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sexta-feira, 22 de maio de 2015

Vacinas versus moral - uma luta difícil de explicar

Olá!

Meus caros amigos, quando começou a campanha de vacinação contra o papiloma vírus humano (HPV), em março de 2014, utilizei meus limitados meios para incentivar todas as meninas na idade alvo que eu conheço para que a tomasse. Seu motivo principal é que este vírus é responsável por 70% dos casos de câncer no colo do útero, o que é seu maior dano, evidentemente. Houve algum tipo de gritaria contra este tipo de vacinação, mas achei que fosse passageiro, seja pela novidade, seja por alguns conceitos que faziam com que se julgasse inadequado o recebimento de tal medicamento, mas como eu tinha esperança de ser uma atitude efêmera, não dei muita importância à coisa. Chegando a época da segunda dose, percebi que o movimento para a resistência à vacinação (quem nem é uma resistência propriamente dita, já que a vacina não é obrigatória) multiplicou-se ferozmente. Tendo isso em vista, achei melhor reforçar minha posição e explicar porque entendo que a atitude de pais que não incentivam suas filhas a se vacinarem é irresponsável.



Antes de tudo, é preciso entender o que baseia a decisão de um governo em promover e financiar um processo caro como é a vacinação em massa. Sim, eu sei. Os governos brasileiros são corruptos em todas as suas instâncias, como tem demonstrado sobejamente os últimos noticiários, e, desde já, vamos deixar todas as propinas necessárias embutidas em todas as fases do processo. Desta forma, não falaremos mais nisso e não perderemos o foco, ok?
 
Basicamente, três valores são levados em conta: a existência de determinada vacina, a seriedade da doença a ser combatida e o seu custo-benefício. Felizmente, o Brasil tem uma longa tradição e estratégias bem consolidadas de distribuição de vacinas, o que, para sermos justos, chegou a excelência a partir do período de ditadura militar. Desde então, os sucessivos governos tem todos sido bastante generosos com os orçamentos destinados à aquisição e distribuição destes medicamentos, com inúmeras campanhas conduzidas insistentemente até mesmo para doenças sem registros – se vocês procuravam algo para se orgulhar do Brasil, já podem esquecer o futebol; o modo como combatemos a poliomielite, por exemplo, é paradigma para o mundo inteiro.

Desta forma, a questão do custo-benefício é incrivelmente bem resolvida no Brasil, e isso reflete na escolha das vacinas que serão disponibilizadas à população, já que muitas delas são caras, o que dificultaria seu acesso às pessoas mais pobres, justamente as mais suscetíveis às contaminações. E com isso cobrem-se não somente doenças graves no sentido fisiológico, como é o caso da precitada pólio e da tuberculose, mas também aquelas cujo tratamento é mais caro do que as vacinas, como é o caso de rubéola, coqueluche ou caxumba. É fácil de entender: uma vacina Penta, que protege contra cinco doenças (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite B) custa algo em torno de R$ 200,00 para aplicação em clínica. Se for necessário tratar apenas uma das cinco doenças cobertas, digamos o tétano, só o soro necessário custará o mesmo que a vacina – além da utilização de outros medicamentos e da ocupação de médicos, enfermeiros e hospitais. Também vale a pena economicamente vacinar, ora pois.

Resta saber o que dá base ao governo para determinar a segurança de um medicamento à população. Como os órgãos públicos encontram evidências de que uma vacina pode fazer com que o benefício humano suplante o custo financeiro, o que é representado pela efetividade do tratamento? Mais ainda: o que assegura que uma vacina fará mais bem do que mal?

Vasculhando pelo site do Ministério da Saúde, encontrei um bom exemplo de documento preliminar para um projeto de vacinação, que pode ser lido neste link. Percebam o naipe dos pesquisadores: abrangem Economia, Fisioterapia, Farmácia e Nutrição. Notem a quantidade de informações e os detalhes tratados. Vejam a quantidade de bibliografias e o cotejamento de valores. Mas percebam, principalmente, que logo no seu princípio, o estudo declara as fontes de sua pesquisa, que são revistas de divulgação científica. Revistas? Revistinhas??

