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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Sobre labirintite e a falseabilidade como demarcadora das Ciências (ou: um texto mais elaborado sobre Popper)

(Por que a Ciência traz resultados discrepantes entre si? O que faz com que uma atividade possa ser considerada científica?)

Olá!

"Vamos iniciar. Entre na cabine, feche a porta e coloque os fones. Você ouvirá alguns ruídos de frequência que variarão de intensidade e tom. Avise apenas se ficar insuportável".

"Agora, você ouvirá diversos sinais de intensidade diferente, primeiro no ouvido direito, depois no esquerdo. A cada vez que ouvir um destes sinais, aperte o botão do aparelho, mesmo que seja bem baixinho".

"Vamos agora fazer algo semelhante, só que com palavras. Eu direi uma palavra e o senhor a repetirá, a não ser que não a entenda. Não arrisque acertar; se não compreender, simplesmente não responda. Criança… tijolo… papel… (inaudível)... laranja… quadro… (inaudível)... ovelha… Somente monossilábicas agora: cão… giz… luz… mãe… sol… flor… lei. Tudo bem, pode sair da cabine e sentar na poltrona. Vou colar eletrodos em seu rosto”.

"Observe esta barra. O senhor acompanhará as luzes vermelhas que acenderão diversas vezes, às vezes à direita, às vezes à esquerda. Faça isso apenas com os olhos, sem mover a cabeça. Depois, faremos o mesmo para cima e para baixo".

"Neste momento, perceba que há um ponto vermelho na parede. Vou reclinar a poltrona e rotacionar sua cabeça para a direita. Em seguida, vamos voltar para a posição original e o senhor fixará seu olhar naquele ponto, evitando piscar por trinta segundos. Em seguida, faremos a mesma manobra para a esquerda".

"Vou agora fazer estímulos calóricos nos seus labirintos. Primeiro, faremos soprar ar frio em ambos os ouvidos. Depois faremos o mesmo com ar quente. Relate qualquer incômodo que sentir".

"Está concluído. Seu laudo estará disponível em trinta minutos. Passar bem".

Impedanciometria, audiometria tonal e vocal, nistagmo optocinético e pendular e o palavrão vectoeletronistagmografia, mais facilmente chamado de VENG. Essa é a batelada de exames que me passaram para tentar diagnosticar labirintite, que ameaçou me alcançar no episódio que relatei para vocês neste texto.

Peguei esse pacote todo e fui numa especialista em vertigens, que vaticinou: "você tem uma perda auditiva moderada no ouvido esquerdo. E com relação à labirintite, o resultado é inconclusivo. Passar bem".

Apesar da surdez ser o ápice de um processo degenerativo irreversível, é com uma ponta de altivez que recebo o diagnóstico. É como se fosse uma cicatriz de guerra, que mostramos aos nossos netos como prova de nossa coragem. Mas a minha batalha não envolvia fuzis e bazucas, mas guitarras e baterias. Eu já contei minha história musical, então não vou repisar tudo de novo, bastando que os prezados leitores leiam os seguintes textos (se quiserem): um, dois, três e quatro. A banda na qual eu passei mais tempo e produzi mais e melhor foi o Exílio, típico comboio de duas guitarras, baixo e bateria, com os vocais sendo exercidos em revezamento. Embora as ideias pululassem na cabeça e nas mãos, não tínhamos orçamento que prestasse, mas, como nem tudo é desgraça, o guitarrista-base era eletrônico, então conseguíamos fazer renascer velhos equipamentos que os fregueses deixavam de lado. Com isso, tínhamos instrumentos abaixo da crítica, mas os amplificadores e caixas não iam mal.

Formamos uma parede sonora bastante respeitável no auge. Um amplificador a transistor de 500 watts de potência real alimentava um woofer e duas cornetas próprios, que eram bons para baixo e vozes, e mais uma caixa acústica daquelas com base de concreto, pesadíssima, um inferno para carregar. Ela era alimentada por um amplificador valvulado, daqueles que só dão aquele delicioso fuzz típico dos hardões que tanto amávamos quando seu volume está devidamente arregaçado. O resultado é que qualquer passagenzinha de som fazia as paredes tremerem, para nosso gáudio e desespero da vizinhança. Se um artefato de tijolo e cimento é abalado, o que não se fará com as frágeis membranas de um tímpano perfurado já na infância.

Ah, sim, preciso contar essa também. Eu-menino, assim como qualquer guri da minha idade, imitávamos nossos pais no que eles tinham de pior. O meu velho gostava de limpar os ouvidos com o mesmo palito de fósforo com o qual acendia seus cigarros, para impaciência da minha mãe. Um dia resolvi fazer o mesmo, do alto dos meus quatro anos. Sabedor da censura certa, fui limpar meus ouvidos escondido atrás do tanque, só que com um palito de dentes. O resultado foi a perfuração, a correria para o médico e a posterior sova, tão expressiva de uma época.

