(Uma acusação pesada recai sobre nosso desafiador filósofo. Será que ela faz sentido?)
“O Estado, nas mãos destes últimos [Obs: déspotas militares], tenta antes, tal como o egoísmo dos proprietários, reorganizar tudo em seu proveito e se tornar o liame e a pressão de todas estas forças antagônicas. Quer dizer, ele deseja que os homens pratiquem com relação a ele o mesmo culto idólatra que há pouco tempo eles consagravam às Igrejas”
Nietzsche
Olá!
Quando eu estava na transição da infância para a
adolescência, morava em uma rua que ainda era de terra. Ficava à beira do
Córrego da Mooca, local onde hoje é a bem conhecida Avenida Luiz Ignácio de
Anhaia Melo, nome longo para uma via mais conhecida no vulgo como “Nhamelo”,
lotada de agências de veículos e correlatos. Era ainda uma época muito
tranquila naquela região, com muita coisa por fazer nas ruas desestruturadas,
cheias de fossas e água que despinguelava ladeira abaixo, principalmente da
enorme fábrica de linhas que dominava a parte alta do bairro. Enchentes eram
uma constante a cada verão, especialmente nas casas do baixio, mais próximas ao
antigo leito do pequeno rio, mas igualmente tentando obedecer ao mandato da
natureza que o mandava cuspir sua água já pútrida para além de suas bordas quando
São Pedro estivesse especialmente irritado.
Como ainda tudo era meio desorganizado no loteamento que um
dia foi composto de chácaras, era preciso muita mobilização popular para
conseguir algumas coisas, porque eram tempos em que o poder público era ainda
menos presente que nos dias de hoje. Por exemplo: praticamente montamos
barricadas para impedir as obras de calçamento da rua sem que antes fosse
instalada a rede de esgoto.
À frente disso tudo, duas personalidades que se consagraram
na rua: Seo Toninho e Seo Arquimedes. Ambos eram chamados de
“prefeitos da rua”, por motivos distintos. O primeiro, por tomar a frente de
todas as demandas daquela pequena comunidade. Prático contábil, conhecia leis e
repartições, e, sendo assim, conseguia adiantar o conhecimento público, aonde
ir, a quem procurar, quanto tempo esperar, essas coisas. Já o segundo era um
senhor aposentado, que vivia de dar palpites, sobre qualquer assunto:
construções, carros, futebol da molecada, condutas morais das mocinhas… até em
vestimentas ele tinha sua opinião abalizada. Mas que estava sempre presente e
disponível.
O Seo Arquimedes era quase uma figura cômica, no melhor dos
sentidos. Ninguém levava ele muito a sério, porque metia seu nariz quase sempre
por aquele delicioso vício dos fofoqueiros de se inteirar da vida dos outros,
mas sem as maldades dos futriqueiros que fazem das intrigas seu hobby. Era o
prefeito porque conhecia todo mundo daquela ladeira e conversava com todos com
aquela lábia de quem vai te pedir um cigarro no fim do papo, mas que se
prontificava a receber uma carta ou receber a entrega do mercado, até porque
isso lhe dava elementos de pesquisa.
Já o Seo Toninho era um homem muito mais sério e reservado,
mas era o prefeito por causa da sua sanha de ordenação e de bom funcionamento
da rua. Não se furtava a ajudar nos impostos de renda da vida ou de indicar o
lugar certo onde se deveria conseguir um documento. E não abaixava a cabeça
quando via que alguma coisa ia ser malfeita. O episódio do esgoto foi assim:
quando a prefeitura quis instalar as calçadas na rua, todo mundo ficou feliz,
porque o asfalto viria na sequência, como era óbvio. Quem vive em ruas de lama
sabe como é alvissareiro a chegada das máquinas de piche, porque isso significa
que os rapapés seriam aposentados, que os pés não precisariam passar pelas mangueiras
e que os quintais teriam apenas água nas chuvaradas. Mas as casas todas eram
guarnecidas pelas fossas, já que a tubulação do esgoto ainda não havia sido
colocada. Casmurro como sempre, ele procurou reunir toda a rua para dizer que
isso significava que o asfalto teria que ser quebrado quando a Sabesp resolvesse
fazer o serviço, com a consequente farofa mal socada e os buracos nas portas de
nossos quintais. Quando os caminhões baixaram para o trabalho, os moradores
sentaram-se nas beiras da rua, para impedir a ação da prefeitura, Seo Toninho à
frente, e somente após reuniões e mais reuniões na administração regional,
Sabesp, Emplasa e etc a coisa pegou o rumo e feita na ordem certa. Como essa,
várias outras mobilizações foram promovidas pelo diligente vizinho.
