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terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Dos dias em que o vento nos afasta do mar - Epílogo (sobre o fogo e a Hipótese de Gaia)

Olá!


E aqui estou eu, de volta à Pauliceia Desvairada, com poeira vermelha até entre os dentes. É bem verdade que a transição entre o inverno e a primavera no Sudeste é seca, mas quando você se enfia inúmeras vezes no meio de estradinhas de terra, a sensação desértica se agrava muito. Mas não comecemos reclamando da vida, porque só a morte é certa. Gostei muito de saber, por exemplo, que é perfeitamente possível manter estradas em boas condições de uso sem arrancar os cabelos dos transeuntes com infindos pedágios, como é tão bem sedimentado no tarifado estado de São Paulo. Pedágio é fogo, assim como secura é fogo. E fogo é o que mais eu vi no decorrer desta jornada.


Seja pelo precitado tempo seco, seja por técnicas primitivas de preparo para a lavoura, o fato é que incontáveis vezes atravessei com o intrépido Bedelho em meio à fumaça das queimadas, algumas delas com verdadeiro risco. É óbvio que não fiquei fotografando cada um dos momentos em que vi uma fogueira ou uma terra calcinada, mas a coisa ficou tão digna de nota que acabou inspirando este texto. A primeira foto, por exemplo, foi tirada logo no começo da viagem, na estrada que liga Passa Quatro a Itamonte. Já a segunda foi batida no alto do mirante do Cruzeiro, em Caxambu, que mostra uma grande extensão de mato queimado, possivelmente para preparar a terra para o cultivo.


Uma boa parte, no entanto, não se deve a técnicas agrícolas, mas a causas acidentais, porque achamos fogueira até mesmo em área urbana. Esta foto foi tirada em Caxambu, no acesso principal à cidade. Uma guimba tacada do vidro do carro é suficiente para iniciar a combustão.


Algumas vezes, temos a sensação de perigo bastante iminente neste fenômeno, seja ele natural, seja ele provocado. Em Jesuânia, por exemplo, encontramos um casarão onde a chama chegou bem perto. É uma casa grande, mas que deve ter ficado toda sufocada quando a fumaça a rodeou, eu suponho. Se a coisa não era esperada pelos donos, pode ter sido arriscado.


Já em Itamonte, o fogo foi próximo a uma região preservada, em uma das inúmeras quedas d’água da região. Observem o mato esturricado ao fundo da paisagem com mata densa. Um minuto de descontrole e as árvores que dão refresco ao ambiente iriam para o inferno. Aqui, seguindo a mesma incerteza, não se pode saber se temos intervenção humana ou se o acaso deu suas caras positivamente. Um vento maroto mudaria toda a história.


Pode ser que alguém experiente nessas coisas esteja lendo isso tudo e dando risada da minha aflição. Talvez as coisas sejam assim mesmo, que o fogo tenha consumido lavouras a séculos, e que essa seja uma maneira mais econômica de resolver a limpeza das áreas. Não é o que eu, do alto de minha urbanidade, tenho observado, mas... O preocupante mesmo é quando as fogueiras escapam da região de lavouras e vão parar na área de proteção ambiental. Como eu já disse nessa série, a região é toda rica em reservas de Mata Atlântica, com fragmentos espalhados em toda parte, que representam, para olhos cobiçosos, terra que poderia ser aproveitada de outras formas, como em São Thomé das Letras, lá ao longe.


No tempo em que passamos por lá, ouvimos notícias de incêndios em Lambari, em Aiuruoca, na Serra do Papagaio e em muitos outros lugares. Testemunhamos o fogo que ocorria na serra que fica à beira da estrada que liga a Cambuquira, com vários pontos de emissão de fumaça visíveis. Esse me pareceu o incêndio maior, e lembro que vimos uma vista aérea dele pela TV.


Difícil de acreditar que um incêndio desses ocorra por combustão espontânea. Mais ainda para alguém que vive e conhece a terra como os guias do Parque Nova Baden, de Lambari. Eles afirmam com todas as letras que tais fogos são ateados pelos proprietários de terra, loucos para expandir as fronteiras de seus pastos e lavouras, e para quem essas matas preservadas são um empecilho. Suas intenções é causar a perda da biodiversidade desses fragmentos, de modo a tornar inviável ou desinteressante sua recomposição. Quer dizer, não há apenas o interesse em diminuir a área florestada, mas em espantar a fauna ali residente.