Portanto, no final das contas, passa pela cabeça da gente aquele orgulho besta de quem tem uma história por trás da moléstia, uma história gloriosa, invejável até, que nos tira do lugar comum e nos dá uma distinção, e não um mero arrependimento de não ter feito exercícios regularmente.

Só que para além da proto-surdez havia a tal labirintite. Não fiquei feliz de não saber a causa exata das minhas tonteiras. Toda a narrativa que abre este texto demorou uns 40 minutos, e embora nem de longe tenha sido o pior exame que eu já fiz, não dá para dizer que virou um programa a ser repetido por prazer. E o que é pior: falta de diagnóstico representa tratamento claudicante, meio que na base da tentativa e erro. Por enquanto, só tenho a recomendação de evitar daqueles fones intra-auriculares e maneirar com volumes altos. Também devo ficar atento com alterações perceptivas com certas comidas e bebidas, e ça tout. Passe bem e volte se piorar.

Mas aqui cabe lembrar que a medicina está no campo da Ciência, e, por conta disso, os médicos, cientistas que são, não têm certezas. Quem tem certezas são curandeiros, pajés e outros ofertadores de curas milagrosas que multiplicam os dólares em programas de tevê. Com o resultado que tão bem conhecemos.

Mas se a Ciência se diz tão rigorosa com provas e experimentos, por que suas conclusões são tão imprecisas, por que seus resultados são tão variáveis, por que o que vale hoje não vale mais amanhã? Já notaram quantas vezes o ovo fazia mal, para depois fazer bem?

Para responder bem a esta pergunta, vou precisar retomar um antigo texto deste espaço (esse aqui) e formulá-lo melhor, com mais detalhes. Ele foi bom, mas todas as vezes que eu o releio, sinto falta de informações que o situam mais precisamente no tempo e na atual maneira de fazer Ciência. Chegou a hora, vamos nessa. Mas calma, não vou reescrever o projeto da roda.


Seria inviável resgatar historicamente toda a história das ideias científicas, porque eu teria que remontar à mais antiga das antiguidades do pensamento. Basta aqui relembrar as ligações do racionalismo com as deduções e do empirismo com as induções. No primeiro caso, temos a primazia do raciocínio na resolução dos desafios científicos. O Racionalismo prega que a Ciência é formulação, obtida a partir de um processo dedutivo que reduz a realidade a enunciados e axiomas capazes de estabelecer uma verdade universal e necessária. O Empirismo, por sua vez, estabelece que a Ciência tem como base a observação dos fatos através de experiências repetidas, produzindo abundante material observacional, porque se impacta pela maior oferta de experimentação, tornando-se mais firme a partir de mais casos analisados, em um processo francamente indutivo.

O grande problema é que ambas as concepções carregavam consigo dificuldades inerentes. O Racionalismo faz com que a Ciência nunca se descole da Metafísica, porque, embora a expressão matemática e a formulação lógica sejam úteis e necessárias, não se pode chegar a resultado algum sem que se olhe para o próprio cosmos. Já o Empirismo sofre de uma doença já detectada pelo próprio David Hume, um dos seus defensores: o problema da indução. Para que esta funcionasse a contento, precisaríamos de um universo estático e com visão da totalidade das coisas; do contrário, sempre poderemos ter um caso particular que divirja da generalização obtida. Uma indução é sempre incompleta.

O que há de comum em ambas as concepções? De uma forma ou de outra, ambas tentam retratar a realidade. Seja pela via da racionalização, seja pela via da observação, ambas buscam representações do cosmos que nos cerca, e entendem que seu objetivo é obtê-lo de maneira precisa.

Entretanto, desde Kant tornou-se consensual que a racionalidade existe, participa do processo cognitivo, mas que não é nada sem os conteúdos empíricos. Dessa forma, toda a Ciência que se praticou daí por diante deu grande ênfase ao processo indutivo, aquele que é extraído da experiência direta. Por esse motivo, a premissa básica da metodologia científica que imperou desde o Positivismo foi a verificabilidade. Proposta científica, portanto, é aquela que pode ser provada.

Isso andou nesses passos até o início do século XX. Eram épocas onde a Filosofia da Ciência era fortemente influenciada por três sendas: o Neopositivismo do Círculo de Viena (Wiener Kreis), a Filosofia Analítica e, um pouco mais tarde, a marxista Escola de Frankfurt. Karl Popper, pai do atual método científico, era contrário às três, embora seja vinculado pelos historiadores da Filosofia à primeira por questões de naturalidade. Dos frankfurtianos, dizia defenderem teorias sem cientificidade. Aos analíticos, reservava a crítica de que não somente as palavras são capazes de sustentar a Filosofia e, principalmente dos Neopositivistas de Viena, entendia que o critério de verificabilidade era insuficiente para tornar a metodologia científica de então algo que verdadeiramente traduzisse as reais possibilidades de conhecimento.

