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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

O cesto da gávea de onde observo o mundo - 7ª mirada (3ª parte): São Luiz do Paraitinga - A Religião e a religiosidade - o distrito de Catuçaba

Olá!


Conforme eu disse quando comecei a falar sobre São Luiz do Paraitinga, não iria cair na tentação de acabar logo com as miradas desta cesta da gávea, e que trabalharia com mais partes. O distrito de Catuçaba merece sua atenção especial, mesmo pertencendo à municipalidade logo atrás mencionada, o que farei a partir de agora.


Catuçaba tem a estrutura típica de uma pequena cidade do interior: um pequeno núcleo urbano rodeado por imensidões de verde, principalmente plantações e pastagens. Temos aqui uma série de estradinhas de terra que conduzem para algumas fazendas históricas, e para inúmeras cachoeirinhas. Acho que a mais conhecida de todas é da do seu Renô (não sei como se escreve, vou manter um espelho da dicção), que lhe empresta o nome.


Trata-se de uma queda relativamente pequena, de uns 30 metros, e que tem um leito bastante acidentado, o que exige algum tipo de cuidado com crianças...


...porque dá muita tentação em pegar um dos seus veios laterais e fazer de tobogã...


... e desaguar de bunda no remanso final, todo fundeado de areia.


O principal rio da região é o Ribeirão do Chapéu, do qual as águas do seu Renô fazem parte. A água aqui não é tão gelada, o que colabora com as atividades contemplativas, um lugar muito calmo. Tendo o formato de um vale, a impressão que se tem é de um certo isolamento, mesmo ficando a poucos metros da entrada do sítio.


Rápido registro para quem gosta de futebol. A região é inundada por quero-queros (queros-queros? Queros-quero? Os quero-quero? Os quero-queros?), o pássaro tão típico dos nossos campos, que sempre arriscam suas penas durante as partidas do esporte bretão.


Mas quem é o tal do seu Renô? É o dono dessas paragens, um senhor de 90 e poucos anos que, por si só, já é uma atração. Ele não cobra nada pela visitação, apenas pede que os frequentadores colaborem com o comércio local, o que parece justo. Ele mesmo tem um bar anexo à sua casa, no alto da colina que ladeia a cachoeira.


Tirei uma foto dessa homenagem que está pendurada em uma das paredes do boteco, que serve uma cachaça forte, que a patroa defendeu com maestria e desenvoltura. Ele mesmo serviu pessoalmente a gente, com azeitonas e amendoins, e sentou para nos contar umas histórias.


Seu Renô é um dos principais agitadores culturais da região, mantenedor de tradições (como a folia de Reis e a Cavalhada) que não fecha os olhos para a modernidade. Pode parecer incrível, mas, no dia da nossa visita, estava sendo preparado um palco para um pequeno festival, que tinha como principal atração o músico conhecido como Ventania, além de uma banda do distrito e da cantora luizense Patrícia Guimarães...


Para quem não conhece, Ventania é uma espécie de miscigenação da estética bicho-grilo de Raul Seixas com o conteúdo lisérgico de Marcelo D2. Pessoas da cidade, como a Neca Junqueira ou a Thais do Binidito, juram de pé junto que o seu Renô não sabe exatamente quem é Ventania. No entanto...

Com relação à comunidade citadina, que se formou ao redor da antiga estrada que levava a Cunha e Paraty, é um aglomerado em que habitam cerca de 800 pessoas, em área cercada por montanhas. Como tal, há escadas com todo tipo de degraus.


Apesar do conteúdo histórico das edificações, não há nada com tanto destaque quanto ao centro da sede. São casas simples, muitas relativamente novas, com calçamento recente, e com umas jardineiras em construção. Possui um comércio bastante incipiente, na base do um de cada tipo: uma padaria, um restaurante, um açougue, um mercadinho, um boteco (mais de um, é bem verdade).