Se isso tudo for verdade, estamos diante de um crime inaceitável, que não se explica pela necessidade, mas puramente pela ganância. Um crime que transcende os prejuízos teoricamente românticos da vida de plantinhas e bichinhos, o tal patrimônio biológico que os ecologistas tanto defendem. A coisa vai atingir a atmosfera, com suas não poucas toneladas de gás carbônico despejadas no efeito estufa.

A falta de compreensão das longas cadeias de causa e efeito que o pessoal que comete estes atos é tanta que acabamos por cair em grandes riscos globais. Talvez fosse interessante conhecer a Hipótese de Gaia. Não como candidata a teoria científica, mas como postulado filosófico de uma nova ética ambiental. Vamos compreender o que ela diz.

Em primeiro lugar, cabe dizer que Gaia (ou Gea), na mitologia grega, é o próprio planeta Terra, entidade feminina que é filha direta do Caos primordial, e da qual tudo emanou, como o céu (Urano), o mar (Ponto) e as montanhas (Óreas), representando a terra firme. É, portanto, a própria Terra viva, a divinização da fecundidade. Tudo isso está descrito na Teogonia de Hesíodo, já devidamente indicada neste texto. James Lovelock, cientista inglês quase centenário e ainda entre nós, puxou essa ideia de uma Terra dotada de vida própria e a trasladou para termos modernos. Segundo ele, a Terra não é um mero amontoado físico de onde os seres vivos extraem os meios de sobrevivência, mas é, ela mesma, um organismo vivo. A visão habitual que temos do planeta é mecanicista, onde todos os ciclos ocorrem independentemente da presença de vida. O que a Hipótese de Gaia pretende provar é que, sendo o planeta um organismo vivo, tem a capacidade de regular o seu funcionamento, da mesma maneira que convencionalmente fazem os corpos ordinários. Vejam bem. Da mesma forma que nos alimentamos, também a Terra tem meios para obter energia, como o calor e a luz do Sol; assim como suamos para resfriar o corpo ou nos arrepiamos para aquecê-lo, também a Terra se reequilibra climaticamente, com os ciclos de chuva e estações do ano; da mesma forma que adoecemos e reagimos às doenças, também a Terra sofre com as anormalidades e reage a elas, restabelecendo o fluxo normal de sua existência.

Tudo isso não acontece passivamente. Normalmente dividimos a Terra em partes de acordo com seu estado físico: a litosfera é a parte sólida, a hidrosfera é a porção líquida e a atmosfera é representada pelos gases que rodeiam o globo. No entanto, os cientistas ampliaram essa compreensão quase cartesiana para uma concepção do planeta como um espaço de vida, e criaram o conceito de biosfera, a intersecção entre os três meios que tem a possibilidade de abrigar seres vivos. Já aqui temos um primeiro escopo de interação: a biosfera nunca é representada isoladamente – seres precisam de uma combinação dos três estados. Seres terrestres precisam de água e respiração. Seres marinhos dependem dos gases dissolvidos e dos minerais em suspensão. Mesmo seres que prescindem de um dos elementos, e que vivem ao sabor dos ventos, o fazem em estado de latência. O mundo não é um locus do isolamento.

Há, por exemplo, a interação entre seres vivos que transformam toda a composição da atmosfera, que, afinal, não é viva. Os vegetais, como bem sabemos, são quase que em sua totalidade fotossintéticos, o que significa que retiram CO2 da atmosfera e lhe lançam oxigênio. Isso é muito bom, porque dá uma boa renovada justamente naquilo que é mais retirado pelas espécies animais. Só que acontece que oxigênio em excesso na atmosfera também é prejudicial; primeiro, porque há organismos anaeróbicos, ou seja, que vivem na ausência de oxigênio. Uma maior quantidade desse elemento certamente traria menos disponibilidade de ambiente para estas espécies. E segundo: o oxigênio é o principal comburente que temos no ar. Basta lembrar que não há fogo sem oxigênio, pois é este que se combina com um combustível para liberar energia. Uma atmosfera com teor excessivo de oxigênio favoreceria muito mais os processos de combustão espontânea que geram incêndios, cuja principal vítima seria, adivinhem, a flora.