Sim, revistas. A Ciência descreve seu desenvolvimento através de suas pesquisas, e estas são divulgadas em revistas. Não, não... Não me refiro às revistas que podem ser encontradas nas bancas de jornal, como a Superinteressante ou a Galileu. Elas falam da Ciência como curiosidade, não como ofício. Revistas científicas de verdade em geral são mantidas por universidades, fundações acadêmicas, órgãos governamentais, associações profissionais (muito embora haja revistas publicadas por empresas comerciais, nada impede). As mais conhecidas são a Nature, a Science, a PubMed, a PLoS, dentre outras, algumas mais abrangentes, outras mais específicas. Algumas são impressas, outras já evoluíram para a mídia digital. Sua principal diferença com relação às revistas de banca é que estas podem ser lidas casualmente, sentado embaixo de uma árvore, ou aguardando o ônibus no ponto, identicamente ao que o gajo faz ao “matar” um jogo de palavras cruzadas, enquanto a divulgação científica é coisa para profissionais (ou, pelo menos, para gente que tenha um mínimo de compreensão do processo científico). É ferramenta de trabalho.

A pesquisa científica é sempre realizada com extremo rigor e não parece em nada com o que pensa o imaginário popular. O artigo científico tem que descrever, nos mínimos detalhes, as pesquisas que retrata. Isso inclui metodologia, estatísticas, resultados, hipóteses testadas, análise e interpretação de dados, remissões a outras pesquisas, etc. Tudo isso para que seja possível a repetição dos experimentos por qualquer cientista que queira fazer uso dela, seja para aprofundá-la, seja para refutá-la, ou para servir de base para novas pesquisas.

Um artigo científico não se esgota com a sua redução à escrita. Antes de ser divulgado, é submetido a um processo conhecido como “revisão por pares”, que consiste em uma arbitragem feita por cientistas do mesmo naipe do autor, e o resultado da revisão deve ser parte integrante da publicação. A revisão pode resultar em aprovação, reprovação ou sugestão de melhorias. Quando o artigo é rejeitado, nada mais resta ao autor a não ser retirá-lo. E se uma pesquisa for comprovada fraudulenta, falsa ou plagiada, a própria revista se encarrega de fazer a retratação do artigo. Quando isso acontece, a credibilidade do autor tenderá a zero para todo o sempre.

Uma pesquisa em geral é constituída de intermináveis relatórios, que incluem toda a descrição dos procedimentos a serem adotados, os resultados esperados e aqueles efetivamente obtidos, com ampla análise destas discrepâncias. Os ambientes devem ser rigorosamente controlados, para que as variáveis no processo influenciem minimamente. Cada passo dado inclui ampla descrição, e, como é natural, faz todo o alicerce para a próxima etapa, que podem ser muitas. Pesquisas na área médica podem ser extremamente longas, pois é necessário que se incluam itens como quarentena de cobaias, progressão nos seus portes, tempos médios de permanência e eliminação, avaliação de riscos e segurança no prosseguimento. Muitas delas exigem estudos de impacto ambiental, e incluem planejamento financeiro. Também é necessário testar reações adversas e efeitos colaterais, além de realizar exames de placebo. Este termo se popularizou nos últimos tempos, e significa tudo o que vai em um medicamento que não tem efeito clínico – os princípios ativos. Este procedimento serve para duas coisas: para verificar se os componentes não ativos cumprem sua função sem influenciar nos efeitos do medicamento investigado, e se os pacientes do grupo controle não estão sofrendo influência psicológica, que distorcerão os resultados. Estes testes são tão rigorosos que chegam a incluir um método chamado “duplo cego”, onde nem os membros do grupo controle nem os pesquisadores sabem quem está usando o medicamento ativo e quem está usando o placebo. Esse processo é útil porque impede que o grupo controle sofra influência psicológica e que os pesquisadores dirijam sua opinião sob influência dos resultados parciais.

Por todos esses motivos, uma revista de divulgação científica não é gostosa de ler. O estilo é árido, porque necessita de objetividade, por muitas vezes utiliza números e mais números, e tem jargão próprio, repleto de termos compreensíveis apenas pelos iniciados. E, dependendo da área que trata, não descreve coisas agradáveis – coisas como vivissecções, descrição de efeitos colaterais, reações adversas, colorações e aspectos de dejetos, essas coisas.

