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sábado, 13 de agosto de 2022

O autoflagelo que vem do caminho diário e as cadeias de influência que permeiam toda a História

(Nossa vida é uma rede infinita de influências. Isso pode ser visto em ponto grande na própria história da Filosofia)

Olá!

Desde a aurora dos tempos, os hominídeos se diferenciaram dos demais animais pela sua capacidade de abstração. Houve um dado momento em que essa característica atingiu um nível de sofisticação tal que o homem começou a reconhecer que existia algo além dos seus sentidos, como se houvesse um "lado de lá". A cultura que deu substrato a estes seres reuniu os sentimentos de transcendência e os sistematizou, fazendo nascer as religiões. 

Como esse é um termo latino que significa religar, há que se supor uma desconexão, algum tipo de afastamento, e esse pode ser por inúmeros motivos, alguns indetectáveis. Para que se restabeleça a ordem das coisas, os fiéis oferecem alguma forma de sacrifício individual às suas divindades. Não obrigatoriamente na forma de rituais cruentos, mas através de imposições a si mesmos, que muitas vezes partem para o físico. São jejuns, reclusões e outras mortificações, chegando ao extremo das autoflagelações, quando se realizam punições contra o próprio corpo, pela expiação dos pecados próprios e/ou de outrem.

Parece uma prática perdida nesses rincões mais afastados do planetinha azul, mas há no seio do próprio Cristianismo quem cometa tal ato. É como nas confrarias penitentes dos católicos. Por ocasião da Semana Santa, eles laceram suas carnes com açoites especialmente produzidos para tanto, o que os faz ficar recobertos de sangue e com as costas completamente raladas.

Embora eu seja contrário a esses costumes extremos, a verdade é que eu mesmo, de tempos em tempos, pratico também meus autoflagelos. A coisa é toda mais ou menos assim: para quem não é habitué deste espaço, sou morador do centro de SP, a Terra da Garoa, a Capital da Vertigem, a Metrópole da Solidão. Vim morar neste lugar inóspito por cansaço de viajar todo santo dia dentro da própria cidade, e não me arrependo. Ocorre que, mesmo trabalhando na mesma Sé em que resido, ainda assim é preciso dar minha caminhada. De dia, o movimento é intenso, tanto do povo quanto das lojas. Em muitas delas, chegou-se à conclusão de que colocar música sertaneja é uma boa ideia para atrair clientes. Deve ser mesmo, porque o fenômeno se dá em sequência, e pela rua muita gente cantarola o maior sucesso da última semana ao lado das caixas acústicas sobrecarregadas.

A mim, é um suplício. Como as coisas não andam seguras e me foi expressamente contrarrecomendado o uso de fones, vou de ouvidos abertos, praguejando contra céus e infernos. Mas sou democrata e me coloco no lugar de vencido, sem estardalhaço.

Acontece que esse mesmo espírito fica cutucando minhas convicções e dizendo para eu deixar de ser preconceituoso. “Preste atenção no que eles dizem, não é possível que tanta gente os aprecie e que eles não tenham nada a dizer”, diz meu fantasminha interior, em claro apelo à maioria. E é o que eu faço, de tempos em tempos. Desprezo as melodias perturbadoras e vou observar as letras, porque pode ser que haja um desnível entre ambas, e, mesmo estando longe do campo acadêmico, podem ser muito boas em sua simplicidade, como tantas vezes já aconteceu na música popular. Asa Branca é a perfeita síntese do que sente o retirante que é obrigado a deixar terra e família, Romaria demonstra a fé do não-religioso, Iracema é a fala daquele que só tem a própria memória para resgatar o passado, como tantas outras pérolas que não foram lançadas em orquestras sinfônicas, mas nos bares, nas rodas de toada, nos alpendres das casas perdidas no interior.

