(Falar de artigos científicos eu já falei, mas vocês devem estar ouvindo muito sobre revisões sistemáticas e metanálises. Chegou a hora de pincelar sobre o assunto)
Olá!
A patroa sempre gostou muito de cozinhar. Não no estilo
trivial variado, mas na elaboração de novidades para finais de semana e
sobremesas. Suas fontes são as mais variadas possíveis, incluindo velhas
anotações feitas em papel de pão, receitas televisivas transcritas em folhas de
caderno, impressões de receita catadas de sites e fotos de folhas de livros.
Ora (direis), com o advento das plataformas de vídeos, tudo isso ficou
obsoleto. Eu responderei dizendo que é bem verdade, mas ainda não é de todo higiênico
enfiar as mãos cheias de manteiga na tela de um celular, e ter uma folha com as
coisas anotadas supre bem essa carência.
Por outro lado, devo concordar que o método das folhas
soltas causa vontade de chorar quando é preciso procurar algo específico. O
índice é o acaso e, mesmo quando se encontra algo semelhante ao que a patroa
quer, não é possível ter certeza, porque muitas delas são semelhantes. Imagine
uma receita chamada “bolo de chocolate”. Quantas amostras diferentes não
existem em uma caixa de mercado lotada até a boca? Eu aconselhei minha pequena
patroinha a fazer anotações mais detalhadas, especialmente no que se refere aos
resultados, mas ela faz ouvidos de mercador e todas as vezes que a busca se faz
necessária, é das fases mais longas do preparo como um todo.
Já propus a ela fazer uma classificação, oferecendo-me a
fazer a digitação, mas a coisa está gravada no meu computador somente até a
página 9. Duas ideias eram o coração da coisa: criar um índice e colocar
palavras-chave, o que reduziria em muito o tempo de busca, a principal pedra de
tropeço do “método” adotado atualmente. Vamos ver se em algum momento a coisa
vira.
Tudo isso veio à tona porque as coisas estão apertadas e
ofertas razoáveis se tornam irresistíveis. Chegou uma encomenda de um bolo
enorme, para cerca de 70 pessoas, e minha esposa pegou para fazer e garantir
uns cobres a mais no parco orçamento. Só que um bolo de 25 kg não é um
enche-dente de meio quilo, e não dá para mui simplesmente multiplicar por
cinquenta uma receita qualquer, sendo necessário utilizar alguma coisa mais
firme. E por isso tivemos que, mais uma vez, procurar a agulha no palheiro.
Vocês tem acompanhado ultimamente um tipo de discussão que
nem em sonhos tínhamos antigamente, que é a questão de como a Ciência funciona.
Isso aconteceu em boa parte por conta da pandemia sem fim, onde discussões
sobre remédios válidos e vacinas elaboradas em tempo recorde trouxeram
perguntas sobre o que tem valor para determinar seguranças de uso. Como muito
despautério caminhou alegre por essas sendas desde que as redes sociais
permitiram espalhar qualquer tipo de teoria conspiratória, eu me senti na
obrigação de lançar minhas sementes de compreensão, porque é tarefa da
Filosofia dizer o que uma Ciência precisa fazer para ser o que é. Então eu
falei sobre revistas
de divulgação científica, sobre as diferentes
formas de inferir conclusões, sobre a importância
da existência de grupos controle, sobre a metodologia
de pesquisa científica, sobre a falseabilidade
e seus aperfeiçoamentos,
e achei que também era necessário tratar de outro tema muito recente, que
sempre se aborda quando o assunto é área médica, mas que também se presta às
demais áreas de pesquisa. É a questão da revisão
sistemática, em especial a parte da metanálise.
