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domingo, 26 de junho de 2011

A ética e a publicidade

Olá!

Dia desses, eu estava conversando com uma das minhas afilhadas sobre carreira. Sacumé, aquelas perguntas do tipo "E aí, já deciciu o que você vai fazer na facu? Vai ser publicidade mesmo?", etc. A resposta dela me intrigou um pouco: "Desisti de fazer publicidade. Não é possível ser ético nessa profissão", mais ou menos assim. Parei prá pensar um pouco sobre o assunto, e cheguei a uma conclusão um tanto inconclusiva.

Em primeiro lugar, é preciso pensar em como enxergamos a ética. Esta é uma das áreas da Filosofia mais polêmicas, porque é preciso lançar olhos antropológicos sobre a questão. Isso significa que, como cada povo tem seu conjunto de valores consolidado de maneira diferente que os outros, é preciso entender sua cultura para tentar compreender suas atitudes.

O jeito é procurar pensar especificamente na realidade brasileira. Como pensamos a ética e como ela conversa com o uso da publicidade? Vejamos.

O Brasil é um país de dimensões continentais, que vem sofrendo um processo de urbanização bastante significativo. Segundo o IBGE, mais de 80% da população vive nas cidades, quando até a década de 50 era inferior a 40%. Isso quer dizer que cada vez mais o fluxo de mercadorias torna-se intenso, porque as pessoas já não tem mais a possibilidade de provocar sua própria subsistência. Tem mais: adotamos, em especial nos últimos anos, um modelo econômico liberal, ou seja, um sistema capitalista com a intervenção estatal cada vez menor (claro que a questão dos impostos interfere nesse modelo, mas isso é assunto para outro post) e onde a concorrência é livre. Isso indica que a força da grana é muito grande. É preciso circular a economia cada vez com maior intensidade para a lógica da lucratividade poder girar sua roda. Mais um aspecto a considerar: vivemos em uma sociedade baseada em uma moral judaico-cristã, mas hoje em dia vemos um crescimento assustador do fenômeno evangélico. Enquanto os ideais de desprendimento do mundo estão no substrato do pensamento espírita e católico, os evangélicos não vão por essa linhagem. Para eles, não há nenhum peso na consciência em lucrar. É perfeitamente legítimo. Não vou discutir as causas, é apenas uma constatação.

Falamos em girar a roda do capitalismo. Seu motor é o dinheiro, mas seu combustível é a publicidade. Publicidade bem feita, nesta lógica, é aquela que faz vender, aquela que convence o consumidor. Os produtos de primeira necessidade são exatamente isso, necessários; mas mesmo aqui a publicidade deve fazer seu papel - indicar ao consumidor que o meu produto é melhor que o do outro. Se isso é válido para esse tipo de bem, o que não dizer dos supérfluos? Aqui então é que a propaganda deve ser mais eficiente, pois não se trata apenas de incentivar uma escolha, mas de convencer sobre vantagens e benefícios no consumo de produtos que, no limite, são desnecessários.

Temos então um tremendo problema: como podemos vender produtos sem expor seus defeitos? Porque é exatamente aqui em que podemos em pensar em uma atitude ética.

Vamos então colocar algumas situações: A publicidade vive utilizando em suas peças situações ideais. A par disso, temos cada vez mais uma preocupação com as minorias, o que é tremendamente justo. E o que tem alguma coisa a ver com outra? É que tem algumas minorias que são esquecidas, porque elas não se enquadram no modelo ideal.