Estes filósofos eram assim chamados porque retomavam o princípio geral do Positivismo, que dizia ser apenas o conhecimento científico aquele verdadeiramente válido. Isso colocava qualquer outra forma de conhecimento, inclusive filosofias ligadas à Metafísica, no plano do pensamento inútil. Estabeleceram um critério para diferenciar as Ciências dos demais campos do conhecimento: Ciência era o conhecimento verificável. Tudo o mais eram conjecturas sem valor de verdade.

Com relação aos princípios científicos em voga, já havia uma série de críticas ao mecanismo indutivo tão caro ao círculo de Viena. Popper relembra do exercício mental do peru indutivista de Bertrand Russell, que usa do sarcasmo para demonstrar a deficiência do método. Ele é mais ou menos assim: imaginem que um jovem peru tenha chegado no começo do ano a uma granja. Ao receber seu alimento, percebe que ele foi dado às nove horas da manhã. Todos os dias a mesma experiência se repetia - nove horas, ração colocada. O acúmulo de repetições por dias e meses fez com que o peru indutivista conseguisse estabelecer uma regra, e que poderia esperar sua quota de alimentação todos os dias no mesmo horário. Pena que ele percebeu isso no dia 24 de dezembro, véspera de quando ele deixaria de ser alimentado para virar alimento.

A ironia de Russell não é gratuita, porque de fato estamos diante de uma base frágil demais se a pretensão é calcar a verdade, como queriam os positivistas lógicos. Basta uma única ocorrência discrepante para que toda uma teoria seja derrubada. Acompanhando esse raciocínio, Popper ensina que a indução simplesmente não existe, ao menos como geradora de certezas. Ele dá dois exemplos que se tornaram clássicos: sempre se poderá dizer que todos os cisnes são brancos, até se encontrar um que seja negro, e também que todas as moléculas de água serão compostas por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, o que não pode ser uma certeza fechada até que se consiga verificar TODAS as moléculas de água do universo.

Outra crítica dizia respeito à suposta neutralidade do pesquisador. Segundo os vienenses, o cientista deveria se despir de todo juízo prévio antes de realizar suas observações, como na tabula rasa de John Locke. Popper chama essa atitude de observativismo, e dizia que a neutralidade almejada era um mito. A mente de qualquer pessoa não é um papel em branco, mas um quadro-negro, repleto de sinais deixados pelos usos anteriores. Percebem como ficam as lousas apagadas das aulas anteriores? Mesmo sem os riscos de giz, há tantos traços e resíduos que podem mesmo atrapalhar a compreensão da próxima lição que será escrita. Essa metáfora indica que estamos plenos de traços culturais, concepções já absorvidas, informações adquiridas desde o nascimento e, obviamente, preconceitos, em qualquer sentido que se pense. Não há como impedir que toda esse patrimônio preexistente se imbrique com o novo conhecimento pretendido.

Como há toda essa carga cognitiva e cultural já embutida não somente no pesquisador, mas em qualquer ser humano, toda observação nasce não como uma mera atividade, mas como um problema, no seu contexto negativo mesmo: uma perturbação a uma ordem preestabelecida que precisa ser resolvida. Sempre teorizamos as resoluções dos problemas, não há algo como uma mente pura que observa um fenômeno como se fosse uma criança.

Mas então, Popper pensa que a ciência é impossível? Não, apenas que precisa mudar seus próprios paradigmas, o que implica em ajustar sua metodologia e seu objetivo final.

Popper dá a letra de sua filosofia: qualquer quantidade de observações que confirme uma teoria não servirá para prová-la verdadeira, mas uma única observação que a contradiga torná-la-á falsa. Então é isso que um procedimento científico deve procurar - meios de falsificar uma teoria, de provar que ela está errada, e não de confirmá-la.

Como uma experiência de cunho científico nasce de um problema, a sua resolução envolve sempre uma proposta que precisa ser averiguada, uma concatenação lógica de ideias que pressupõe ser uma resposta ou, em uma só palavra, uma hipótese. Hipótese é um termo de origem grega que significa algo como "estar abaixo de uma posição". A hipótese não é uma solução definitiva, mas o nascedouro de uma tese.

Quando um cientista estabelece um objeto de observação, não abrirá mão do processo indutivo. Ele vai utilizá-lo até chegar a um ponto em que o estudo de casos particulares permita estabelecer uma hipótese. É neste ponto, no entanto, que o processo investigativo se estabelecerá. Ele já tem uma premissa universal estabelecida pela hipótese, e seu objetivo será não mais criar uma coleção de casos particulares, prosseguindo assim com o caminho indutivo, mas procurará pontos em que essa sua hipótese será provada falsa. Ele não procurará novos cisnes brancos, mas os cisnes negros. Ele vai combater a própria hipótese, e a cada vez que ela resistir, mais e mais consolidada se tornará. Esse é o seu novo método científico, conhecido como hipotético-dedutivo.