Juntei uma bula de um remédio extremamente prosaico: Ibuprofeno. Advil e Alivium são duas marcas comerciais que representam esse medicamento que, como vocês bem sabem, serve para tirar dor e febre, e que é do tipo de produto que, até bem pouco tempo atrás, vendia até em botequim:


Percebam a quantidade de informações existentes. Sabem de onde elas vêm? De pesquisas. Se, por ventura, algum tipo de reação adversa ou efeito colateral for percebido, novas pesquisas são realizadas, até que novas conclusões possam ser obtidas, e, com isso, a farmacopeia e as bulas são atualizadas.
 
O mesmo se aplica às vacinas. Também elas podem ter reações adversas e efeitos colaterais, que são descritos em suas bulas (sim, vacinas também tem bulas) a partir de pesquisas e mais pesquisas. Tem aqui neste link um videozinho sensacional, que conta como surgiu e como funciona uma vacina, seja no sentido fisiológico, seja no sentido demográfico.

Por tudo isso, o processo de disponibilização de um medicamento é muito mais seguro do que deixar livre a doença que se pretende trazer imunização. 

Existe cientista pilantra? Ô se tem. Mas qual Pelé se aplica quando um suposto cientista quer provar suas teses sem ter que se submeter à apreciação de seus pares? Há duas formas básicas: publicação em livros ou artigos em revistas de Filosofia.

A princípio, parece que é importante que um cientista publique livros com suas teorias, mas há uma armadilha neste tipo de publicação. Ele é muito mais aberto a fraudes.

Um livro é publicado no interesse comercial de sua editora, sem a necessidade que seu conteúdo seja reflexo de um resultado real de pesquisas metodologicamente bem descritas. Nada impede, em um livro, que todo o conteúdo de uma teoria seja ficcional, até porque o processo de arbitragem não é obrigatório neste caso. E nascem livros como o famoso “Eram os deuses astronautas?”, de Erich von Daniken, um suíço que teoriza, a partir de construções complexas como as pirâmides ou das estátuas da Ilha de Páscoa, todas elas de difícil explicação científica, que a criação do mundo e da humanidade foram obra de seres extraterrestres. Seu estilo é de todo convincente, mas suas teses são puramente abstratas, e falta ao livro provas incontestes ao que diz. O livro foi um enorme sucesso, e muita gente passou a adotá-lo como expressão da verdade. Mas o fato é que ele usa e abusa da falácia do “Deus das lacunas”, já devidamente esmiuçada no meu pequeno guia das grandes falácias (leiam aqui). Portanto, ela joga com a necessidade inescrutável do ser humano de obter explicações para tudo, ainda que as hipóteses estejam baseadas em metafísica, ou que estejam sustentadas nas nuvens.

A outra forma de ludibriar é a divulgação de teses em revistas de pesquisa filosófica, que funciona com método algo semelhante, mas não igual. Isso ocorre porque o fluxo de uma publicação filosófica segue os mesmos passos da pesquisa científica: um método claro, fontes fartamente declaradas, sequência de hipótese-desenvolvimento-conclusão, tema inédito ou revisão, aprovação dos pares e publicação. Esta técnica de engodo é especialmente matreira, porque a Filosofia tem um espectro mais largo que a Ciência. Sua base é a lógica, e não a prova, porque investiga o nascedouro de ideias que um belo dia poderão se tornar Ciência (quando houver elementos suficientes para conduzir uma pesquisa) ou que escapam ao alcance da Ciência, como teorias sobre Artes, Religião, etc. Um grande exemplo são as teorias do Design Inteligente, que refutam as ideias da seleção natural, mas que não tem falseabilidade possível (vide este texto) para serem consideradas científicas.