O destaque vai para o complexo composto pela igreja de São Pedro, de onde se conta que vários combatentes da Revolução de 32 ficaram escondidos por ocasião das batalhas. Aqui, muitos dos pracinhas deixaram seus registros rabiscados nas paredes.


No adro, fica também o prédio do velório da localidade...


... porque, logo atrás da igreja, fica o cemitério do distrito. Em suma, quase todo o dispositivo religioso fica concentrado num só lugar.


Na ladeira de pedras à frente do adro da igreja, duas curiosidades: uma capelinha de pedras em homenagem a Nossa Senhora Aparecida...


... e o posto da primeira linha telefônica instalada em Catuçaba, que aconteceu em dezembro de 1981. Vão-se 35 anos de sua instalação, mas isso mostra uma defasagem de mais de 100 anos em relação à primeira linha do estado de São Paulo (132 anos) e do Brasil (139 anos). Nestes tempos de celulares múltiplos, imaginem o que era não existir nem um telefone público...


Finalmente, no alto do outeiro e ao lado da igreja, fica a casa e fábrica Senza Rivale, que produz artigos religiosos em tecido de todo tipo. Trata-se de uma casinha com uma oficina anexa, construída no pavimento superior. A entrada da fábrica é a sala de estar da família. E o recepcionista/campainha é um cachorrinho felpudo.


Sob o comando do seu Valdemar e família, são feitas roupas de alta qualidade para atender as demandas dos cultos católicos, que, como se bem sabe, é bastante complexo em suas necessidades litúrgicas.


São aplicações de filigranas a mão, bordados, pinturas de pincel finíssimo, feitos em estolas, toalhas, casulas, conjuntos de altar e tudo o mais. Conheci muitas oficinas de costura, mas essa aqui prima pelo detalhe.


Foi inevitável o afloramento de reminiscências da infância, de quando minha mãe costureira se debruçava sobre sua máquina de costura madrugadas adentro, ocupando a sala e a cozinha à guisa de oficina. Mesas de comer eram tábuas de corte, cadeiras eram cabideiros, mesmo a tevê era estante para armazenar fazendas. Ela utilizava uma máquina praticamente idêntica a essa primeira.


Outras coisas era preciso fazer fora, como o trabalho de tinturaria. Minha mãe não tinha o pesado e escaldante ferro a vapor, para delinear todos os vincos com perfeição.


Pela oficina há ainda muitos acessórios que tantas vezes corri atrás, alguns difíceis de achar, como essa carretilha de marcar molde, além de giz, lápis, agulhas, carretéis de todas as linhas, vieses, forro, entretela, zíper, etiqueta, botão, aplicação de ilhós, cadarço, passador de elástico, lantejoulas, colchetes, rebites, fitilhos, etc e etc.


A oficina no seu Valdemar e a cachoeira do seu Renó são dois locais para o exercício de uma mesma característica humana: a religiosidade. Mas apenas um é lugar de religião. Vamos entender isso, desde já combinando que religiosidade e espiritualidade serão tratadas aqui como sinônimos.

A melhor exemplificação que já ouvi de religiosidade até hoje veio de um padre, o frei Anacleto Gapski. Em um de seus sermões, ele dizia algo mais ou menos assim:

“Os antigos gregos olhavam para o céu e viam nas estrelas as aventuras e desventuras de seus deuses e heróis. Viam as coisas que lhes alegravam e lhes afligiam. Viam arte, história, origens e destinos. Viam cães, ursas, dragões, cisnes, pavões... Viam a natureza e a obra humana. Hoje nós olhamos para o céu e – pobres de nós – não vemos nada a não ser pontos brilhantes espalhados por todos os lados. Isso quando a luz artificial das cidades nos permite vê-las. Os gregos tinham uma espiritualidade que nós perdemos”.