Só que o resultado é sempiterno: de onde nada se espera, é de lá que nada vem mesmo. As letras não contêm a mesma simplicidade formal mencionada nos exemplos que eu dei, mas um vazio dentro do vácuo. Monotemáticas, com rimas pobres, estrutura repetitiva e profundidade zero. Musicalidade não há, como poderei descrever melhor em outro texto, que já estou escrevinhando. Há atrevimentos piores, como aproveitar melodias oriundas de outros estilos e adaptá-las ao universo em questão, gerando heresias como a transformação de The Sound of Silence, de Simon and Garfunkel, em É por Você que Eu Canto, de Leandro e Leonardo. Essa adaptação nem é das piores, mas meu precitado instinto democrático se esvai quando penso em monumentos da arte, que deveriam ser tratados como patrimônio histórico e artístico. A canção em tela é de um lirismo ímpar, um clamor em um mundo que se comunica sem se compreender, cuja leitura já se justifica por si mesma, sem a necessidade de estar musicada. E olha que muito de sua poesia se perde por conta da tradução. Músicas assim não poderiam ser vilipendiadas dessa forma… Bom, vou voltar para a casinha.

Meu autoflagelo se consuma ao depurar o tempo perdido na empreitada e no arrependimento certo, mas o fenômeno se repete, nem sei bem o porquê. A qualidade de nossa principal corrente musical é coisa para ser discutida, sim, mas em outro momento. Por ora, basta reconhecer que, evidentemente, minha ojeriza a esse tipo de música não brota de um campo que não tenha sido adubado com repulsividade. A culpada, como pude descrever neste texto, foi minha mãe, pobre dela, já morta e sendo-lhe imputado o pecado. Só que fazer uma leitura simples desse texto não vai esclarecer muita coisa, e dar impressão de ranço despropositado por parte da defunta genitora. Assim, cabe fazer um rápido detalhamento.

Como acontece inúmeras vezes nesta vida, minha mãe não teve um casamento feliz. Ela era o oposto mais perfeito possível do meu pai, até mesmo na questão de horários. Minha mãe era noturna, gostava de ir dormir tarde; meu pai era madrugadeiro, talvez educado por seus anos de roça. Ela era um ser eminentemente urbano, dançava e ia a cinemas e teatros; meu pai gostava das coisas mais do campo, como pescar e chupar laranja no pé. E ele bebia, bebia de dar gosto. O mais grave é que a personalidade dele melhorava quando bebia. Era casmurro quando sóbrio, e só se soltava após algumas doses. Então havia o delicado equilíbrio entre o momento exato entre o início do contentamento e chegada ao porre. Essa linha era facilmente saltada, e só se resolvia depois do sono, com a consequente ressaca e assim por diante.

Ora (direis), por que sua mãe aceitou esse estado de coisas? Por que não cortou o mal pela raiz, antes de se casar? Eu responderia que a divergência entre expectativa e realidade, tão comum na vida da gente, aplicou-se ao caso dela também. Sabe aquela história? Ele vai melhorar, ele vai se emendar, depois que nascem os filhos a vida muda e a conduta também. Não, não muda. Era um homem cinco anos mais velho, com profissão fixa, em um tempo onde isso era o bastante para dar a uma mulher da classe social da minha mãe seu destino inexorável: o matrimônio e filhos para cuidar. Não havia nada de frustrante na essência daqueles tempos, que tantos insistem em chamar de bons, mas ter um bom companheiro ainda era o mínimo que se esperava.

Com o tempo, a esperança se esvai e tudo o que eram pequenos defeitos, que seriam toleráveis, vão se tornando irritantes: a toalha de mesa usada como guardanapo, o monte de cavacos preso nas botas, o radinho de pilha ligado o domingo inteiro, a música que se ouve… Se minha mãe já não gostava do estilo, ela passou a odiá-lo, por lhe trazer na mente um distintivo da presença que já não lhe trazia mais prazer. Estou falando em um tempo, meninos e meninas, em que o divórcio ainda não era permitido, e quando isso passou a ser possível, causava uma péssima imagem às mulheres.