Mas e se a hipótese for falseada? Neste caso, será descartada e uma nova hipótese deverá ser criada. Em casos menos decisivos, no mínimo a hipótese deverá ser corrigida. E isso dá o tom geral na nova Ciência: ela precisa ter a pretensão da verdade, bem como a consciência de sua inatingibilidade, de seu caráter provisório, de sua incerteza. Uma hipótese nunca é provada – o que ocorre é que uma experiência que a coloque a prova pode confirmá-la ou refutá-la. Se a confirma, pode fortalecê-la, mas jamais dar-lhe estatuto de verdade definitiva. Isso acontece porque há uma assimetria lógica entre a verificabilidade e o falseamento. É tipo assim: enquanto o time da verificação vai fazendo gols, ele vai ganhando o jogo; assim que o time da falsificação faz o seu primeiro tento, já ganha o jogo, mesmo que esteja 25 a 1. Para um time, o objetivo é fazer o máximo de gols possível e não tomar nenhum; para o outro, é só fazer unzinho, uma espécie de morte súbita.

Esse é o motivo pelo qual muda-se a demarcação da Ciência. Uma teoria somente pode ganhar o estatuto de científica quando receber o selo de falseabilidade. É um processo que garante claramente o alcance da ciência, bem como onde ela não pode chegar. Não tenta retratar a realidade como queriam tanto racionalistas quanto empiristas, mas aproximar-se dela, o mais possível e pelo maior tempo que der, mas sempre sujeita a ser revista no dia seguinte. O conhecimento gerado por ela não é verdade absoluta, mas verossímil. Nunca teremos teorias definitivas, mas precisamos desafiá-las. É por isso que conhecimentos metafísicos e religiosos costumam se dar mal com o princípio da falseabilidade. Quem prova Deus? Quem demonstra os anjos e as almas? Todas as vezes em que se tentar achar pontos de falseabilidade para teorias envolvendo disposições metafísicas, falhar-se-á. Mas ainda aqui há um certo respeito pela parte de Popper. Pior para ele são as pseudociências (mencionadas aqui), que se travestem de carapaça científica sem o serem. Ele coloca nesse balaio o Historicismo de Marx, a Psicanálise de Freud e a Psicologia Individual de Adler, porque sempre que são mostradas falsas, encontram modos de tergiversar. A Revolução Proletária não ocorreu porque ainda os camponeses e operários estão na alienação, os processos psíquicos sempre são passíveis de ser explicados pela neurose e pela sublimação, e o sentimento de inferioridade possui uma plástica que permite adaptá-lo a qualquer circunstância. As coisas que são apresentadas como contraprovas a essas teorias são todas absorvidas pela sua maleabilidade, como se fossem mistérios divinos. Tudo isso impossibilita pontos de falseamento. E gera inimigos.

Sendo assim, se não há resultado definitivo para meus exames de labirintite, nada mais me resta a não ser se conformar ou procurar outros especialistas que possam se pronunciar no assunto, como um neurologista, por exemplo. Não adianta esperar por um espírito que venha me rastrear os males da alma. Não no âmbito da Ciência.

É claro que, apesar de todo consenso que atingiu nas academias científicas de todo o mundo, as teorias de Popper não são imunes às críticas. Alguns outros filósofos da Ciência, como Paul Feyerabend e Thomas Kuhn, já teceram outras teorias para explicar como pode se dar o desenvolvimento da Ciência. Além disso, as Ciências Humanas tem dificuldades em apresentar pontos de falseabilidade, não porque eles sejam impossíveis, mas porque são difíceis de atingir, como eu já havia dito neste texto. E há uma última questão: qual é o ponto de falseabilidade da teoria da falseabilidade? Onde ela pode ser provada errada?

Para este último ponto, a resposta é simples. Por mais que envolva diretamente a Ciência e seus métodos, trata-se de uma questão filosófica, e não científica. Ela tem um nascedouro especulativo, propõe-se a tratar do fenômeno em sua essência e é todo coberto pela lógica, sem que se precise provar nada a seu respeito. É por isso que Filosofia e Ciência não são a mesma coisa e precisam ter escopos distintos. E há quem diga que a Filosofia não sirva para nada... Bons ventos a todos!

Recomendações de leitura:

Impossível não fazer novamente remissão à magnum opus de Popper:

POPPER, Karl. A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix, 1993.

Mas também é possível adicionar outras leituras, como a coletânea de artigos que segue abaixo:

POPPER, Karl. O Mito do Contexto. Em Defesa da Ciência e da Racionalidade. Coimbra: Edições 70, 2016.

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