Percebam como esse discurso é crivado de uma religiosidade desligada da religião – que, no caso do frei Anacleto, frade franciscano, é a cristã. Percebam como pode ser aplicado em uma igreja, em uma sinagoga, em uma mesquita, em um terreiro, em um centro, em qualquer templo, e até mesmo fora deles. O mesmo se dá, em mais um exemplo, a alguns escritos próprios de determinadas religiões. Sabemos que São Paulo era mais rigoroso que o próprio Jesus na prescrição de regras à sua comunidade, e que, de certa forma e por isso mesmo, acabou moldando muito do Cristianismo subsequente. No entanto, quando observamos o capítulo 13 da primeira carta aos Coríntios, mais conhecido como Hino ao Amor (celebrizado na música Monte Castelo, do Legião Urbana- “Ainda que eu falasse a língua dos homens e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria”), notamos que seu alcance é universal, aplicável praticamente a toda e qualquer religião, e mesmo fora delas. É tanto um texto da religião, quanto da espiritualidade, porque não é preciso ser cristão e nem mesmo religioso para sentir um certo enlevo ao ouvir essas palavras, como quem ouve uma música, embriaga-se com um perfume, admira o céu estrelado ou contempla uma cachoeira e se banha em suas águas.

A religiosidade é uma espécie de intuição sobre algo que transcende os sentidos humanos. Talvez o nascimento desse sentimento seja algo semelhante ao seguinte: o homem tem a dimensão de si próprio e do ambiente que o circunda. Neste ambiente, ele enxerga coisas cada vez maiores e cada vez mais distantes. Observa raios e relâmpagos nos céus, ouve trovões, vê as fases da lua, as marés que sobem. Tudo isso implica em uma normalidade de suas relações com o mundo. Mas eis que, numa noite especialmente clara, ele vê uma esfera pouco a pouco tapar a lua. Muito tempo depois, vê o sol ser obscurecido em pleno dia, de forma a haver uma inversão com a noite por alguns minutos. Em outro momento, há um gigante que singra o céu noturno, com sua impressionante e tenebrosa cauda. Vê as águas dos mares ficarem avermelhadas, quase sanguíneas. Hoje nós sabemos que isso são eclipses da lua e do sol, um cometa e proliferação de algas, mas o homem primevo não tinha instrumentos ou saberes para detectá-los. Ainda assim, sentimo-nos tocados ao presenciar esses fenômenos. O homem se sente parte de um todo, mas não conhece esse todo, que lhe suplanta a capacidade de observar. Essa totalidade, ele crê, é aquilo que está imanentemente na natureza somado àquilo que a transcende, um campo inatingível pelos sentidos, mas que pode dar algum sentido e explicação aos fenômenos que lhe escapam, o sobrenatural. Crer no sobrenatural faz com que o homem se previna: fugir de raios, esconder-se do sol a pino, não dar bobeira com certos animais, todos esses fatores ligados a deidades subjacentes. Biologicamente, faz todo o sentido que estas atitudes auxiliem na sobrevivência.

Dá para notar que a religiosidade atua no nível do indivíduo. Cada pessoa que se sentir um componente universal ao se refrescar nas águas de uma cachoeira o fará de modo pessoal. As intuições estarão aguçadas: uns sentirão seu corpo se esvair nas águas, outros vão perceber a alma sendo lentamente lavada de suas idiossincrasias, e muita gente simplesmente se sentirá molhada apenas. Esse tipo de coisa é muito válido para quem tem algum tipo de sentimento de integração, mas é muito mais complexo unificar essa percepção comunitariamente. Esse é um dos pontos que faz nascer a religião.

A religião é a institucionalização de uma forma determinada de exercer a religiosidade. Já não é aqui o indivíduo que rege a intuição, mas a figura do sacerdote que aparece para representar a comunidade através do rito. Esse rito não é espontâneo: toda religião possui uma liturgia própria, um conjunto de regras estabelecido pela tradição ou pela hierarquia (ou, mais raramente, pelo consenso). Ou seja, uma religião regida pela liberdade de suas regras tem dificuldade em se estabelecer como tal. Quanto mais sistematizada, melhor a distribuição das normas. O rito católico, por exemplo, é mais uniforme que os das religiões de matriz africana, pelo fato de todas as suas prescrições serem baixadas em estatutos escritos, por autoridades reconhecidas como tal. O mesmo ocorre com o Judaísmo e o Islamismo, outras religiões de livros. Atenção: não estamos falando nem de capacidade de portar verdade, nem de que uma está mais certa do que a outra, nem de que as prescrições de normas no rito são boas ou ruins, ok? É apenas um dado e um exemplo.