Ser prefeito da rua tem seu custo. O dito popular diz
sabiamente que não se pode agradar a gregos e troianos, e tanto Arquimedes
quanto Toninho tinham seus detratores, que, por vezes, prevaleciam. O primeiro
tinha a fama de maledicente, de espalhar somente fama ruim e essas coisas que
se contam de quem está na rua para passar o tempo. Já o segundo tinha fama de
turrão, de fiscal da vida alheia, de pentelho que não deixa ninguém quieto em
casa. São famas injustas, mas que, uma vez pespegadas, grudam mais que visgo de
jaca mole. É injusto? É, mas essa é a vida como ela é.
Não deixaria de ser assim para os próceres do pensamento.
Motivos há vários: adversários que querem menosprezar o outro, pura e humana
inveja, ou, o que é mais comum, o incômodo causado por uma posição
verticalmente oposta a muita gente. E o demérito aplicado, na maioria das
vezes, vem de forma falaciosa, como ocorre quando apelamos para o ataque
pessoal, para a má
companhia ou, de uma forma mais específica e amplificada, para uma redução
a Hitler. Isso é algo que pesa sobre um dos mais citados autores deste
blog, Friedrich Nietzsche.
A questão é que tudo o que Nietzsche falava causava
incômodo, e ele tinha plena consciência disso. Cutucou a tudo e a todos, desde
o próprio povo alemão até os religiosos em geral, com especial ênfase nos
cristãos. Desagradou filósofos que viam Sócrates e Platão como padroeiros, sem
deixar para trás racionalistas e empiristas, cada um a seu modo. Deu tapas na
cara da formação da ética, especialmente nos “homens de boa vontade”, e jogou
todos eles ao campo do seu niilismo
peculiar. Em suma, desconfiou de todo o pensamento ocidental e colocou isso em
voz alta. É, portanto, aquele tipo de pessoa de quem ninguém gosta, mesmo que
lhe seja reconhecido o espírito arguto e a ousadia em colocar suas opiniões sem
nenhum tipo de parcimônia. Tipo aquela coisa: lá vem o Seo Toninho reclamar de
alguma coisa, lá vem o Seo Arquimedes futricar na minha vida. Mas daí a ser
considerado o filósofo do nazismo vai alguns metros a mais, e é preciso
entender se isso faz sentido.
Enquadrá-lo em escolas não é tarefa simples, e o mais normal
é tratá-lo como um voluntarista, por ter no substrato do seu pensamento a
vontade de potência, princípio vital que move o mundo. Mas não deixa de ser uma
definição simplificadora, e ele vai contra tanta coisa que mesmo outros
voluntaristas, como Schopenhauer e Freud, não são facilmente acomodáveis aos
seus cânones. Como a vontade de potência pode ser traduzida como vontade de
poder, é mais ou menos simples cair na cilada de jogar isso para o campo
político.
É bastante comum, em especial até o final do século passado,
que Nietzsche seja considerado uma espécie de precursor do nazismo. Isso
normalmente é vinculado à sua visão do super-homem, tema que abordei
recentemente. Tendo dito que o novo homem deveria transvalorar todos os
valores, e estabelecendo que esses valores derivam da moral que se praticava
naquele momento histórico, que incluíam um rumo para a democracia,
reconhecimento de direitos humanos e etc, é encaixável a narrativa de que
Nietzsche se contrapunha exatamente a esses valores, que deveriam ser
sobrepujados pela via da força.