Eu-menino não tinha um discernimento apurado o suficiente para diferenciar as coisas, e fui sendo mais e mais influenciado a detestar um estilo que, se não era brilhante, ao menos ainda guardava alguma pureza. Mas dá-lhe Duduca e Dalvan, dá-lhe Mato Grosso e Matias, dá-lhe Milionário e Zé Rico, dá-lhe Irídio e Irineu, dá-lhe Trio Parada Dura. As coisas da terra não são mais cantadas, só aquela lenga-lenga pseudo-romântica, que foi se agravando com o tempo e desembocando exatamente no ponto onde se dá minha tortura pessoal hodierna.

Não se pode negar o poder que as influências exercem na vida da gente. Por vezes, elas são tão poderosas que acabam por determinar rumos históricos. Ou filosóficos. A ponto de se promover divisões profundas.

O episódio que eu gostaria de contar aqui diz respeito a Friedrich Hegel, um dos mais fundantes filósofos alemães. Seu pensamento é de enorme complexidade, e já abordei ele mais de uma vez no blog. Sua maneira de desenvolver os raciocínios fez com que uma conclusão bastante polêmica viesse à tona. Vamos passo a passo.

Já falei sobre a dialética em Hegel, neste texto. Para fins do nosso objetivo, vou repisá-la um pouco. Hegel entendia que o pensamento humano funcionava na mesmíssima chave de todo o restante da realidade. Entretanto, ao contrário do que poderíamos pensar intuitivamente, a realidade não se processa de maneira linear. Tudo o que existe está em movimento constante, e esse movimento se dá na direção de sua contradição. Em nossa vida, caminhamos para a morte, seu oposto. Acontece que, enquanto não se morre, se vive, ora essa. O que eu era há vinte anos ruma para o que eu serei daqui a vinte, e eu sou a síntese do que há entre o jovem e o velho: o homem de meia-idade. O melhor exemplo de todos é o da planta: uma semente se transforma em broto. Sendo broto, ela já não é mais semente. É, de certa forma, uma negação de si mesma. Depois de ser um broto, era vai virar flor, que já não é mais o broto, e depois vai virar fruto, que já não é mais a flor, até voltar a ser semente. Esse movimento da realidade é, no dizer de Hegel, dialético.

Transposta para o pensamento, a dialética começa por uma tese, que se opõe a uma antítese, e desemboca em uma nova ideia, já transformada pela afirmação e sua oposição, a síntese. Acontece que, como eu disse, Hegel compreendeu que esse processo de pensamento nada mais é do que um reflexo da realidade. Tudo está na História e tudo é História, inclusive a maneira como nossa consciência se projeta sobre as coisas e sobre os fatos. Eu dizia, em uma música minha, algo que era vergonhosamente óbvio, mas surpreendentemente hegeliano:

Se hoje somos o que somos

Foi porque fomos o que fomos

O bem ou o mal foi consumado

Na vida dos filhos do passado

É exatamente isso. Nosso presente é a síntese de toda a história, não só no desenrolar dos acontecimentos, mas na maneira como olhamos para eles. Coloque alguém que viveu a 3000 anos atrás diante de nossos livros de História, e sua percepção seria completamente diferente da que temos hoje. Isso porque sua razão não passou pelas transformações que foram se dando durante o intervalo de tempo que há entre nós e ele.

Esse estudo das contradições é, inclusive, uma maneira de se definir o melhor modo de estudar Filosofia. Quando eu ainda era um estudante da área, tinha em mim que lecionar de maneira cronológica era uma chatice, porque teria que seguir uma linha predeterminada, por onde teria que passar em conjuntos de ideias arcaicas, desinteressantes. Contudo, é somente estudando a Filosofia através de sua história que conseguimos decifrar seu estado atual. A ética de hoje é a síntese das diversas éticas corridas nos tempos. A metafísica de hoje é a síntese do que se pensou em metafísica no passado, e é uma nova tese, que sofrerá nova antítese, até chegar, no devir, a uma novíssima síntese.

