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terça-feira, 4 de abril de 2017

Sobre tradições arraigadas e onde elas podem por pedras no caminho da modernidade [Pequeno guia das grandes falácias - 36º tomo: o apelo à tradição (argumentum ad antiquitatem)]

Olá!

Uma agulha finíssima, uma seringa plena de glicose com mais alguma substância, uma mão habilidosa e o milagre acontece: picada a picada, os pequenos vasos da patroa vão sumindo à frente dos meus olhos, substituídos temporariamente por uma leve irritação e um subsequente esparadrapo. É o tratamento chamado escleroterapia, destinado a dar fim nas telangiectasias, os pequenos vasos sanguíneos capilares que arrepiam os cabelos de nossas consortes. Um dos métodos mais comuns é este que descrevo: o angiologista (mais conhecido como “vascular”) inutiliza o vasinho já dilatado e pouco funcional, fazendo-o desaparecer, já que é o fluxo do sangue que o torna vivaz. Fechado o caminho, o sangue vai procurar outras rotas para seguir seu curso, da mesma forma que faz a vida a caminho da morte.

Líquidos que são utilizados para suprimir os fluxos de outros líquidos... Não é à toa que a Filosofia nasceu especulando que a água era o elemento primordial de tudo. Hoje, com todo o aporte científico que temos, sabemos que as coisas não são assim, mas não foi sem dor que chegamos a esse tipo de conclusão. Penso nisso porque, ainda hoje, escuto no consultório do angiologista, meio que lateralmente, alguns comentários sobre o já distante acidente fatal com a cantora Clara Nunes, que morreu em 1983 por complicações alérgicas em reação à anestesia que tomou para uma cirurgia de remoção de varizes. Sim! As pessoas têm tanto medo de morrer que desenterram uma história de mais de 30 anos, cheia de teorias da conspiração, com tecnologia anestésica totalmente superada. Pode-se morrer de choque anafilático ainda hoje? Sim, é claro. Mas essa bolachinha que você está comendo enquanto me lê pode conter uma bactéria que vai te levar para a cova. Como diz o senso comum (desta vez com sabedoria), para morrer basta estar vivo. Por isso mesmo, é bom não ficar queimando muito a chapa com esse tipo de coisa. Vai arrancar essas varizes que te fazem sofrer. Faça uma boa macarronada com elas.
Falando em bactérias e líquidos, penso em Cláudio Galeno, médico e filósofo romano do século II, brilhante em suas teorias fisiológicas, que perduraram por muitos séculos. Foi dele que as práticas de dissecação e vivissecção se voltaram para objetivos medicinais e profiláticos. Portanto, embora suas teses estejam hoje superadas, é importante que sejam conhecidas para que se compreenda como se constrói uma Ciência.

Vejamos. Quando uma pessoa ficava doente, nem sempre era possível determinar uma correlação direta com uma causa. Óbvio: comer carne podre dava uma bela diarreia (voltarei a isso), mas havia outras moléstias que pareciam surgir do nada. Acordava-se indisposto, febril, dolorido; pensava-se no que se havia feito de errado no dia anterior – um dia a mais enfileirado no caminho, sem nada de especial. O princípio do Deus das Lacunas fazia pensar na insatisfação de alguma divindade especialmente suscetível, mas as coisas permanecem incertas, mesmo assim.
Pois bem. Galeno, estudante de Hipócrates, com sua faquinha ligeira e seu espírito desbravador, gostava de dissecar macacos, animais com fisiologia bastante próxima à do ser humano. Além dos costumeiros órgãos e vísceras, o que mais via no interior dos organismos eram líquidos – sangue, linfa, secreções, sucos gástricos, urina, às vezes pus, às vezes esperma e assim sucessivamente. O indicativo era intuitivamente claro – os líquidos do corpo possuíam um equilíbrio tal que, movidos seus respectivos níveis, havia influência direta na saúde e – mais ainda - na personalidade das pessoas. E aqui já vamos deixar registrado que, ainda que as teses de Galeno já não sejam válidas, uma coisa ele sacou com precisão: disposições físicas podem determinar comportamentos psíquicos, como a moderna neurologia já detectou. Deficiências em certos neurotransmissores e hormônios são causas comuns de depressão e outros acometimentos mentais.