O espectro da religiosidade é imensamente mais amplo que o da religião, começando pelo fato de ser inerente à espécie humana. Em praticamente 100% dos povos e etnias existe uma narrativa de criação. Ao que eu sei, apenas um determinado povo amazônico, os pirahãs, não a desenvolveu, por algum motivo difícil de detectar. Mas tanto religiosidade quanto religião podem produzir um efeito que chamamos de catarse. É um termo oriundo da tragédia grega (da qual falei neste texto), que dá epílogo ao seguinte processo: entre a essência do nosso ser e a nossa efetiva existência existe um nível de descompasso. Isso é produzido por paixões, vícios, traumas ou doenças que desnaturam o ser. A catarse representa a supressão da causa do descompasso e da reaproximação entre a natureza do ser e sua existência no mundo. Isso pode ser uma cura, a purgação de um pecado, o perdão de uma culpa, etc. O efeito catártico da religiosidade pode ser o sentimento de se “lavar a alma” na cachoeira do seu Renô ou de se observar o longo processo da produção de uma peça sacra na casa do seu Valdemar.

Notem que tudo isso escapa a uma sistematização das religiões e até mesmo de um deus. Como diria Jung, a religiosidade é uma construção arquetípica (vide este texto), que já nasce com o ser humano, ou seja, há uma estrutura mental preparada para a percepção de uma ideia de sobrenaturalidade, independentemente de ela existir de fato ou não. Ela pode funcionar como um elemento real ou como uma ilusão de ótica, por exemplo.

Se a religiosidade existe arquetipicamente no homem, por que existem ateus? É uma pergunta aparentemente difícil, mas de resposta simples. Da mesma forma que a religiosidade, há o instinto de sobrevivência, que é muito mais vívido e forte. Para provar isso, basta pensar que ele trabalha a nível de reações instintivas – mesmo que não adiante nada, tentamos nos defender do piano que cai (vide este texto). O que faz o suicida? Suplanta esse instinto. O ateu faz a mesma coisa: suplanta sua religiosidade e deixa o arquétipo vazio. Ele continuará com a estrutura psíquica, só que preenchida de nada, porque a cada vez que a sensação de supernaturalidade lhe avançar, ele ligará seus dispositivos racionais para anestesiá-la.

Mas, como diz o filósofo francês André Comte-Sponville em seu interessante livro “O Espírito do Ateísmo”, mesmo os ateus acabam, por conta das disciplinas sociais e de uma moral construída sobre uma tradição religiosa, vivendo sob o manto de alguma religiosidade. Isso acontece porque, por exemplo, a religião – através da crença em uma entidade superior de vontade manifesta – organiza uma unidade social, que seria muito mais difícil de obter pelo convencimento da pura racionalidade. Exemplo: qualquer ateu concorda que é bom não matar, seja pela suposta manifestação de uma entidade divina, seja pelo acordo mútuo entre os homens.

Chegamos, portanto, à conclusão de que não há uma espiritualidade coletiva sem o delineamento de um mínimo de regras, sob pena de não se obter homogeneidade no culto – e assim não haver a tal coletividade!!! Esse é o start de uma religião. Se a religiosidade é uma predisposição natural, a religião é puramente cultural, o que não denota, como vimos até agora, nenhum tipo de incompatibilidade. O ponto de choque ocorre quando a religião se imiscui no plano da vida pessoal. Neste ponto, é muito difícil que não haja uma dissociação entre religião e religiosidade. Vamos ver isso.