Sabemos que a principal ferramenta da Ciência é o artigo, porque é neles que o cientista coloca a público seus experimentos, informando os métodos e protocolos que utilizou, como conduziu os procedimentos e o que foi possível concluir deles, colocando-os à prova para que outros pesquisadores possam reproduzi-los e trazer mais informações para o mesmo assunto. Ocorre que, especialmente na Medicina, há inúmeros estudos de caso que acabam por se tornar artigos, o que faz com que proliferem múltiplas peças sobre o mesmo tema, com resultados que podem variar. E mais: com n amostrais muito pequenos. Desta forma, tornou-se útil que esses artigos se tornassem agregados, o que dá duas vantagens: unifica o conhecimento que se tem sobre o tema e expande o n amostral que cada artigo primário traz para a revisão.
Uma revisão sistemática, formalmente, tem os mesmos itens de
um artigo primário:
O que haverá de diferente no artigo em si são as declarações dos artigos abarcados e os itens de metodologia própria para revisões. Como essas são sistemáticas, podemos entrever o rigor que é aplicado no seu uso e desenvolvimento. Existem algumas maneiras diferentes de se prepararem revisões, mas vou listar aqui o que há de mais comum entre elas, que envolvem dez etapas.
1ª Etapa: a dúvida
Todo método científico começa com algo muito simples: uma
dúvida. Não se trata de alguma coisa quotidiana, como o que fazer para a janta,
mas uma dúvida metódica, à moda de Descartes.
Sempre devemos lembrar que é a curiosidade, aliada à necessidade, que nos
empurra no rumo da busca por soluções. Portanto, o primeiro passo para a
revisão sistemática é o mesmo de qualquer outra procura científica: ter uma
dúvida.
2ª etapa: a
pergunta-chave
O segundo passo é formular a pergunta-chave. Pode parecer um
pouco de preciosismo da parte do método, mas não é, não. A pergunta bem
formulada é a pedra angular de toda a pesquisa, e serve para determinar com
precisão e delinear o escopo do que se pretende, de modo a facilitar inclusive
a busca futura.
3ª etapa: a busca
preliminar
A terceira etapa corresponde a fazer uma busca preliminar
para verificar se já existem pesquisas que versem sobre a pergunta-chave, ou
seja, se esta já não possui respostas. Essa fase é exatamente aquela que vai
determinar se faremos uma pesquisa do zero, se existe um artigo suficiente para
prover resposta ou se unificaremos o conhecimento disponível, realizando uma
revisão sistemática.
4ª etapa: o
protocolo de pesquisa
A quarta fase começa a dar mais trabalho, embora a revisão
comece aqui a ganhar contornos de seriedade. A descrição do protocolo de
pesquisa é o momento em que o autor informará passo a passo como pretende
realizar o seu trabalho, informando grupos experimentais e controle, quantidade
almejada de artigos para que a pesquisa seja considerada satisfatória, quais
motivos poderão levar a uma interrupção dos processos, um cronograma e
orçamento, se houverem. Ou seja, será uma descrição minuciosa dos parâmetros
que serão seguidos para a execução do trabalho.
5ª etapa: a busca
bibliográfica
Prosseguimos para a quinta fase, a busca bibliográfica.
Aqui, se dará a procura em si dos artigos primários que serão utilizados.
Normalmente, são feitas pesquisas nas publicações mais confiáveis e indexadores
de dados científicos, como Nature, Science, PLoS, Pubmed, Lancet, SciELO,
Cochrane, Scopus e nas revistas das principais universidades, dependendo da
área abordada, mas também é possível buscar resultados avulsos que não foram
objeto de publicação, seja porque os resultados foram negativos, seja porque
são estudos ainda em andamento, mas neste momento é preciso ser muito criterioso
para não utilizar artigos rejeitados (entenda-se que artigos com resultados
negativos NÃO SÃO artigos rejeitados, porque podem ser metodologicamente
perfeitos, mas como não atingiram um determinado objetivo almejado, faz-se a
opção de não publicá-lo, às vezes para aperfeiçoar os vetores dos estudos).