Mas vamos detalhar um pouquinho a teoria dos humores. De todos os fluidos do corpo, Galeno isolou quatro – o sangue, a fleuma, a bílis negra e a bílis amarela. Estes líquidos eram os componentes que se misturavam em diferentes proporções no organismo e que, além de determinar sua saúde, davam à personalidade do contribuinte algumas características.
Esses quatro termos são mais conhecidos como humores. A palavra “humor” não nasce de alguma indicação de temperamento. Essa associação será feira posteriormente justo por causa da teoria dos quatro humores (cuidado com a inversão de causa e efeito), que diz que é a quantidade de um dos humores que dá a linha de comportamento de um indivíduo. O vocábulo surge do latim humore, que significa líquido. Até hoje, há alguns líquidos do organismo que são chamados tecnicamente de humores, como é o caso dos humores vítreo e aquoso, que representam as partes gelatinosas do olho em contato direto com a retina e o que preenche as câmaras oculares, respectivamente.

Bem, o que são cada um desses líquidos? A fleuma é a substância gelatinosa que recobre a superfície das vias aéreas, o famoso muco. A bile amarela é um líquido secretado pelo fígado e que serve para emulsionar as gorduras. A bile negra seria excretada pelo baço (o que não é um fato) e o sangue... O sangue é sangue. Cada um desses líquidos seria capaz de carregar consigo um pacote de características físicas que dariam por resultado um certo comportamento. Assim, a fleuma traz a frieza; a bile amarela, a ira; a bile negra, a tristeza, e o sangue, o ardor. Todos os indivíduos possuem os quatro humores, sendo que a sua combinação dá um determinado modo de ser para cada um. Assim, os indivíduos sanguíneos, com excesso de sangue, seriam afetuosos, hiperativos, fortemente emotivos. Os fleumáticos são calmos, ponderados, até mesmo indiferentes. Os coléricos (do grego kholé, bile) são raivosos, vingativos, impacientes, e os melancólicos (de melas kholé, bile negra) são tristes, pessimistas, dados à passividade. Os comportamentos transitórios são explicados por uma perturbação eventual do equilíbrio dos humores. Isso explicaria nossos estados de comportamento: quando estou com raiva, há uma maior proporção da bile amarela na composição dos líquidos do meu corpo. Se estou em “estado de repouso”, os humores voltam ao seu estágio natural, e aquele de maior teor dará minha característica geral, o meu humor típico.
A teoria dos humores persistiu por anos a fio, e sua base se dava nas ferramentas que se dispunham à época: observação direta, dedução e especulação. Nada mais do que isso. Só foi sendo paulatinamente derrubada por provas e mais provas de seus enganos (embora houvesse algum sentido lógico e algum acerto fisiológico, como já mencionei anteriormente), até ser totalmente superada. Mas houve tanta resistência que até hoje há quem continue atribuindo veracidade à teoria dos quatro humores, de maneira espiritualizada.

É que as tradições são difíceis de ser transformadas. Quando passamos um conhecimento de um para o outro (a origem da palavra tradição – traditio - significa a passagem de alguma coisa para outra pessoa, mas não uma coisa qualquer; é coisa de valor, importante, que queremos que seja mantida pela pessoa que a recebe) é transmitida também uma relação de confiança. Em cada valor que transmitimos temos a esperança de que esse valor seja mantido e retransmitido para todo o sempre. Pense bem: você não gostaria, de fato, de que tudo o que é importante para você seja importante para o universo inteiro, em todos os tempos? É esse o caso. As tradições nascem de coisas importantes, ainda que esse significado seja dissipado pelo tempo. O grande problema é que uma tradição tem um valor efetivo enquanto ela carrega um significado. A partir do momento em que a tradição se dissocia do seu tempo e passa a ser um mero ritual, é preciso repensá-la ou abandoná-la. Hoje em dia, retomando nosso tema, é incompreensível que se atribua uma doença ao desequilíbrio de humores. Quando a tese surgiu, não havia instrumental para saber que existiam bactérias, vírus, protozoários e outros buliçosos microorganismos. A diarreia pela carne podre se explica pelas bactérias que ela contém, e não pela ingestão pura e simples. Galeno não tinha como saber disso, então usava a lógica possível, que era engenhosa e se consagrou, mas não era correta.
Podemos dizer que a tradição é, portanto, irracional? Vamos com calma. Como a tradição exige um certo fluxo (não há tradição aferrolhada em uma única pessoa, senão não é tradição, ora bolas), ela sempre é social. Um cara que falou sobre esse tema foi Max Weber.