Por exemplo: tiraram um baratinho da minha cara e da minha afilhada. Sendo eu diabético e ela vegetariana, o pessoal disse que, em nossos aniversários, levar-nos-iam, respectivamente, a uma doceria e a uma churrascaria. Ora, é só uma brincadeira, sem problema algum. Sou já maduro e não me incomodo com isso, e na verdade brinco muito com essa situação. Mas pensemos em uma criança diabética. Como você explica para ela que NUNCA poderá consumir aqueles maravilhosos doces, que todos aqueles produtos deliciosos NÃO SÃO para elas, que de uma prateleira com 50 tipos diferentes de doce NENHUM é para seu consumo, a não ser aqueles da caríssima e limitada seção de dietéticos? (O mundo é uma merda, mesmo. O doce diet mais barato custa só o TRIPLO de um convencional. Será que o adoçante é tão caro ou processo de produção é tão mais complicado? Tá bom, vai...) Essa criança vê a propaganda maciça dos supermercados da vida, e sofre com o desencanto de não ser semelhante aos outros.


Não vamos demonizar a publicidade. Ela é apenas mais um elemento desta lógica. Será possível, então, fazer um uso ético dela?

Minha resposta é sim. Mas isso é assunto para o próximo post, porque este já ficou muito comprido.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A razão e a vontade

Olá!

Conforme prometido, prossigo com o assunto do post anterior.

Existe um descompasso muito grande entre o que queremos conscientemente e o que desejamos inconscientemente. Isso parece Freud? Não, não parece. É Freud.

Mas essa brincadeira não começa com ele. Vem de um pouco antes, através de um filósofo absolutamente genial, razoavelmente conhecido, mas um pouco subestimado, em minha opinião. Trata-se de Arthur Schopenhauer, conhecido como filósofo do pessimismo.

Na época em que Schopenhauer desenvolveu seu pensamento, o mundo vivia o auge do cientificismo. A ciência e a tecnologia vinham para oferecer um mundo melhor para todos. Desta forma, tínhamos um primado da razão. O intelecto era a ferramenta que guiava a ação.

O que explicava, então, as ações irracionais do homem? O que poderia estar por trás dos acessos de raiva, das crises de choro, das decisões impulsivas, impensadas? Mais ainda. Por que o homem vive em uma insatisfação permanente? Por que quer sempre mais, assim que atinge um objetivo?

A grande sacada de Schopenhauer foi perceber que não é a razão que está no comando: é a VONTADE. Sobre esta, o intelecto não tem controle. Ela é informe, única e não tem objetivos específicos, a não ser, no limite, a buscar a própria preservação. O mundo, em suma, não é racional, não pode ser explicado pela via da racionalidade.


Freud faz uma transposição deste princípio da vontade para o campo da psicanálise. Essa vontade inconsciente de Schopenhauer ganha o nome de "pulsão", e está na porção mais instintiva da mente, o Id.

Desta forma, podemos isolar o que queremos conscientemente do que desejamos inconscientemente. SABEMOS o que é bom, o que é útil, o que é proveitoso. Mas isso não representa o que nós DESEJAMOS. As emissoras comerciais trabalham no nível do emocional, trabalham com o desejo inconsciente. Já a TV Cultura procura pelo racional, ela intelectualiza sua produção. Acontece que as emoções são mais imediatas. A satisfação do desejo é mais imperativa do que o aperfeiçoamento racional. Também as emoções são mais facilmente absorvidas: o pensamento racional exige elaboração, trabalho. Por isso, os programas feitos dessa maneira são "cansativos" - pensar cansa.

Como se muda esse estado de coisas? Eu não sei. Mas penso que é possível uma mudança de hábitos: procurar racionalizar não só os programas intelectualizados da TV Cultura, mas procurar fazer leituras críticas do mais popularesco dos programas da TV Record (lixo dos lixos em termos de televisão). É sempre possível extrair Filosofia, mesmo de onde se ache impossível.

Recomendação de leitura:

A obra de Schopenhauer é absolutamente essencial para quem gosta de filosofia, por isso voltarei a este autor em outras oportunidades. Seu capolavoro é o seguinte:

SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e representação. São Paulo: UNESP, 2005.

Recomendação de teleaudiência:

Toda a programação da TV Cultura é digna de apreciação. É muito bem feita e criativa. Só não dá prá esperar as coisas que vemos em outras emissoras. E, a bem dizer da verdade, elas já encheram mesmo.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Os desafios e as causas

Olá!

