, o
equilíbrio salino das células se dá por um processo de osmose. Há uma
propriedade física que faz com que dois conglomerados de líquidos equilibrem
suas quantidades de sais. No caso das células, as membranas permitem a passagem
dos minerais de dentro para fora ou de fora para dentro, dependendo de onde há
maior quantidade deles. No caso da ingestão de água destilada, o processo de
equilíbrio osmótico fará com que praticamente todos os sais contidos nas
células atravessem a membrana para fora, alterando de forma letal os líquidos
interiores da célula, de forma a torná-lo menos denso e viscoso, por exemplo.
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