Maximilian Weber faz parte da tríade sagrada da Sociologia, ao lado de Émile Durkheim e Karl Marx. Porém, ao contrário de ambos, que entendiam ser a própria sociedade que moldava os seus componentes, Weber apontava seu telescópio para o indivíduo, célula social sem a qual não é possível interpretar o funcionamento de todo o organismo. Eles são os atores que encenam as ações sociais, uma de suas principais teses. E o que é essa coisa?
Ação social é qualquer atitude consciente, seja ativa ou reativa, em que é dado algum sentido a quem a executa, e em que haja outros indivíduos envolvidos. Não existe ação social que não envolva pelo menos duas pessoas. Logo de cara, devemos diferenciá-las dos comportamentos passivos, porque nestes existe uma habitualidade que faz com que se aja com o piloto automático ligado, como fazem as pessoas que se benzem inconscientemente ao passar na frente de um cemitério.

Max Weber, após seus estudos, chegou à conclusão de que quatro eram os tipos de ação social realizados pelos indivíduos, sendo dois deles instrumentalizados pela razão, e dois que prescindem do componente racional. Para tentar entendê-los, vamos nos colocar de pé no domingo pela manhã e nos encaminhar à feira mais próxima. No meu caso, é a da Baixada do Glicério.
Ir à feira é uma autêntica ação social. Tenho consciência de que cometo alguns sacrifícios, como levantar cedo em dia livre, para obter alguns benefícios, que é o de comprar frutas e legumes. Também não estarei apenas eu envolvido. Os feirantes que me venderão, patroa e filhos que consumirão, pedintes que mendigarão, todos estão envolvidos, direta ou indiretamente, na ação social “ir à feira”. Mas há diferenças nos possíveis motivos que levam a ela.

1. Posso ir à feira porque quero comprar frutas, legumes e verduras;
2. Posso ir à feira porque acho que os supermercados são grandes centros capitalistas que querem tirar as oportunidades dos pequenos vendeiros e concentrar renda, atitude da qual discordo verticalmente;

3. Posso ir à feira porque tenho muitos amigos e velhos companheiros nas bancas e nos estreitos corredores;

4. Posso ir à feira porque minha família sempre foi à feira, desde meu avô que veio da Itália, passando pelos meus pais e chegando a mim, que já me encarrego de levar meus filhos junto, para que também eles o façam a seu tempo.

Agora vamos analisar as motivações, uma a uma. No primeiro caso, minha ida à feira deriva de uma necessidade que preciso suprir. Raciocino sobre essas necessidades e concluo que devo me encaminhar à feira, pois lá encontrarei os suprimentos desejados. Percebam que a ação social, neste caso, é motivada racionalmente por um objetivo certo e bem delineado. Há uma finalidade – é o que Weber chama de ação racional relacionada a fins.
Na segunda opção, também tenho um dispositivo racional a me mover. Só que, neste caso, o que me motiva não é a finalidade em si – comprar bananas e acelgas – mas um valor. Posso achar ético que mais pessoas tenham uma oportunidade de trabalho, e por isso deixo de aproveitar os melhores preços do mercado para procurar pela distribuição de minhas parcas moedas para um maior número de pessoas. É uma ação racional relacionada a valores.