Nas minhas andanças nas redes sociais (Rá, rá, rá - tenho um perfil de 30 amigos no Facebook e é tudo) tenho percebido uma preocupação com a situação da TV Cultura. Explico melhor. Existe um causes chamado "Salvem a TV Cultura" que procura angariar adesões e chamar atenção à situação de penúria da emissora, no que consideram uma dilapidação do patrimônio cultural brasileiro.


Eu aderi à causa. Quem me conhece sabe que eu sempre fui um espectador do dito canal 2. Efetivamente, dos dez melhores programas da televisão brasileira, uns oito ou nove são da Cultura, fácil. Aparentemente, isso nasce de um contrasenso, já que uma emissora pública, ao menos em tese, seria ideologizada de acordo com os ditames do governo que a financia. No entanto, é justamente esta a chave das correntes que as emissoras comerciais não têm, entregues que são aos interesses do mercado, que se demonstram muito mais poderosos que os governamentais.

Os programas da TV Cultura são muito bons. São construídos com inteligência e criatividade, por isso fogem à fórmula piração + bundas + apelo à emotividade = audiência. Quando aborda um assunto, o faz com profundidade. Seus enlatados passam pelo crivo da cultura, não da bilheteria. Destaco alguns programas seminais:

- Provocações, com a agudeza mal humorada do Antonio Abujamra;
- Ensaio, e suas estranhas entrevistas com perguntas em off, para o máximo destaque do entrevistado;
- Metrópolis, um programa jornalístico dedicado unicamente a notícias do meio cultural;
- E muitos outros, como Roda Viva, Zoom, os saudosos Castelo Rá-tim-bum, Matéria Prima, Fábrica do Som, Quem Sabe Sabe.

É uma emissora diferenciada, portanto. Mas aí vem a questão: se há tantas pessoas preocupadas com seu destino, se há um reconhecimento da qualidade de sua programação, se é tida como um benefício ao arcabouço intelectual das pessoas que a assistem, por que não dão à ela o que precisa, a tão preciosa audiência?

A quase totalidade dos programas da TV Cultura tem audiência próxima ao traço, enquanto programas como o BBB, os Datenas, as novelas, que só admitimos audiência acidental ("ah, eu tava zapeando e então vi", "ah, eu tava passando na sala e a minha mulher estava vendo", etc.) arrebentam a boca do balão.

Fenômeno semelhante ocorre quando nos perguntam quais as soluções para os problemas brasileiros. Se pediram para citarmos três, o tema "educação" invariavelmente será abordado. Só que é uma causa de baixíssima adesão. As pessoas tem plena consciência de que a questão da educação é vital, mas praticamente ninguém se envolve, nem se compromete. Não visita a escola, não participa das APM's, não presta voluntariado, não a vê como parte da comunidade. Por que estas coisas acontecem?

Tenho uma teoria. Expô-la-ei no próximo tópico.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Sobre o silêncio e sua expressividade

Olá!

Ontem à noite postei um comentário sobre o filme "Maria, cheia de graça". Em um determinado momento, mencionei que o filme é preenchido de silêncios significativos, cheios de expressão. Chamei-os de "silêncios heideggerianos". Bem, acho que é melhor explicar um pouco mais sobre o uso que fiz da expressão.


O pensamento de Martin Heidegger é extremamente complexo, e não cabe a este tópico procurar explicar todo o sistema metafísico desenvolvido por esse filósofo. Para ele, o pensamento ocidental acabou por ocultar o verdadeiro significado do Ser. Para facilitar nossa conversa, vamos tratar como Ser a essência das coisas. Essa essência ficou escondida pela tentativa de fazer uma definição formal sobre ela. Ao colocar uma definição em uma coisa, você acaba por limitá-la. Por exemplo, ao definir o ouro, você limita a sua essência a um metal amarelo com alto grau de flexibilidade. E só. Tudo o que passar disso, não pertence ao campo definitório e científico da coisa.