Os defensores do design inteligente, ligados à Religião, armaram uma bela briga nos Estados Unidos para que suas teses fossem apresentadas como alternativa à seleção natural em aulas de Ciências, o que vem sendo seguidamente recusado pelos meios acadêmicos, já que há a exigência de que em aulas de Ciências, se ensine Ciências!!! O drible tentado é a divulgação de suas pesquisas em revistas de divulgação filosófica, e não científica. Não há nada de errado nisso. Os pares da academia filosófica discutem ideias, e não provas. Mas o máximo possível de atingir é o âmbito filosófico, e não o científico. Por enquanto, a brincadeira de tornar o design inteligente uma tese científica não tem dado certo, mas vai que cola...

(Parênteses para deixar bem claro: teses como o design inteligente têm tanto valor quanto a teoria da evolução no campo das ideias. Não tiro o mérito, nem a engenhosidade da mesma, mas não é possível enquadrá-la como Ciência. Já disse, no mesmo texto mencionado logo anteriormente, que tanto Ciência, quanto Religião, quanto Arte e Filosofia tem o condão de produzir conhecimento válido, mas é preciso chamar pão de pão e pedra de pedra. Os métodos são diferentes, os motivadores são diferentes, as necessidades são diferentes. Não me acusem, por favor, de dizer que o design inteligente tem menos valor do que a teoria da evolução – só que esta pertence às Ciências e aquela à Religião).

Já estou me estendendo muito. Vamos à controvérsia.

No passado, já tivemos severa resistência à aplicação de vacinas, e tivemos um exemplo muito claro no Brasil, que chegou a causar ampla revolta popular – o episódio da Revolta da Vacina. Seu principal componente era a imposição da aplicação, a vacina era obrigatória. Não vou me estender no tema, mas indicar um bom livro sobre o assunto logo abaixo.

Mas não há, neste momento, uma comoção popular baseada na imposição governamental. Todas as notícias e boatos levam a crer que a base da resistência é a teoria da conspiração. A vacina contra HPV tem reações adversas e efeitos colaterais, mas quem deseja colocar-se na posição de detrator maximiza estratosfericamente essas condições indesejáveis. Tudo isso gera um desestímulo nas meninas candidatas. Primeiramente porque são bastante jovens, e já se colocam indispostas por conta da dor da picada – seu discernimento ainda não é completo e são imediatistas, por conseguinte. Com isso, o segundo ponto (dor local, náuseas, tonturas e que-tais) ganha proporção mastodôntica. Mas, como já disse, essas reações são passíveis de acontecer não apenas para vacinas, mas para qualquer medicação (vejam quanta coisa é contraindicada, ou adversa, ou colateral na bula que colei). Por que o problema especificamente com a vacina contra HPV?

Acontece que toda essa conversa contra a vacinação do HPV me parece muito mais um manifesto de fundo moral do que uma verdadeira preocupação com efeitos indesejados e contraindicações. Uma moral torta e doentia, evidentemente, mas ainda poderosa e muito espraiada em nossa sociedade.

Vamos pegar os componentes. É uma vacina destinada a meninas pré-adolescentes, para evitar uma doença cuja principal via de contágio é sexual. Pronto! A vacina já virou importante incentivo para o aumento da precocidade e promiscuidade da nossa já tarada juventude. Ela serve para permitir às meninas, cada vez mais cedo, se introduzir na pecaminosa vida sexual, sem nenhum risco. E então a solução é posicionar-se contrariamente. Quer saúde, abstenha-se!

Esse pensamento só é colocado explicitamente por fanáticos, mas a verdade é que ele está firmemente guardado no substrato do pensamento de uma sociedade com o nosso modelo, e acaba gerando esse tipo de anomalia.

Portanto, pais, pensem no que segue. A principal via de contágio do HPV é a sexual, de fato. Mas não é a única. O HPV é assintomático, uma menina não sabe que é portadora, até que um belo dia, muitos anos depois, aparece uma verruga no colo do seu útero, ou um tumor. Mas é nessa idade em que os filhos começam a se descolar dos pais, já querem passar a noite na casa das amigas, e isso implica em empréstimo de calcinhas, uso de toalhas alheias, sentar nas privadas de outras casas. Isso não significa que o pessoal da casa em que sua filha se hospedou seja porco. A doença é silenciosa e pode até mesmo nunca se manifestar para algumas pessoas. A vacina RESOLVE esse problema. E qual a alternativa? Impedir as filhas de saírem de casa? Melhor proibi-las de ir à escola, então; porque também lá há banheiros e risco de contágio.