6ª etapa: os critérios
de elegibilidade
A seguir teremos a hora da navalha, a descrição dos
critérios de exigibilidade, que visa segregar todos os itens que serão
utilizados na pesquisa daqueles que serão descartados. Vários critérios podem
ser escolhidos para a melhor consistência da revisão: estudos muito antigos,
por exemplo, talvez não tenham atualidade suficiente para as pretensões; certos
métodos e medidas também podem não ser adequados, assim como quantidades
ínfimas de amostras. É preciso lembrar que toda pesquisa que queira abraçar o
mundo acabará sozinha no baile, portanto é interessante que se estabeleçam
limites para formar o corpus da
revisão.
7ª etapa: a coleta
de dados
O próximo momento é de coletar os dados. De posse dos
artigos eleitos, e especialmente nos casos em que o trabalho a ser realizado é
quantitativo, será preciso tabular os dados que serão objetos das análises. As
pesquisas possuem, ainda que seguindo certas normatizações, variações válidas
na maneira com a qual são descritas, e isso precisará ser balanceado nesta
etapa, com conversões de medidas, por exemplo. Mais ainda: há uma série de
informações que são preciosas, mas que não consistem o cerne da análise que
será realizada. Então é necessário que se tabulem criteriosamente os dados que
serão considerados na revisão.
8ª etapa: a metanálise
Depois vem ela, a metanálise, a grande gordurinha da picanha
de revisões quantitativas. Esse é o ponto central de todo o processo de revisão
sistemática. Não que ela seja obrigatória, mas, quando estiver incluída no
protocolo, ela cumpre o principal papel de transformar vários artigos, com
vários resultados, em um só, além de tornar visualmente mais simples de
compreender uma maçaroca de números. Embora seja uma ferramenta e tanto, como
lança mão de técnicas estatísticas,
a metanálise é nativa para estudos quantitativos, e o mais usual é a utilização
de gráficos que permitam a síntese qualitativa. Como a metanálise é originária
da área da saúde, o gráfico mais utilizado é o forest plot, que recebe este nome porque cada pesquisa é
representada por uma árvore (que não parece nada com uma árvore). Grosso modo,
os elementos de um forest plot são os seguintes:
O plano espacial é composto por um T invertido, onde a linha
horizontal representa a escala de interesse do estudo, o que é bastante variável.
Já a linha vertical representa o ponto de ausência de efeito, o que é fácil de
pensar quando falamos de medicamentos: é o ponto em que um princípio ativo tem
o mesmo efeito que o placebo. Desta forma, do lado esquerdo temos o campo para
os grupos experimentais, enquanto do lado direito há o campo para o grupo
controle.
Cada árvore, por sua vez, significa a representatividade de cada artigo revisado e é composta por dois elementos: uma linha que representa o intervalo de confiança do artigo e um quadrado que representa seu peso. Em rápidos miúdos, intervalo de confiança é o tamanho da variação dos resultados possível obtidos de uma pesquisa. Quanto maior for o intervalo de confiança, mais impreciso é o resultado, porque pode abranger uma gama de valores maior. Já o peso representa o quanto um estudo influencia o resultado da metanálise como um todo.
É preciso notar que uma árvore que toca ou atravessa a linha
de ausência de efeito indica que os efeitos obtidos pelo estudo representado
não diferem da ausência de efeitos, o que o aponta como inconclusivo. E por que
considerar esses artigos? Simples. Não é porque eles não permitem uma conclusão
mais assertiva que eles não trazem dados, dados esses que podem ser considerados
na metanálise. No exemplo abaixo, os três primeiros estudos apresentam dados
sem diferenças estatísticas significantes, enquanto o último possui força de
conclusão.
O resultado é a síntese de todos os dados incluídos na metanálise, e fica representado no gráfico através de um losango, que o pessoal da área gosta de chamar de diamante. É olhando para ele que situamos o resultado da metanálise na escala e sabemos se ela é estatisticamente significativa, já que funciona da mesma forma que cada uma das árvores: ao tocar a linha de ausência de efeitos, indica-se a ausência de diferenças estatísticas.
9ª etapa: a
análise de qualidade
Feita a coleta de dados e realizada ou não a metanálise,
parte-se para a análise da qualidade dos artigos utilizados e para a discussão
dos achados. Este ponto nos dirá se os artigos utilizados na revisão possuem
boa qualidade de confecção e se carregam consigo vieses que distorcem suas
conclusões.