Vamos à terceira hipótese. Neste caso, não estou preocupado com frutas ou legumes, nem com o valor de uma compra para um pequeno comerciante, mas estou a fim de bater papo, rever amigos, contar um pouco de mentiras e vantagens, comer um pastel e reclamar de seu pouco recheio. O componente racional é abandonado para ser substituído por algo que me toca os sentimentos, um componente emocional. É a ação afetiva.
Por fim, na quarta hipótese não há racionalismo aplicado, nem mesmo um laço afetivo. Vou porque sempre fui, porque meu pai ia, porque meu avô ia, sem me preocupar com objetivos, valores ou afetos, sem levantar questionamentos. É um mero uso, um costume. Esta é a ação tradicional.

Isso significa que a ação social tradicional é um mal em si e que deveríamos eliminar as tradições? Não, mil vezes; não é isso que estamos falando. Em primeiro lugar, não vivemos racionalmente cem por cento do tempo, ninguém consegue fazer isso. Muito pelo contrário. Desde cedo, aprendemos a adotar séries de ações “decoradas” justamente para liberar a cabeça para pensar. Imaginem se a cada passo rumo à feira eu precisar fazer uma análise completa sobre os proveitos e deméritos do meu ato. Em segundo lugar, acostumamos a pensar nas tradições como componentes formadores de nossas próprias histórias, e que é importante mantê-las. Não há nenhuma dúvida quanto a isso, mas percebam a mancada. Quando me preocupo em conservar um tipo de música, um jeito de dançar, uma indumentária, uma certa técnica arquitetônica, em suma, em contar a história e os costumes da minha família ou da minha cidade – em preservar uma tradição – minha ação ganha um objetivo, que nasceu de uma ponderação. Nesse sentido, manter as tradições não é uma ação tradicional, mas uma ação racional voltada a fins. Entenderam a diferença?
Sinopse: a ação tradicional não é um problema em si mesmo. Ela só se torna um problema quando obstaculiza uma ação racional. Não faz sentido, por exemplo, continuar a tomar beberagens tendo medicamentos comprovadamente eficazes. Mas também é preciso pensar sobre o que nos amarra às tradições irracionalmente. Um dos motivos é o conforto, uma tendência à imobilidade. Se estamos vivos, bem ou mal adotamos uma estratégia de sobrevivência certa. É isso que nos insere nos mecanismos de evolução, animais que somos. Por isso temos a tendência a ser conservadores: mais do que manter situações de privilégio, a tendência atávica é de fugir de riscos. Mas também somos humanos, e não estamos aqui apenas para sobreviver. O mundo ao nosso redor evolui e precisamos continuar caminhando sobre ele. As tradições precisam ser continuamente reavaliadas para serem utilizadas da maneira correta – como um valor plenamente válido, como uma instância favorável de uso ou como um retrato na parede, de doce memória. O importante é que a tradição tenha sentido e que não seja um atravanco em nossas vidas.

Vamos dar um exemplo bem cabal da perda de sentido de uma tradição. Os dogmas católicos indicam que há alguns dias do ano destinados à contrição e à penitência, em especial nos períodos chamados de Quaresma e Semana Santa, tempos preparatórios para a principal solenidade desta religião, a Páscoa. Em tese, são dias em que o fiel deveria passar em recolhimento e oração, evitando abusos de prazeres mundanos. O cume deste estado seria a Sexta-feira da Paixão, que inclui a restrição de alimentos como carne vermelha, fortemente vinculada à luxúria e à vida desregrada. O peixe, ordinário, não entrava nesta conta, porque era considerado comida de pobre. A tradição persiste até hoje, e durante estes dias restritivos, onde se prega a humildade e simplicidade de atitudes, onde se é exercitado o desprendimento das coisas terrenas, onde se busca desvencilhar dos prazeres, substitui-se o pecaminoso bife por um modesto e bem comportado... bacalhau!!!
Sim, é verdade. A tradição da Sexta-feira da Paixão desembocou, aliada à tradição culinária portuguesa, na orgia consumista do caríssimo peixe, muito mais oneroso que um ostentativo filé mignon. Ocorre que, em Portugal, o bacalhau é abundante e barato, no exato contrário do que acontece em nossas plagas tropicais. O dito bacalhau é um verdadeiro devorador de cartões de crédito, porque não basta ser caro, é preciso ser muito. Que dê, ao menos, para o almoço e a janta. Imaginemos uma oração fictícia a ser realizada no prólogo da refeição de uma igualmente fictícia família na Sexta-feira Santa:

“Ó, Senhor! Tu, que passaste 40 dias no deserto em jejum para viver livre das tentações, que viveste com pouco e partilhaste com pobres e desfavorecidos de todo tipo, receba nossa oração neste dia de sua morte, onde descemos à máxima humilhação de nos mal alimentar com uma insignificante bacalhoada à Gomes de Sá, guarnecida por uma caponata com alcaparras e regada por um vinho Madeira, em celebração ao teu santo sangue, e trancamos nossas tendências ao pecado sorvendo pasteis de Santa Clara, padroeira da parcimônia. Pedimos penhoradamente que nos dê força para suportar esta privação em sua honra e glória. Amém!”.
Para onde se encaminhou o sentido da tradição da Sexta-feira Santa? Percebem como é uma tradição vazia? A ação social da bacalhoada na Sexta-feira da Paixão não é nada mais do que isso: uma ação oca de racionalidade. É um problema a ser resolvido pelos católicos: ou se arregimenta suas massas, lembrando-as dos significados da sua tradição, ou se abandona a mesma. Do jeito que está, há só cinismo.

Mas sabemos o quanto é difícil mudar hábitos arraigados. Pela própria pressão psicológica de estabilidade e conservadorismo que já citei, há uma tendência quase natural a se selecionar argumentos para justificar uma tradição. Só que nem sempre isso representa uma boa lógica. E, nestes casos, vemos brotar um tipo de falácia informal de dispersão e relevância conhecida como apelo à tradição (argumentum ad antiquitatem).
O apelo à tradição tenta nos impingir o convencimento de que algo é melhor porque é tradicional, porque é muito antigo, porque é repetido por muitos e muitos anos, e que deve preponderar sobre o novo apenas e tão somente por isso. O seu principal mote é atribuir uma espécie de crivo temporal pelo qual a tradição não teria sobrevivido se não fosse valiosa. Mais ou menos como um livro, que, por ser antigo, contenha melhores informações do que um novo.


Antigo não significa antiquado, mas é preciso ter cuidado para achar que as coisas novas não podem ser melhores por não ser tradicionais

É claro que essa linha de pensamento é inválida, como pudemos perceber pelas teses de Galeno. Do mesmo modo que algo não é bom pelo simples fato de ser moderno (vejam meu texto sobre o apelo à novidade), também a idade não é argumento suficiente para dar suporte e consistência a uma tese. Nem vou dar exemplos porque os mesmos já restam abundantes neste post.

Mas apelar à tradição nem sempre é falacioso. Como premissa básica, podemos afirmar que antigo não é sinônimo de antiquado. Por isso mesmo, um livro de um autor antigo não é, obrigatoriamente, um livro defasado por completo. É necessário, por conseguinte, que se contextualize adequadamente onde a tradição tem relevo. Galeno mesmo tem importância real na história da medicina pela sua tradição de pesquisa e filosofia, isso ninguém pode tirar dele. O que se precisa evitar é achar que trepanações e sangrias são melhores do que o uso de medicações exaustivamente testadas em laboratório. É isso o que fere a lógica.
Recomendações de leitura:

Weber é basilar na Sociologia. Qualquer um que se interessar no assunto tem que passar por ele, obrigatoriamente. O livro abaixo é aquele onde melhor se discorre sobre suas teses de ação social.
WEBER, Max. Economia e Sociedade: Fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: Unb, 2000.

Não consegui achar nada de Galeno em português. Para quem se interessar muito, há esta edição em língua inglesa de um de seus livros mais expressivos.
GALENO, Cláudio. On the therapeutic method. Gloucestershire: Clarendon, 1991.

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