No entanto, as relações entre seres são muito mais complexas do que esses meros exemplinhos podem fazer supor. Como preconiza a ecologia profunda, cada ato realizado por um ente forçosamente influencia a existência de outro, para o bem e para o mal, de modo que, em um conjunto de interações, há a tendência de que o resultado final seja positivo, ainda que às custas do sacrifício de alguém. Mas o mais surpreendente ocorre nas simbioses, quando todos os organismos envolvidos se favorecem na relação, e é nisso que a cientista norte-americana Lynn Margulis desenvolve ainda mais a Hipótese de Gaia.

Esta cientista descobriu uma coisa absolutamente surpreendente, e que demonstra como os processos de interação são muito mais sofisticados e intrincados do que observamos à primeira vista. Uma relação simbiótica bastante comum é o mutualismo que há entre os paguros e as anêmonas. O paguro é um tipo de crustáceo que vive em conchas abandonadas, que são incrustadas por anêmonas, um animal de vida fixa. A anêmona possui tentáculos urticantes, o que protege o paguro de predadores; já o paguro transporta a anêmona em suas caçadas, dando-lhe maior disponibilidade de alimentos. Percebam que não há prejuízo entre os simbiontes – ambos vivem melhor em conjunto do que viveriam isoladamente. Mas Margulis mostra que o buraco é ainda mais embaixo. Como hoje bem sabemos, somos todos compostos por células – todos os seres vivos o são, ainda que, tal qual um paramécio, essa quantidade seja igual a um. As células, apesar da aparente simplicidade, possuem muitas partes, cada uma delas com uma função específica. Grosso modo, são compostas por uma membrana que lhes protegem e dão sustentação; por um citoplasma, meio gelatinoso onde são dissolvidos seus alimentos; e por um núcleo recoberto de carioteca, onde ficam contidos seus materiais genéticos. Além disso, nadando no citoplasma, temos as organelas, que são responsáveis por cumprir as funções orgânicas da célula, como a absorção de alimentos, a excreção e a produção de energia. Esta última é obtida por queima, que utiliza os mesmos elementos de qualquer fenômeno de combustão – a reação entre um combustível e um comburente (o bom e velho oxigênio – se você não sabia porque respira...). Dentro da célula, há uma organela que é responsável por ser o “forninho” onde essa reação se dá. É a mitocôndria, que nos desenhos que nos apresentam nas escolas parece um feijão cheio de cavidades. Até aí, nada demais, a não ser pelo fato de que, ao contrário de outras organelas, a mitocôndria não se aproveita das informações de DNA contidas no núcleo da célula. Isso porque elas possuem um curiosíssimo DNA próprio, totalmente diferente e independente daquele que vem do genoma da célula. Ora, mas a mitocôndria primordial do meu corpo, vem de onde? Do óvulo que te dá origem. Ele também tem uma mitocôndria, e é dela que todas as outras se originam. Assim, quando os processos de divisão celular se iniciam, paralelamente temos também disparado o processo de divisão mitocondrial. Mas por que isso acontece?

Lynn Margulis teve uma sacada que, a princípio, foi alvo de chacotas, mas que aos poucos foi se consolidando, na exata medida em que a tecnologia foi permitindo uma melhor observação microscópica. A tese é a seguinte: com a evolução das primeiras espécies de vida terrestre, ainda unicelulares, algumas delas desenvolveram uma forma de se alimentar sem a necessidade de elementos externos, a fotossíntese. Essa era uma vantagem evolutiva tão grande que os organismos que a realizavam conseguiram se reproduzir aos borbotões. Esse incremento de organismos fotossintetizadores produziu uma verdadeira overdose de oxigênio na atmosfera de então. Mas, como eu já disse, o oxigênio é tóxico para vários micróbios anaeróbicos, que eram maioria à época. Qual a solução para a aporia? Esses organismos fagocitavam sem digerir pequenas bactérias mais simples, que faziam o papel de processar o excesso de oxigênio contido nos seus citoplasmas. É claro que esse processo não aconteceu conscientemente, com uma ameba especialmente brilhante pensando: “Hmm... vou engolir uma bactéria, e ela vai se virar para deglutir esse monte de oxigênio dentro de mim”. O que provavelmente ocorreu foi, mais uma vez, uma adaptação do processo evolutivo. Um micróbio “comeu” uma bactéria como se faz aos bilhões e bilhões, mas, por uma predisposição qualquer, a absorção da bactéria não se deu, mantendo-a viva no interior do organismo, e um processo simbiótico nasceu. Esta é a endossimbiose, ou seja, uma vida conjunta (simbiose) de dois organismos diferentes, onde um vive dentro de outro e lhe compõe, com vantagens para ambos, já que o organismo mais complexo tem alguém para lhe fazer o processo de combustão e a bactéria mais simples acaba sendo protegida do meio externo e não tem dificuldade em captar alimento, o que passa a ser feito pelo grandalhão. DNA’s diferentes, organismos diferentes: a origem da mitocôndria é uma bactéria! Cara, isso é sensacional!