E, no final das contas, para o bem e para o mal, acabou o tempo da contenção sexual a qualquer custo. Até parece que conseguiremos segurar a sexualidade de nossas filhas com ameaças de inferno

E, para mim, o argumento definitivo – desculpem-me pela pieguice a partir de agora. O câncer é uma doença terrível, mutiladora. Parece que toda a quantidade de pecados que uma pessoa possa ter cometido não é suficiente para justificar o tamanho de um castigo que é representado por essa moléstia. Vivenciei de perto todo o estertor de dois avós e de minha mãe, esta última por três longos anos. Não queria para eles, não quero para minha filha. Imagino como eu me sentiria vendo-a doente, apenas porque eu tinha medo de que ela saísse trepando por aí... Prefiro-a viva e bem, ela tem seus próprios caminhos, descolados de mim e do que eu quero. Meu papel nunca pode ser o de protegê-la daquilo que é convicção minha, mas de tudo o que estiver ao meu alcance para garantir seu futuro, independentemente de mim.

ADENDO:

Ora, direis: não será este mesmo parlapatão que vocifera contra aqueles que se põe defesos da vacina um detrator da vacina contra a gripe? Sandice ou cinismo?

Calma lá, tenho motivos para isso. Quando começaram as primeiras campanhas de vacinação contra a gripe, o local onde trabalho resolveu, ele mesmo, contratar uma empresa para fazer o serviço. Isso porque, de posse de números e estatísticas, tinha comprovações que os surtos de gripe punham a nocaute considerável contingente de funcionários, e incentivá-los a se imunizar representaria, no final das contas, significativa economia (além, é claro, de propiciar bem-estar físico).

Ainda que temeroso com a malvada agulha, e incentivado pelas insinuações de falta de hombridade pela parte dos diletos coleguinhas, fui um dos primeiros a aderir à campanha. No dia seguinte, a reação: estou gripado – febre, dor no corpo, coriza, essas melecas todas. Assim como eu, muitos outros funcionários. Evidentemente, coloquei as hipóteses de fraude, empulhação, engano, engodo e teorias da conspiração. Mas busquei mais informações. Realmente, é esperada uma reação deste tipo, algo como uma gripe atenuada, mas nada que o impeça de exercer suas atividades diárias – o que é fato, ainda que sob desconforto.

Portanto, não me vacinar contra a gripe passou a ser uma opção. Prefiro correr o risco de pegar uma gripe mais forte do que garantir uma atenuada.

- Tá vendo? Então sua defesa das vacinas é furada!

Alto lá. Há uma ENORME diferença entre se arriscar a uma gripe ou a um câncer. Não existe câncer atenuado, nem câncer que suma sozinho, após alguns dias de cama e canja. E outra: não me proteger contra a gripe é uma opção MINHA. Recomendo que se faça como eu fiz. Tome ao menos uma vez a vacina contra a gripe e veja sua reação. Depois disso, será possível avaliar se vale a pena usufruí-la novamente ou não.

Recomendações:

Indiquei um vídeo específico logo acima, mas resolvi recomendar um canal inteiro, porque ele é muito bom. Trata-se do Nerdologia, feito pelo biólogo Átila Iamarino com bom humor e todo cuidado. Fala de curiosidades científicas e esclarece muitas coisas que ficam povoando o universo das dúvidas de nosso cérebro. Vale muito a pena conhecer.


O livro do von Daniken é bem escrito, mesmo sendo polêmico. Pode-se concordar ou não, mas é um ótimo exemplo de livro pseudocientífico, com a vantagem de não ser aporrinhante de ler.

Von DANIKEN, Erich. Eram os deuses astronautas? São Paulo: Melhoramentos, 2000.

O livro abaixo é um importante subsídio para compreender o que foi a Revolta da Vacina.

CHALHOUB, Sidney. Cidade febril: Cortiços e epidemias na Corte imperial. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

Agradeço também à minha patroinha por deixar-me molestar seu bracinho para a foto que ilustra este post (Antes que me perguntem: groselha com cobertura de morango).

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