A acusação não é nova, e não brota do vazio. Nietzsche, no
frigir dos ovos, dá alguns bons motivos para que se exerça uma vinculação a
regimes que não prezem pela piedade, mas, uma vez colocados em um contexto
amplo, e observando algumas falsificações de suas obras póstumas, percebe-se
que tal afinidade não existe. É preciso se dispor a estudar um pouco da
história dessa personalidade complexa e de sua escrita difícil de compor
linhas.
É certo que Nietzsche é detestado pelos religiosos de um
modo geral, porque a proclamação da morte
de Deus passa do ponto da crítica para essas pessoas, bem como de todo o
desmonte dos critérios morais que, sabemos, toda religião carrega. Daí, toda
sorte de acusação chega sobre o gajo. Já vi em algum lugar perdido por aí que
um sifilítico não tem nenhuma envergadura para apontar o que alguém tem o
direito ou o dever de fazer. É aquele velho espírito cristão em ação.
Mas em primeiro lugar é preciso colocar as coisas em
contexto. O nazismo, uma derivação direta do fascismo italiano, era uma
vertente política entre outras nos princípios do século XX. Embora seu discurso
fosse belicoso, não havia contra ele as redes de proteção que possuímos hoje,
após a ocorrência da experiência traumática. Dizer hoje que o nazismo não
terminaria bem é engenharia de obras prontas, e não era possível saber onde ele
ia dar. Sendo assim, não dá para comparar a visão que temos hoje sobre o
fenômeno político e a esperança que os alemães nele depositavam àquela época. E
é bem fácil de se dizer contrário depois que tudo já aconteceu. Eu lembro de
quando o Fernando Collor foi eleito. Hoje, é muito difícil encontrar quem tenha
lhe votado, mas o fato é que ele foi eleito, o que demandou mais da metade dos
votos válidos, ou seja, eram inúmeros. Seu discurso falava em modernizar um
país que estava estancado no passado, o que, sejamos francos, era atraente no
momento. Sendo um político pouco conhecido, mas que teve sua candidatura
alavancada pela mídia, compreende-se que tenha chegado onde chegou. O processo
com o nazismo foi semelhante, embora muito mais complexo e historicamente
prolongado.
É preciso dizer que os discursos de Nietzsche não eram
inocentes pregações de Madre Tereza. Ele batia muito duro na moral vigente, o
que incluía as predisposições políticas do momento. E a cooptação de uma base
filosófica que falava sobre um homem que ia para além dele mesmo, a quem era
atribuída uma vontade de poder como base ética para sua ação poderia, de fato,
resultar em regimes baseados na força.
Mas isso é ilusório e vai de encontro com o pensamento
nietzscheano de fundo. Não gosto da tradução de “vontade de potência” por “vontade
de poder”. Ela ajuda a cunhar essa impressão de que somos movidos por uma
vontade de pisar sobre os outros, de ser tirânicos e de sobrepujarmos os
anseios alheios em nome dos nossos próprios, o que não é uma boa interpretação.
Com exemplos, podemos atilar melhor o que o termo quer dizer.
Quando eu tinha meus dezesseis anos, entramos eu e minha
banda Exílio em um festival do colégio Anchieta. Era um evento meio grande, e o
pátio estava cheio como um ovo. As bandas foram tocando e chegou nossa vez, os
penúltimos. Mandamos nossas três músicas e voltamos para o escritório-modelo,
que estava fazendo as vezes de camarim. Lá, fizemos a nossa autocrítica e
concluímos que não ia dar: a mesa de som mais atrapalhou do que ajudou, o som
estava muito poluído e não saiu como ensaiamos exaustivamente. Quando fomos
para o resultado, esperávamos no máximo um terceiro lugar, para pegar uma
medalhinha e deixar ela pendurada em um dos clamps da bateria. Passou o
terceiro, passou o segundo, e estávamos já sinceramente indo embora. O momento
de anúncio do vencedor (nós) foi estranho. De tanto achar que seria chamada
outra banda, pensei que tinha ouvido outra coisa. Só me toquei por completo ao
ver os camaradas pulando.