Essa espiral que representa a realidade parece eterna, vai subindo, subindo, subindo sem ter um limite. Acontece que Hegel estabelece um fim para esse ciclo: a chegada ao Espírito Absoluto. Cabe aqui esclarecer que "espírito" na filosofia de Hegel não significa um sinônimo para alma, mas uma espécie de metáfora para a vivacidade do racional, que vive por dentro das mentes e que repete o mesmíssimo ritmo dialético de toda a realidade. O Espírito Absoluto se dá quando o confronto entre tese e antítese resulta sempre na mesma síntese, ou seja, a realidade ganha estabilidade. E aqui vem a polêmica.

Se todo o processo dialético se encerra na estabilidade do Espírito Absoluto, é de se supor que também os elementos culturais e sociais sigam a mesma lógica. Portanto, haverá um momento tal em que uma determinada sociedade encontrará uma situação estável, e não mudará mais. Hegel vivia na Prússia, no território onde hoje se situa a Alemanha, e uma boa parte de seus contemporâneos entendia, à luz das suas ideias, ter atingido a sociedade prussiana seu ápice.

Aqui nós vamos ter uma grande cisão entre os discípulos de Hegel. Ele foi um professor de grande popularidade em seu tempo - a quantidade de anotações de aulas feitas por seus discípulos comprova essa afirmação. Só que um sistema estruturado de maneira tão complexa não poderia levar a um entendimento unívoco, gerando algumas correntes que lhe são subsidiárias. Fundamentalmente, esta divisão se dá com aproximada reprodução dos sistemas parlamentares da Assembleia Francesa, ou seja, uma direita conservadora e uma esquerda revolucionária. Em síntese, a direita hegeliana entendia que o Estado prussiano já tinha atingido o auge da estrutura dialética e que não havia nada mais a se evoluir, enquanto a esquerda raciocinava que havia ainda escalada a acontecer, com aperfeiçoamentos sociais e políticos a ocorrerem.

Os conservadores vieram primeiro, e são apelidados de velhos hegelianos. O Estado prussiano, no entender destes, escalou todos os pontos possíveis das realizações políticas, econômicas e sociais, estando no máximo da espiral dialética. Sem dúvida que a influência cultural exercida pela religião luterana ajudava muito a se chegar a esta conclusão, porque, segundo eles, os aperfeiçoamentos do cristianismo original, que passou pela fase católica, chega em perfeita racionalidade ao Luteranismo, e todo ciclo de tese, antítese e síntese faria resultar novamente no mesmo Luteranismo.

Acontece que esta é uma clara visão de quem já detinha poder e privilégios. Qualquer um que não se beneficiasse da mesma situação conseguiria observar que havia muitas aparas, arestas e pontas soltas na sociedade prussiana para que a ascendente dialética não pudesse requerer novos confrontos. É com essa dimensão que surge uma onda concorrente aos conservadores, os assim chamados jovens hegelianos.

Mais do que uma discrepância política, os dois grupos se debatiam no seguinte ponto: até que ponto o Cristianismo (mais especificamente o Luteranismo) harmoniza-se com o sistema hegeliano? Essa pergunta nasce essencialmente da tríade de conteúdos que corporificam o Absoluto: a Arte, a Religião e a Filosofia. A Arte é a apreensão do sensível, e não entra no debate. Já a Religião expressa o conteúdo pela forma de representação e a Filosofia pelo conceito. Para Hegel, a Religião deveria transitar para a Filosofia, porque os conceitos são mais ligados ao Absoluto do que uma representação, principalmente porque o conceito é mais definitivo do que as diversas formas que podem ser manifestas pelas diferentes religiões. O que afirmava a direita hegeliana? Que a religião cristã já é ela, por si só, uma expressão de conceitos, sendo ela mesma Filosofia, e que, portanto, não está ainda submetida ao regime dialético, atingindo sua plenitude. Estão nessa escola Karl Göschel, Johann Erdmann e Kasimir Conradi, para citar três autores.