10ª etapa: a conclusão
E o final é a conclusão, ora vejam. Sopesados e discutidos
todos os resultados obtidos, é preciso especificar claramente a nova conclusão,
porque, no final das contas, a revisão sistemática é como se fosse um novo
estudo mais abrangente para cada um dos estudos que lhe compõem.
Então a partir de agora eu vou propor um daqueles meus
célebres exercícios em que eu extrapolo um fenômeno factual para uma história
com boas doses de ficção, em nome da acomodação didática, a tal da história
“baseada em fatos reais”. A parte real é que a irmã Margarete, um resquício de
amizade dos tempos de igreja, também pediu para a emérita patroinha fazer um
bolo daqueles mega, com mais de 20 kg. Normalmente, são bolos que necessitam de
escoras, para não ficarem afundando. Embora esteticamente não faça diferenças,
a consorte não queria ficar enfiando pratos e tubos no meio das massas, para
atrapalhar na hora do corte. Como solução, ela pensou em preparar uma massa
mais firme, que dispensasse os arrimos, mas que não fosse um concreto armado
desprazeroso de mastigar. Agora, começa a parte do "baseada".
A patroa achava que um meio de se tornar a massa mais
consistente era a utilização de técnicas de panificação, com o uso de um
fermento selvagem, como o lievito madre
tão caro à nonna. De fato, pães de
fermentação natural tendem a ser mais firmes que os convencionais, mas ainda
assim são macios, o que parece dar uma solução para a aporia da cara-metade.
Começamos pela dúvida. Como nunca fizemos uma experiência de
bolo com fermentação natural neste porte, vem aquela indecisão básica, porque
pode ou não funcionar para o intento. Se funcionar, eureca, problema resolvido;
se não, perde-se uma porrada de material, e nossas avós já ensinavam que é
errado jogar comida fora. Portanto, nasce a dúvida. Neste caso, é saber se faz
sentido o uso de fermento selvagem para dar consistência a um bolo.
Passamos para a pergunta-chave. No caso da esposa, esta
servirá para especificar bem o que ela precisa para as coleguinhas que serão
consultadas, ou para colecionar os artigos que deem resposta ao seu
questionamento: "a adição de fermento selvagem na preparação de um bolo de
grandes proporções propiciará firmeza ideal à massa?".
Vamos agora fazer a busca preliminar. No nosso exemplo, a
patroa procurará receitas semelhantes em sua caixa, ligará para suas comadres
lançando a pergunta-chave, pesquisará pelos sites de receitas e atestará a
existência de preparados semelhantes. Como essa primeva pesquisa conterá
algumas respostas positivas, já sabemos que estaremos aptos a fazer uma
revisão. Apesar de ser muito aberta, esta fase já coloca alguns limites:
receitas de pudim que levem fermento selvagem (não sei se isso existe) já são
descartadas logo aqui. A procura é feita através de palavras-chave: bolo,
fermento selvagem, densidade da massa.
Mas como a patroa pretende pesquisar as receitas? Ela
precisa me contar, para que eu possa ajudá-la, e na sequência de nosso exemplo,
nossa heroína determinará que o método utilizado será a comparação direta das
receitas, com a reprodução de tantas quantas forem necessárias, utilizando as
instalações da cozinha de casa. Deveremos priorizar receitas econômicas, sem,
no entanto, deixar de apreciar as mais custosas. Separaremos também os
resultados das pesquisas com e sem fermento selvagem, para a formação de um
grupo controle, e obteremos os demais dados de anotações de sucesso/fracasso
dadas pelas próprias autoras.