A psicanalista alemã Karen Horney, que atuou principalmente nos Estados Unidos, foi uma adepta de Freud, mas que contestou vários de seus princípios. O mais expressivo deles é a constatação de que a psicanálise freudiana tinha um viés sexista, no sentido de que a atribuição de crises de histeria e outras moléstias eram dadas às mulheres em razão de seu gênero, biologicamente falando. Ela destacava que as diferenças na análise para ambos os sexos deveriam se dar por conta do ambiente social e cultural, porque as normatividades se davam diferentemente para cada um dos sexos. Hoje, isso parece evidente, mas percebam que, na ocasião, parecia natural.

Horney investigou profundamente a figura do “eu”. Percebeu que a personalidade é uma verdadeira coletânea que inclui desejo, escolhas, responsabilidade, sentido de identidade, lugar no mundo e confiança na própria potência. Esses componentes formam aquilo que é chamado de self. Por outro lado, as pressões sociais, em especial a aprovação ou desaprovação dos outros com relação às disposições do self, constitui a formação de outro eu, o eu-ideal. Este eu-ideal passa então a ser um objeto persecutório do self, que busca se adaptar a essa projeção a qualquer custo. Isso acontece porque, segundo Horney, alguns ambientes são “tóxicos”, ou seja, geram dependência. É exatamente o que acontece com o meio social em que vivemos. Estamos tão habituados a nos deparar com uma relação de interdependência com os demais membros de nosso meio que tendemos a considerar sua opinião como boa e preciosa, na exata medida em que esta opinião esteja mais firmemente arraigada no senso comum, e não na racionalidade. Temos então a dependência de captar essa opinião para nos adaptarmos a ela, e daí a “toxicidade” do ambiente fica explicada. Basta que pensemos na famosa ditadura da magreza para que percebamos a dissonância entre os gordinhos que somos e os magrinhos que querem que sejamos. A angústia do desalinhamento do eu-real com o eu-ideal é, inclusive, a principal fonte de nossas neuroses.

Já discutimos que a espiritualidade é espontânea e a religião é normativa. Neste caso, a espiritualidade está no campo do eu-real, enquanto a religião prescreve a regra, dizendo o que é o eu-ideal. Se esta regra foge do espaço celebrativo e vai para as escolhas pessoais, foge também da catarse e vai ajudar na formação do eu-ideal, com a pressão subsequente no indivíduo.

Haverá quem diga: as coisas têm que ser assim mesmo. Outros dirão: é uma toxicidade. Eu não sei. Da minha parte, compreendo ambas, mas tendo a concordar com a segunda.
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Normalmente, concluo meus relatos de viagem com um epílogo. Desta vez, deixarei em aberto, pois já programei (ao contrário do que costumo fazer) uma semana em que me dedicarei exclusivamente ao Núcleo Santa Virgínia, tanto em SLP quanto em Natividade da Serra. Quando encerrar esse tour, tratarei, aí sim, de coligir todas as impressões em um único texto. Até lá e bons ventos a todos!

Recomendações de leitura:

Como eu já disse, Karen Horney traz uma inédita visão feminina sobre a psicanálise. Muito embora a psicologia moderna tenha superado boa parte de suas teses, seu entendimento social é muito interessante de se ler.

HORNEY, Karen. A Personalidade Neurótica de Nosso Tempo. Rio de Janeiro: Difel, 1983.

Comte-Sponville é um filósofo parisiense ainda ativo, herdeiro da tradição existencialista, uma referência importante na nova Filosofia. Seu livro não é um libelo raivoso contra a religião, mas uma análise das contradições de um mundo onde a mesma já espalhou suas raízes de tal forma a poucas relações serem desassociáveis de seu substrato.

SPONVILLE, André Comte. O Espírito do Ateísmo. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

Finalmente, o livro abaixo traz pouco texto e muita foto das festas do Divino Espírito Santo em SLP, o que o torna um material indispensável para conhecer sua dimensão à distância.


VIEIRA, Nana. O Divino em Festa: São Luiz do Paraitinga. São Paulo: Terra Virgem, 2008.

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