Subimos novamente ao palco para pegar o troféu e receber os
aplausos, e repetir a música vencedora para a plebe que nos consagrava. A
vontade era de tocar aquela música eternamente. De ver a galera pulando sem
parar, de alongar os solos ao infinito, propondo novos arranjos e entrando em
catarse com a audiência, em uma relação semelhante a um gozo sexual. Não se
trata da figura besta que diria ser satisfatório “morrer naquele instante”.
Não. Era um momento para durar pela eternidade. ESSA é a vontade de potência de
quem Nietzsche tanto falava, especialmente pela via do eterno
retorno, uma de suas alegorias mais célebres. Um impulso vital que busca
fazer um ser humano se superar continuamente em uma oportunidade única de
existência. O super-homem é, portanto, aquele que aceita a vida com tudo o que
ela tem dentro e sem se importar se há consolação ou continuidade fora dela. O
que importa é explodir em potência.
Ocorre que Nietzsche morreu e deixou um legado confuso, uma
obra sem nenhuma linearidade e escritos inéditos, que, geridos pelos seus
familiares, transformou-se em ouro para causas simpáticas ao emergente nazismo.
Ele tinha, de fato, opiniões controversas sobre hierarquia de raças, ainda que
não fosse um antissemita ou coisa parecida. E isso era gasolina perto do
fogareiro nazista. Ele tinha uma irmã, Elizabeth Förster-Nietzsche, que lhe
sobreviveu por décadas, e que era aderente à política nazista. Ela manipulou
seus escritos póstumos de modo a vinculá-lo fortemente ao nazismo pronto e
acabado.
Mas, embora Nietzsche não tenha se ajudado em certas
polêmicas, o fato é que não pára em pé a afirmação de que seu pensamento tenha
dado base ao nazismo, e não digo isso para fazer uma passagem de pano, e não
farei cherry
pickings para demonstrá-lo, porque a questão era estrutural. Se há
alguma forma política que Nietzsche apoiaria, certamente seria o liberalismo, o
que era o oposto do que os seguidores de Hitler preconizavam. Senão vejamos.
A vontade de potência e o super-homem são conceitos centrais
na filosofia de Nietzsche. Um deriva do outro, e somente são realizáveis quando
pensamos no nível pessoal. Embora constituamos comunidades e sociedades, o fato
é que a vontade de potência é sentida e exercida por qualquer um de nós, a
nível de indivíduo. A lógica da moral de rebanho vem justamente do oposto: da
aniquilação das vontades. Um viver social corresponde, sem nenhum tipo de
dúvida, a um mecanismo franciscano – é dando que se recebe. Isso não significa
somente a ideia fisiológica de nossos políticos, mas de que é preciso abrir mão
de individualidades para se exercer a vida em grupo. A tendência é que, para
cima e para baixo, sejam aparados os excessos, de modo a espremer as
individualidades em uma média que vai resultar no escopo socialmente aceito. É
contra isso que Nietzsche luta. O Estado é, para ele, um castrador que nos faz
renegar a vida e os ânimos, a vontade de potência. É no indivíduo que o
super-homem eclode, e não nas coletividades.