No momento da pesquisa bibliográfica, a patroa separará de
fato as receitas que estão em sua caixa, as suas amigas mandarão as receitas
descritas com todos os ingredientes e tempos de preparo e ela imprimirá o que
achou na internet. Vai por em prática o protocolo, lendo uma por uma e fazendo
o fichamento, que consiste em um resumo dos dados mais significativos que foram
levantados. O resultado será o seguinte:
Os critérios de elegibilidade da patroinha serão os seguintes: somente receitas de bolos doces serão aproveitadas. Ter ou não cobertura será considerado irrelevante. Qualquer quantidade de fermento selvagem inferior ou igual à quantidade de fermento químico será critério para descarte da receita, e o peso mínimo do bolo testado será de 500 g. Notem que isso fará com que alguns itens sejam excluídos da revisão.
No próximo momento, será feita a tabulação dos dados. Madame
fará uma tabela contendo os dados relevantes: quantidade de fermento utilizado,
quantidade de amostras (bolos) produzidos de cada receita e o resultado
estatístico geral. Ela já aproveitará para atribuir um peso para cada um dos
artigos, o que será necessário para a fase seguinte.
Vamos sempre lembrar que estamos no campo do exemplo. Tendo todos os dados tabulados, o gráfico de forest plot vai ajudar a reconhecer, a partir de todas as agregações, se a receita pode dar certo e quais seriam as proporções aproximadas para executá-la.
É preciso ainda lembrar que, no caso das amigas, temos um viés que tende a tornar a guloseima ainda mais gostosa do que ela já é quando a colocamos nas palavras, e não na boca. Então será necessário que a patroa pondere, a partir das receitas dadas, quais estão propensas a refletir uma maior confiabilidade que as outras, evitando assim que esse mesmo viés seja transmitido à sua receita unificada.
Finalmente, a esforçada cônjuge poderá concluir sobre a
pergunta que ela fez lá no começo, e identificar se sua dúvida originária foi
sanada. Três resultados são possíveis – uma conclusão positiva (sim, a adição
tornará mais firme a massa), uma conclusão negativa (não, a adição não tornará
mais firme a massa) e uma resposta inconclusiva, que mantém a dúvida
indefinida.
Ora (direis outra vez), olha que burros! O bolo dele vai
virar pão doce. Então... eu sei fazer arroz e feijão, sei selar uma carne e
dar-lhe ponto, sei fritar ovo e, principalmente, sei fazer quiches.
Ou seja, fome eu não passo. Mas é tudo o que tenho de sofisticação. É claro que
esta história da carochinha toda é só para tentar trazer uma metáfora com uma
aplicação muito mais presente em nossos quotidianos, porque a patroa não faria
uma pesquisa com esse nível de organização simplesmente para testar uma
receita. O máximo que ela faria seria uma coletânea das receitas que ela
quereria experimentar, ia pegar a que ela opinasse ser mais adequada e pronto.
Mas o nível de detalhe nas revisões reais PRECISA ser alto. Toda revisão tem a
responsabilidade de ser a substituta de vários estudos esparsos, e se ela for
enviesada, há o risco de sobrevalorizar alguns e dar detrimento a outros.
Lembrando ainda que as revisões são igualmente passíveis de revisão por pares e
precisam ser tão reprodutíveis quanto os experimentos que leva em conta.
Isso aqui está ficando mais comprido que sermão de
sexta-feira santa. Mais uma vez relembro que meu objetivo não é dar visões definitivas
sobre questões metodológicas, mas dar-lhes ideia de sua existência, do que são
e porque são mencionadas nestes tempos de debates acalorados. Quando alguém
falar que faltam revisões ou metanálises para corroborar estudos em fases
iniciais, é sobre isso que está dizendo, e foi com essa rota que a Ciência
chegou ao ponto de produzir vacinas em menos de um ano. Bons ventos a todos!
Recomendação de leitura:
É um livro de metodologia, e, como tal, é leitura técnica.
Além disso, é bem voltado para a área de saúde, o que pode nos dar a falsa
impressão de que não é aplicável às demais áreas de pesquisa, o que não é
verdade. Baseei-me todo nele para redigir este texto, mas saibam que há
variações metodológicas que funcionam igualmente bem.
HONORIO, Heitor M.; SANTIAGO JR., Joel F. Fundamentos das Revisões Sistemáticas em
Odontologia. São Paulo: Quintessence, 2018.
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