Heidegger imagina que, com isso, a essência fica oculta por uma linguagem inautêntica. Para que todas as possibilidades de interpretação possam ser abertas, a linguagem mais adequeda é justamente aquela repelida pela ciência: a arte. Somente através da linguagem poética é possível acessar as metáforas identificadas com os sentidos. Não há um "fechamento" de possibilidades, como ocorre quando se dá uma definição. Então, o ouro já não é mais apenas um metal, é uma representação de riqueza, de beleza, de realeza, de poder, da cor amarela, da durabilidade, do brilho, do valor.

Nesse contexto, o silêncio é poderoso, no sentido de propiciar atenção aos outros sentidos, que não dependem da linguagem escrita e falada. No filme citado no post anterior, há um momento intensíssimo vivido no silêncio, ao ser possibilitada a visualização da mudança de expressividade da protagonista (excelente atuação, repito) em um dos poucos momentos de alívio da história, que é quando é feito um ultrassom e ela observa seu filho ainda em sua barriga. Poucas palavras, muitos sentidos. O momento é muito belo, porque nos leva a compreender que a observação da criança (silenciosa também) possui um significado que vai muito além de sua definição: o mesmo ventre que carregava drogas é também capaz de perpetuar a vida. É o silêncio que fala mais alto que qualquer manual ou dicionário.

Recomendação de leitura:

A obra de Heidegger, como disse antes, é muito difícil. Só a recomendo para quem já possui alguma base em Filosofia, conhecendo pelo menos Descartes, empiristas, metafísicos e voluntaristas. Em todo caso, seu capolavoro é:

HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. Petrópolis: Vozes, 2000.

Melhor seria ler seus comentadores, que permitem uma compreensão mais tranquila. Recomendo o seguinte livro:

CHAUÍ, Marilena. “Heidegger (1889-1976): Vida e Obra”. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril, 1979.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Maria, cheia de graça

Olá!

Não, o título do post não tem conotação religiosa. Trata-se do nome de um filme que eu acabei de assistir na TV. Fala sobre o drama das "mulas" que transportam drogas da Colômbia para os Estados Unidos, fruto da realidade social vivida naquele país, que derrota e desnatura as pessoas. O filme não tem vilões essenciais, a não ser a própria situação em que os personagens se inserem. As cenas de violência não esguicham sangue por todos os lados. Ela está expressa na própria vida das pessoas, amarradas por um sistema que parece traçar o destino de gerações e gerações. Não é preciso um massacre para representá-las. Este já está impregnado em suas próprias vivências, ao condenar as pessoas a uma condição de miséria, a um trabalho estafante, a uma ilusão de progresso material rápido.



Mas onde o filme ganha o jogo é no aspecto estético. A maior parte do tempo é preenchida por silêncios, perturbadores e significativos, onde a expressão dos atores (principalmente da jovem protagonista, Catalina Sandino Moreno, excelente) diz tudo. É o silêncio heideggeriano, que é uma das mais legítimas linguagens do ente. Em nenhum momento há o derramamento melodramático típico deste tipo de produção, quando realizado pela indústria de Hollywood. É desnecessário. Mas o filme, apesar de não utilizar de um psicologismo abundante, foge do óbvio em muitas situações. É um antídoto contra o estereótipo do cinema estadunidense (meus filhos erraram por três vezes a conclusão de algumas cenas. Também eu esperava outras reações). É a prova de que existem alternativas.

Ótimo filme, recomendo fortemente.

MARSTON, Joshua. Maria, cheia de graça. Filme. Colômbia, 2004. 101 min.

A imagem do pôster foi extraída de:

http://pics.filmaffinity.com/Mar_a_llena_eres_de_gracia-276212336-large.jpg

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Corridas e racismo

Olá!