Essa observação dos simbiontes fez com que Lynn Margulis mergulhasse de cabeça na Hipótese de Gaia, a ponto de se tornar um nome mais conhecido que o próprio Lovelock na sua defesa. Mas retornando a esse último, a principal preocupação que ele nos traz é o ponto de não-retorno, que eu acho que ficaria melhor traduzido como ponto sem volta (Point of No Return). Fiquemos com mais um exemplo. Uma pessoa qualquer pode abusar das aventuras tabagísticas em sua vida. Fatalmente, terá problemas, a princípio de pequena monta, como tosse e pigarro. Se parar por aí, tudo bem; o seu próprio organismo se encarregará de recuperar os tecidos surrados e tudo ficará em ordem. Se, por outro lado, o hábito continuar, a tossinha e o pigarrinho vão se tornando coisas piores. Falta de fôlego, menor sensibilidade aos sabores, oxidação dos ácidos graxos e consequentes ateromatoses, aumento da pressão arterial. Novamente, o descarte do costume ainda é o melhor remédio, mas esses sintomas todos já serão mais complicados de tratar, exigindo mais tempo de recuperação. Ao se insistir no vício, vem o enfisema, a embolia, os calos nas cordas vocais, os problemas cardíacos. Ainda são coisas reversíveis, mas já aqui com longos tratamentos e deixando algumas sequelas permanentes. Até que, persistindo-se, vem o câncer, e esse é o ponto de não-retorno. Um tratamento complicadíssimo, com baixo nível de sucesso, geralmente mutilatório, com a extirpação completa do lado afetado. Na maioria das vezes, o tratamento consiste em mitigar as dores do paciente até a morte. Se há a cura, o organismo já está devastado. Nunca mais será o mesmo, nem de perto.

O que Lovelock chama de ponto de não-retorno é um desequilíbrio tal que o organismo Terra ficará adoecido a tal medida que não conseguirá mais se restabelecer, como se estivesse canceroso. O caso do efeito estufa é um modelo bem acabado do problema. É um fenômeno normal e é desejável que ele ocorra. A maneira mais fácil de percebê-lo é quando temos um dia de céu aberto no verão, e, ao cair da tarde, o tempo encobre, sem chover. É a garantia daquelas noites abafadiças, que dá vontade de dormir abraçado com uma barra de gelo. Isso porque a camada de nuvens impede que o calor se dissipe para as partes mais altas da atmosfera. Mas o efeito estufa tem limites. Se observarmos o planeta Vênus, que é muito próximo e semelhante à Terra, veremos que o efeito estufa lá é coisa de gente grande, e a camada de nuvens composta por espessas quantidades de gás carbônico, bióxido de enxofre e ácido sulfúrico simplesmente impossibilita o escape de calor, que fica todo concentrado abaixo das nuvens. Mesmo mais longínquo do Sol, Vênus é mais quente na média do que Mercúrio. Esse é um dos pontos de não-retorno possível para o planetinha azul, na medida em que um círculo vicioso de concentração de CO2 na atmosfera pode quebrar o equilíbrio de renovação gasoso, e o aquecimento global é o seu arauto.