Isso nos informa que Nietzsche era um individualista
empedernido, contrário a todas as formas totalizantes, da qual o Estado era a
mais bem acabada de todas. Ora, qual a frase mais célebre do fascismo, que deu
toda a base para o nazismo? Se você disser que é “tudo no Estado, nada contra o
Estado, nada fora do Estado”, estará correto*. Não se trata aqui do Estado como
veem os idealistas liberalizantes, mas como a expressão da unidade de uma
nação. O fascismo e o nazismo tinham essa ideia de Estado forte perante os
demais Estados, ou seja, o nacionalismo à flor da pele. Há inclusive muita
confusão que tolamente busca colocar o nazismo
no âmbito da esquerda, por não compreender que a função do Estado em ambas
as ideologias divergem figadalmente: enquanto para a esquerda o Estado é um
provedor que busca arrecadar da classe mais abastada para distribuir aos
desfavorecidos, na extrema-direita ele é um agregador de poder que garante o status
quo exatamente das classes dominantes. Nietzsche podia ser acusado de
qualquer coisa, mas de ter adesão a um Estado forte vai contra todo o seu
pensamento mais basilar. O Estado, especialmente nas ditaduras, promove um
culto à personalidade que colide com a ideia de independência do indivíduo
promovida pelo übermensch, que não funciona com uma linha hierárquica.
Mas o próprio Estado é, para Nietzsche, um reprodutor da idolatria típica das
religiões. O Estado, mesmo em uma concepção materialista, ocupa o lugar deixado
por deus: poderoso, onipresente em seu âmbito, determinante, delimitador. Notem
como essa afirmação soa contraditória em relação a um Estado fascista:
“Mas aqui experimentamos somente as consequências desta doutrina recentemente pregada em todos os lugares: que o Estado é o fim supremo da humanidade e que não há para o homem deveres mais elevados do que servir ao Estado; reconheço nisso não uma recaída ao paganismo, mas à estupidez”.
Parece que ele está falando exatamente do fascismo, porque
ele já sentia em sua época uma propensão surgindo. Então não parece que faça
muito sentido que seus escritos póstumos carreguem tanto nas cores da ideia de
uma superioridade ariana e da concretude de um renascimento alemão sob um
Estado forte. Essas eram, na verdade, ideias de sua precitada irmã, que, de
posse de seu legado, procurou transformá-lo nesse profeta do nazismo.
Elizabeth Nietzsche não era exatamente uma personalidade
confiável. Seu marido era muito próximo a Richard Wagner, músico de renome e
notório antissemita que forjou uma boa parte da ideia de superioridade ariana.
Fundaram uma fracassada colônia no Paraguai onde esperavam criar o embrião do
que seria uma “Nova Alemanha”, um enclave ariano em terras tropicais, mas o
próprio casal fundador encontrou uma terra difícil de agricultura, e tentavam
reger aquele pedaço de terra com mãos de ferro e obtendo proveitos com a
exploração de trabalho de outros alemães, com fraudes financeiras. Além disso,
após a morte do célebre irmão, ela falsificou trinta de suas cartas para lhes
dar caráter adequado às práticas nazistas, reteve a edição da autobiografia
Ecce Homo e reescreveu várias passagens do livro “Vontade de Poder”, com o
mesmo intuito. Somente após sua morte, em 1935, a academia pode acessar as
obras originais, atestar as modificações e recompor os originais.
Conclusão: a vinculação de Nietzsche com o nazismo é uma
forçada de barra de quem não gosta dele, seja por suas ideias
antitradicionalistas, seja por sua retórica agressiva, seja por seu bigode mal
escovado, mas também não dá para dizer que ele é inocente da acusação, no
sentido de que, de fato suas opiniões são polêmicas, e de que quem senta na
janela está mesmo sujeito a tomar tapa no traseiro. Não deixa de ser uma forma
de se atirar no abismo da vida. Bons ventos a todos!
Recomendação de leitura:
É o terceiro libreto dos ensaios de Nietzsche, onde ele foca
mais amiudadamente a questão do Estado.
NIETZSCHE, Friedrich. Schopenhauer como educador.
Considerações extemporâneas III. São Paulo: Martins Fontes, 2020.
*È meglio vivere un giorno da leone che cento anni da
pecora é uma outra frase bastante conhecida do fascismo, e, aparentemente,
mais conectável com o pensamento nietzscheano, mas definitivamente não é a mais
conhecida da corrente. Mas coloquei aqui para que se perceba como é fácil de
fundir ideais quando se tem intenção disso.