Domingão passado foi um dia de glória para quem curte automobilismo. Foi o dia em que tivemos duas das corridas mais tradicionais de todo o circo: O GP de Mônaco de Fórmula 1 e as 500 milhas de Indianápolis. Dia cheio, portanto. E ambas foram emocionantes (apesar que ouvir corrida no rádio é um SACO!). Na Indy, o estadunidense JR Hildebrand conseguiu bater na ÚLTIMA CURVA da ÚLTIMA VOLTA e entregar a vitória de bandeja para o Dan Wheldon. Já na F1, a corrida foi cheia de ultrapassagens impossíveis, com vitória de Sebastian Vettel. Mas o grande protagonista foi Lewis Hamilton, que abusou do direito de ser ousado, tirando pelo menos outros dois corredores da prova, o que lhe rendeu punições.

Mas o que me chamou a atenção nisso tudo foi a forma com a qual Hamilton reagiu às punições. Questionado por um repórter sobre os motivos que o levam a receber tantas punições (foram 5 em 6 corridas), disse que imagina que é pelo fato de que ele é negro. Alto lá.



O racismo é um problema real, histórico, e que deve ser tratado com muita delicadeza. De fato, a questão existe, e pode ser sentida toda vez que se tenta beneficiar as populações atingidas. Basta que se tenha em mente as posições adotadas quando o tema é concessão de quotas universitárias ou títulos de terra para comunidades quilombolas, apenas para mencionar casos brasileiros. Esquece-se com facilidade dos quesitos históricos e sociais que estão por trás destes benefícios. É algo grave e que atinge o mundo inteiro.

Só que este não me parece ser o caso em tela. Lewis Hamilton é um piloto de talento, jovem, competitivo, que desde muito cedo tem o apoio de uma grande equipe, que não lhe recusa equipamento de primeira linha para disputar suas corridas, nem favorece seu companheiro de equipe, tanto que já detém um título de campeão mundial de F1. Suas atitudes em pista são de fato agressivas, e às vezes ele passa do ponto. Ao fazer isso, ele se sujeita a receber as sanções do regulamento. Não pode, portanto, reclamar quando é punido. Não há perseguição.

Quando o alega, atribuindo à discriminação sua causa, ele "joga para a torcida", escudando-se em uma contingência sensível, ou seja, põe uma questão que não cabe, no caso. Não deveria fazê-lo, o problema não pode ser tratado desta forma. Se dissesse que é punido por adotar uma postura de verdadeiro competidor, em um esporte que muitas vezes adota critérios suspeitos para aplicar seus regulamentos, estaria argumentando muito melhor. Se de fato se sente atingido em sua honra por ser discriminado, deveria acusar os agressores para que todos saibam quem são. Deveria procurar os tribunais em busca de justiça e se afastar deste meio opressivo ou, de alguma forma, lutar contra esse estado de coisas. Se não o faz, a acusação passa a ser injusta.

Desta forma, sua tese é, como chamamos em Filosofia, uma falácia. Esta ocorre todas as vezes que tentamos justificar uma posição com um argumento inválido, porque não tem uma relação de necessidade entre causa e efeito. É jogo de linguagem típico de políticos, que tentam desmerecer adversários com alegações que não possuem implicações lógicas entre si. É o caso clássico do Maluf: "Se o Pitta não for um bom prefeito, nunca mais votem em mim". Dito e feito. Mas será que o fato de que Pitta não tenha sido um bom prefeito obrigatoriamente tornaria o Maluf um mau candidato? Foi o famoso tiro que saiu pela culatra. E, no meu entender, Hamilton também caiu nesta armadilha.

Para quem quer saber uma pouco mais sobre falácias, recomendo a leitura do seguinte texto:

DOWNES, Stephen. O guia das falácias de. Alberta: Universidade, 2007. Disponível em http://criticanarede.com/falacias.htm. Acesso em 04. set. 2007.

A foto de Lewis Hamilton foi extraída de <http://bleacherreport.com>, e a foto da "senzala", na verdade, é a entrada da casa de cabloco do museu de Holambra.