Não é possível afirmar que a Terra não esteja mais quente, seja por ação humana, seja por um ciclo natural. É uma coisa empírica, e quem tem minha faixa de idade ou mais se lembra muito bem. Até o final da década de 80, os invernos eram verdadeiramente frios em São Paulo. Três longos meses de orvalho congelado na grama, toucas e luvas, cachecol tapando a boca para o vento não a cortar. Existia o nevoeiro que celebrizou a cidade e um negócio que chamávamos de veranico, que era a subida da temperatura para uns 25 graus por dois ou três dias, no máximo uma semana. Hoje, o veranico dura o inverno inteiro, com picos de mais de 30 graus. Dá até para programar viagens para a praia. Dois ou três dias, hoje, é o tempo que dura o frio de verdade.

A resistência às medidas para mitigar o aquecimento global tem motivo simples e vem sempre do mesmo lugar. Estamos em um mundo que tem um sistema econômico consolidado, que se baseia no lucro, e que detesta que lhe digam o que fazer. Diante do dedo colocado na cara, preferem lhe cuspir em cima do que baixar a cabeça. Gaia nos diz que isso é um órgão que se revolta contra o corpo, como se fosse um câncer. Os protocolos para a diminuição de emissão dos gases do efeito estufa são simplesmente esnobados por quem mais deveria se preocupar com a questão, em uma atitude arrogante e imediatista, para dizer o mínimo. Em que medida não estaremos brincando com uma faca afiada, desconsiderando que essa não ferirá de morte apenas a nós? E outra coisa: ainda que o aquecimento global seja causado por ciclos naturais e inevitáveis, isso deve consistir em um salvo-conduto para que se suje o planeta do jeito que se bem entender? Tenha dó.

Por isso mesmo, a Hipótese de Gaia, ainda que não guarde toda a cientificidade que deveria, tem o condão de produzir em nós um efeito ético e estético, e para nos preparar contra os argumentos de quem não quer largar o osso do lucro a qualquer custo. Ético por nos fazer pensar nas consequências de nossos atos a nível global, e não só olhando para os nossos quintais. E estético porque nos toca, porque nos chama as sensações, porque nos afeta os sentidos como partícipes de algo que vai além da irmandade, algo que suplanta a visão da humanidade como superiora ao restante do universo, e que lhe integra em definitivo à realidade como um todo. Não é por ser um apelo à emoção, mas há horas em que precisamos ser chamados por aquilo que nos atinge mais rapidamente, e, a despeito do que há de potencial preditivo em Gaia, têm momentos em que precisamos aceitar os convites para parar e pensar.

Por fim, meus caros amigos, fecho os relatos deste périplo, peço minhas escusas a cidades como Itanhandu, Aiuruoca e Soledade de Minas, mas não deu tempo de ir em todas, e agradeço a companhia de todos em mais essa viagem, em especial à paciência em seguir essa minha lógica louca de retirar pensamentos intrincados de atos simples como ficar de papo pro ar, no meio de um lago e ao lado da indefectível patroinha. Um bom ano a todos.



Recomendações várias:

Primeiro, as cidades. Como de costume, recomendo todas, porque sempre há um lugar, uma dose, um acepipe ou uma pessoa interessante para contar histórias e falar bobagens. Sempre indiquei caminhos a partir de São Paulo, mas os GPS’s da vida tornaram esse tipo de informação obsoleto. Seguem só as distâncias:

Pouso Alto – 272 Km
Passa Quatro – 242 Km
Itamonte – 270 Km
Lambari – 273 Km
Cambuquira – 293 Km
São Lourenço – 294 Km
Carmo de Minas – 298 Km
Jesuânia – 282 Km
Caxambu – 303 Km
São Thomé das Letras – 348 Km
Cruzília – 342 Km
Baependi – 308 Km
Conceição do Rio Verde – 312 Km

Vou recomendar também dois livros, que tem o registro da Hipótese de Gaia. O primeiro é do seu criador.

LOVELOCK, James. A Vingança de Gaia. São Paulo: Intrínseca, 2006.

O outro é de Lynn Margulis. Ela é bastante polêmica, mas, neste caso, podemos dar foco no que ela acerta e no que ela alerta.

MARGULIS, Lynn. O Planeta Simbiótico. Rio de Janeiro: Rocco, 2001.

Por fim, sobre Margulis, tem um videozinho muito bem explicado sobre a endossimbiose das mitocôndrias no canal do Pirula, a quem já recomendei em outra postagem (o canal como um todo, não o vídeo):

https://www.youtube.com/watch?v=X4JQKdW8PiY

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