Óbvio que os jovens hegelianos riam às escâncaras dessa tentativa de imobilizar o curso histórico proposto por Hegel. Para demonstrar sua oposição, colocavam em xeque não o Luteranismo, mas seu próprio nascedouro: Jesus visto como ser divino. São todos autores interessantes a quem poderei voltar quando tiver os estudado melhor. Para David Strauss, a colocação de Cristo como a fusão do humano com o divino produz uma unidade sintetizada em um indivíduo específico. Todavia, para ele, isso não inviabiliza que a união entre finito (homem) e infinito (deus) na própria humanidade. A humanidade como um todo não peca: quem o faz é o indivíduo. Centrar a união homem-Deus em um único indivíduo vai fazer o conceito padecer do mesmo mal. Ele é, portanto, uma das representações possíveis, como havia definido Hegel.

Bruno Bauer faz uma crítica ainda mais pungente, duvidando até mesmo da historicidade do ser humano Jesus. Ele nos diz que, apesar de todas as narrativas contando milagres e ensinamentos, nada há de prova para a existência de um filho de carpinteiro que confrontava as sinagogas, a não ser a representação de uma forma de pensar do povo, em clara antecipação a Ludwig Feuerbach. Ele diz ainda que a religião é um ato de profundo egoísmo, atribuindo destino salvífico a indivíduos, e menosprezando a realização humana como objetivação do mundo.

Max Stirner aprofunda a noção baueriana de egoísmo religioso. Ele entende que, quando criança, um indivíduo se apega ao real concreto, por não ter ainda suficiente capacidade abstrata, portanto apresentar um deus para ela significa fazer comparações com entidades concretas, como o pai ou o rei. Ao se tornar jovem, já aí consegue lançar mão de abstrações, de modo a transformar o concreto em conceito. E é aí que ocorre de se lançar adoração a um conceito: do que é bom, do que é justo, do que é generoso. O jovem pensa adorar a uma divindade, mas adora a um conceito, ou um conjunto deles. Este conceito, então, se transmuda em uma relação de poder, sempre vindo da transcendência em direção ao indivíduo, e nunca o contrário. É quando o jovem passa a crer de fato, a ter uma religião. Ele nota, no entanto, que invocar o conceito deus também lhe traz algum poder, só que sobre outros indivíduos: deus te castigará, deus te abençoe. Estas imprecações estão ao alcance do indivíduo, e são ferramentas para ele. Entretanto, ao chegar à idade adulta, o indivíduo percebe que o conceito nada mais é que uma palavra, uma invenção humana, que serve essencialmente para concretizar os seus desejos, e que ele mesmo usa para autoconforto, para exercício do poder. O conceito nada mais é do que uma palavra emancipada, que ganhou significado para além do seu próprio alcance. O universo do indivíduo, nesse sentido, encerra-se em si mesmo - nem deus, nem a humanidade é algo a se crer e ser idealizado. O homem se guia pelo egoísmo absoluto.

Notem como nenhum desses jovens hegelianos, embora concordem com a historicidade da razão e com o passo dialético da realidade, tem pensamento compatível com a ideia de uma sociedade prussiana em plenitude, especialmente no alinhamento da religião cristã luterana com a filosofia conceitual de Hegel, como queria a ala direita. Deles saiu uma cadeia de influências que foi parar em Marx, que foi parar no Existencialismo, na Escola de Frankfurt, em Zizek, e tanta gente mais, até os dias de hoje, sem contar tanta Filosofia que brotou exatamente para contrapô-lo. E mesmo Hegel trouxe a noção de devir de Heráclito, de continência da substância no ato e potência de Aristóteles, na oposição à razão apriorística de Kant e tantas outras influências.

Nós somos nossas influências, mesmo que seja um velho ressentimento materno. Bons ventos a todos!

Recomendação de leitura:

Hegel não é nada fácil, mas não podemos nos furtar da tentativa. Pegue um bom manual, tome informações esquemáticas e parta para a tentativa. O livro abaixo é um bom começo.

HEGEL, Friedrich. Ciência da Lógica. Petrópolis: Vozes, 2018.

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